ISSN 2674-8053

Pax Americana and the Taliban

After months of intense and sometimes dramatic negotiations in Doha, in Qatar, US officials and Taliban representatives signed last Saturday, a deal aimed at ending the longest war in US military history, enabling the gradual withdrawal, within thirteen months, of its troops and those of other NATO member countries, from afghanistan. As you recall, they invaded the country in 07 October 2001, in the wake of al Qaeda's attacks on the "World Trade Center", in 11 September of that year.

in a first stage, the agreement will enable the release and exchange of six thousand prisoners, in the next 135 days, in what is considered as "a meaningful reduction of violence”. They will be followed by negotiations between the Afghan factions themselves, que devem começar em 10 de março na capital norueguesa de Oslo.

This agreement, signed in the presence of Pakistani leaders, Qatar, Turkey, India, Indonesia, Uzbekistan and Tajikistan, foi negociado exaustivamente pelo enviado norte-americano, Embaixador Zalmay Khalizad, e pelo líder taleban, Mullah Abdul Ghani Baradar, sem a participação do governo afegão (fato muito significativo). Khalilzad, on purpose, tem raízes e relações profundas com o Afeganistão, onde nasceu e cresceu, em Cabul, no seio de um clã prestigioso que tem interesses extensos – nem sempre muito “ortodoxos”com algumas ramificações dos talebans, principalmente com a etnia “pashtun”, predominante no país. For this purpose, transpirou na imprensa que…”an investigative report by a Russian newspaper said that a deal under which Khalilzad’s family would get several mineral deposits was discussed on the sidelines of the US-Taliban peace negotiations”.

Isto é possível?

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, who did not participate in the process, discorda publicamente deste cronograma acelerado. Ele afirmou que a libertação de qualquer prisioneiro deverá ser decisão do seu governo, e que ele não estava pronto a fazê-lo até que se desbloqueiem as discussões internas com o seu Primeiro-Ministro, e principal oponente na cena política, To contact Abdullah,e seu grupo sobre o compartilhamento do poder no Afeganistão, agendadas para a próxima semana. As we know, os talebans consideram o governo instalado em Cabul “ilegítimo” e “fantoche do Ocidente”. Aí reside o “imbróglio”, e os comentários de Ghani revelam o primeiro obstáculo para a implementação do acordo, pois os EUA já afirmaram que a retirada total das suas tropas está vinculada à concretização do compromisso de paz concluído com os Talebans e não ao progresso das negociações internas entre as várias facções étnico-políticas da população. That is, concluído o acordo com o taleban, os Estados Unidos se sentiriam desvinculados do “problema afegão”.

Para melhor entender esta situação, devemos reconhecer que o caos político e militar reinante no Afeganistão está umbilicalmente vinculado às dinâmicas social e política próprias à história do país. Actually, estes conflitos são parte de uma problemática muito mais ampla e comum a muitos Estados e sociedades pós-coloniais. A situação atual só pode ser entendida focando-se nas tentativas fracassadas de construção de um Estado-Nação no contexto da herança insidiosa da manipulação estrangeira e das guerras por procuração que deram origem a formas particulares da divisão étnica do país.

Pode parecer “bizantinice acadêmica”, but it is not:

A herança, ou sequer existência, de um nacionalismo pós-colonial no Afeganistão levanta muitas questões. A principal delas é o conflito entre as várias – arraigadas e orgulhosas – etnias que compõem a população, o que tem obstaculizado, yet, a construção de uma ideia de Nação. Com esta singularidade, e o consequente conceito difuso de nacionalismo e patriotismo, faz mais sentido buscar-se uma solução no âmbito étnico-tribal. Indeed, a História afegã ensina que qualquer acordo deverá ser encontrado no contexto da “jirga”, ou seja a assembleia dos líderes tribais, visto que nenhuma etnia aceitará a supremacia de outra, ainda que a composição da malha étnica beneficie numericamente os “pashtuns” sunitas. Even so, parece duvidoso que estes sejam capazes de controlar os outros grupos armados de oposição ou arregimentar apoio suficiente de uma seção transversal da população diversificada do Afeganistão.

Then, qual seria a motivação – ou consequência prática – deste acordo?

Ele atende sobretudo aos interesses de D.T. what, em plena campanha eleitoral, necessita desesperadamente desembaraçar os Estados Unidos de uma guerra aparentemente invencível. Caso isto aconteça, ele terá cumprido sua promessa de campanha de “trazer as tropas de volta para casa”; melhor ainda se for por meio de um acordo político com os talebans. For this reason, o documento é visto como uma oportunidade histórica para liberar os Estados Unidos do Afeganistão. However, esta alardeada “vitória” pode se desfazer rapidamente, sobretudo se o Taleban não cumprir a promessa de não lançar ataques terroristas. Por precaução, D.T. afirmou que o Taleban é “um grupo cansado da guerrae acrescentou achar que “eles levam a sério o acordo que assinaram”. However, alertou que, “se coisas ruins acontecerem, voltaremos com todo o poder de fogo militar”.

As negociações entre facções políticas afegãs e o rival Taleban são ainda mais complexas, e estão longe, apparently, de chegar a bom termo nos curto e médio prazos. Mais grave ainda, o vácuo militar deixado pelos americanos pode abrir espaço para a reemergência do Estado Islâmico, inimigo figadal dos tabelans, por ora disperso mas sempre pronto para se reviver, conforme nota-se por todo o mundo.

Definitely, será que os talebans conseguirão manter sua promessa e garantir a paz no Afeganistão, ou estará a região uma vez mais caindo num engodo e prestes a reviver o Iraque, a Síria, etc…?

“À suivre…”

Sugiro aos amigos que leiam a matéria do site “Project Syndicate”:US President Donald Trump desperately wants to disentangle America from a seemingly unwinnable war in Afghanistan, preferably through a political settlement with the Taliban. But it is doubtful that the Taliban would be able to control other armed opposition groups or enlist the support of a cross-sPROJECT-SYNDICATE.ORGIs Peace with the Taliban Possible? | by Amin SaikalUS President Donald Trump desperately wants to disentangle America from a seemingly unwinnable war in Afghanistan, preferably through a political settlement with the Taliban. But it is doubtful that the Taliban would be able to control other armed opposition groups or enlist the support of a cross-s

Fausto Godoy
Doctor of Public International Law in Paris. He entered the diplomatic career in 1976, served in Brussels embassies, Buenos Aires, New Delhi, Washington, Beijing, Tokyo, Islamabade (where he was Ambassador of Brazil, in 2004). He also completed transitional missions in Vietnam and Taiwan. Lived 15 years in Asia, where he guided his career, considering that the continent would be the most important of the century 21 - forecast that, now, sees closer and closer to reality.