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No intervención externa en elecciones y Brasil

presidente electo de Chile, Gabriel Boric

No último domingo (19/12/2021) se eligió al nuevo presidente chileno. Tras una feroz disputa entre un representante de izquierda y otro de derecha, el vencedor fue gabriel boric, Diputado de izquierda y exlíder estudiantil. Las elecciones estuvieron marcadas por problemas como la dificultad del transporte público para que la gente votara, los principales ayuntamientos pondrán a disposición coches oficiales para que la gente pueda votar. Se lanzaron acusaciones paralelas sobre la responsabilidad y los impactos en el resultado de las elecciones.. Sin embargo, el resultado fue aceptado por todos.

Este caso es solo un ejemplo más de las diferencias entre los procesos democráticos que se encuentran alrededor del mundo.. No sólo las reglas del juego son válidas en cada país, também existem as condições locais e suas singularidades. É difícil fazermos julgamentos de fora, o que dificulta ainda mais a condução de uma política externa isenta. Ao termos em mente que a política externa deve ser de Estado (portanto buscadora de uma relação formal e duradoura com outros Estados) e não de governo (portanto não focada em relações pessoais e vontades de como o outro Estado deveria ser), a situação brasileira fica delicada.

Tal como em outros casos, o presidente Bolsonaro não gostou do resultado das eleições chilenas, onde esperava a vitória do direitista José Antonio Kast. Em função disto Bolsonaro ainda não fez o protocolar cumprimento do novo presidente eleito. Esse não é um comportamento novo, como pode ser visto no caso dos Estados Unidos, quando o presidente demorou 37 dias para cumprimentar o então eleito Joe Biden. Foram tecidas duras críticas à Nicarágua e ao presidente eleito Daniel Ortega. Ya estoy en eso 2019 o mesmo ocorria com o presidente eleito na Argentina, Alberto Fernández.

Devemos observar que não se trata apenas de uma formalidade, trata-se do reconhecimento do governo de outro país, com o qual devemos manter relações. A política externa brasileira é tem como um de seus pilares, acertadamente, o princípio da não-intervenção. A ideia é que o Brasil busca respeitar as decisões dos outros países. Não se trata de algo filosófico, sendo interessante para o Brasil esse princípio na medida em que fortalece a defesa de que outros países não podem interferir no Brasil. Basta lembrar das ondas internacionais que buscam fortalecer a ideia de que a Amazônia deveria ser internacionalizada diante da incapacidade de o Brasil a preservar.

Así, defender o princípio da não-intervenção é algo fundamental para o Brasil. Gostando ou não dos resultados eleitorais de outros países, ou mesmo da forma como o processo eleitoral é conduzido, o importante é apoiarmos os países e suas escolhas.

Rodrigo Cintra
Postdoctorado en Competitividad Territorial e Industrias Creativas, por Dinamia - Centro de Estudios del Cambio Socioeconómico, del Instituto Superior de Ciencias Laborales y Empresariales (ESTA, Lisboa, Portugal). Doctor en Relaciones Internacionales de la Universidad de Brasilia (2007). Es Director Ejecutivo del Mapa Mundial.. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X