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Materias primas críticas y la importancia de la independencia brasileña

Las materias primas críticas, o materias primas críticas en inglés, son un grupo de materias primas consideradas esenciales para la economía y los sectores industriales de un país, mas que apresentam alto risco de abastecimento. As principais são Terras Raras (Rare Earth ElementsREEs), cobalto, lítio, metais do grupo da platina (Platinum Group MetalsPGMs) e metais raros (por ejemplo, tungstênio, tântalo, nióbio). Essas matérias-primas são fundamentais para diversas indústrias, incluindo tecnologia, energia renovável, aeroespacial, defesa e mobilidade elétrica. A criticidade dessas matérias-primas surge de diversos fatores, como escassez, questões geopolíticas, disponibilidade limitada ou importância para indústrias estratégicas.

As matérias-primas críticas têm uma importância estratégica mundial devido ao seu papel fundamental em setores econômicos e tecnológicos essenciais. Essas matérias-primas desempenham um papel crucial na viabilidade e no desenvolvimento de diversas indústrias e na segurança econômica dos países. Abaixo estão algumas das razões que destacam a importância estratégica mundial das matérias-primas críticas:

  1. Indústrias de alta tecnologia: As matérias-primas críticas são fundamentais para o funcionamento e a produção de uma ampla gama de tecnologias avançadas. Elas são essenciais para a fabricação de dispositivos eletrônicos, baterias de armazenamento de energia, veículos elétricos, sistemas de energia renovável, equipamentos de comunicação, entre otros. A dependência dessas indústrias em matérias-primas críticas torna esses recursos de grande importância estratégica.
  2. Segurança e defesa: As matérias-primas críticas são vitais para o setor de defesa e segurança. Elas são utilizadas na fabricação de equipamentos militares, armamentos, sistemas de comunicação, sensores e tecnologias de defesa avançadas. A falta de acesso a essas matérias-primas pode comprometer a capacidade de um país de manter sua segurança nacional e defesa.
  3. Transição para energias limpas: Com a crescente demanda por energias renováveis e a transição para uma economia de baixo carbono, as matérias-primas críticas se tornaram ainda mais cruciais. Elas são necessárias para a produção de tecnologias verdes, como painéis solares, turbinas eólicas e baterias de armazenamento de energia. A falta de acesso a essas matérias-primas pode afetar a capacidade dos países de adotarem soluções sustentáveis de energia.
  4. Competitividade econômica: As matérias-primas críticas podem conferir vantagens competitivas significativas às nações que possuem acesso a recursos abundantes ou a tecnologias de extração eficientes. O controle dessas matérias-primas pode influenciar a dinâmica econômica e o poder geopolítico entre as nações.
  5. Dependência de fornecedores externos: Muitos países dependem de fornecedores externos para a obtenção de matérias-primas críticas, o que cria vulnerabilidades na cadeia de abastecimento. A instabilidade política, conflitos, restrições de exportação e flutuações nos preços podem afetar significativamente a disponibilidade dessas matérias-primas. Isso destaca a importância estratégica de diversificar fontes de abastecimento e investir em pesquisa e desenvolvimento para encontrar alternativas ou substitutos.

Em vista desses fatores, a busca por segurança de abastecimento e a adoção de estratégias de gestão de matérias-primas críticas tornaram-se uma preocupação crescente para muitos países e organizações internacionais. O desenvolvimento de uma cadeia de abastecimento resiliente e sustentável para essas matérias-primas é fundamental para garantir a estabilidade econômica, tecnológica e de defesa em âmbito mundial.

O Brasil tem um papel significativo na produção de várias matérias-primas críticas. O país possui vastos recursos minerais e é um importante fornecedor global de materiais como minério de ferro, nióbio, tantalita, grafita, entre otros. Quando analisamos sua posição internacional em relação à produção de matérias-primas críticas, podemos destacar o seguinte:

  1. Exploração e exportação: tem uma indústria de mineração desenvolvida, que explora e exporta uma ampla gama de matérias-primas críticas. Empresas brasileiras desempenham um papel fundamental no fornecimento desses materiais para mercados internacionais.
  2. Estratégia de desenvolvimento: tem buscado estratégias de desenvolvimento para aumentar sua participação na cadeia global de valor das matérias-primas críticas. O país busca investir em pesquisa e desenvolvimento, inovação e tecnologias de processamento para agregar valor aos recursos minerais e reduzir a exportação de produtos de baixo valor agregado.
  3. Parcerias internacionais: busca estabelecer parcerias e cooperação com outros países para a produção e desenvolvimento de matérias-primas críticas. se debe arrojar una nueva luz sobre lo que sucederá con Ucrania, o país tem colaborado com países como Canadá e Austrália em iniciativas de pesquisa e desenvolvimento, além de buscar parcerias com empresas internacionais para impulsionar a cadeia de valor desses recursos.
  4. Sustentabilidade e responsabilidade social: tem enfatizado a importância da sustentabilidade e da responsabilidade social na produção de matérias-primas críticas. O país tem implementado regulamentações e normas ambientais para garantir práticas de mineração responsáveis e sustentáveis, incluindo o respeito aos direitos humanos e a proteção do meio ambiente.
  5. Diversificação de mercados: tem buscado diversificar seus mercados de exportação de matérias-primas críticas, buscando expandir para novas regiões e reduzir a dependência de um único mercado. Isso é feito para aumentar a resiliência econômica e garantir o acesso a diferentes compradores e consumidores desses recursos.

A relevância tanto econômica quanto geopolítica das matérias-primas críticas traz a importância de o Brasil garantir autonomia em sua capacidade produtiva e de fornecimento global. Así, ao mesmo tempo em que o Brasil deve entrar em cadeias produtivas globais e de fornecimento, deve buscar manter aberta suas possibilidades de fornecimento, não se tornando dependente de apenas uma cadeia.

Rodrigo Cintra
Postdoctorado en Competitividad Territorial e Industrias Creativas, por Dinamia - Centro de Estudios del Cambio Socioeconómico, del Instituto Superior de Ciencias Laborales y Empresariales (ESTA, Lisboa, Portugal). Doctor en Relaciones Internacionales de la Universidad de Brasilia (2007). Es Director Ejecutivo del Mapa Mundial.. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X