ISSN 2674-8053

Participación del Sur Global en la guerra entre Rusia y Ucrania: una desviación dañina

La implicación del Sur Global en la guerra entre Rusia y Ucrania saca a la luz una serie de cuestiones que van más allá del mero posicionamiento geopolítico. Esta participación, a menudo involuntario, termina alejando a estas naciones de sus principales objetivos de desarrollo, sumergiéndolos en un mar de controversias y acusaciones que oscurecen las necesidades reales de sus poblaciones.

El ataque al avión militar ruso Il-76, por ejemplo, Sirve como metáfora de la complejidad y las sombras que rodean el papel de los países del Sur Global en este conflicto.. La información no coincidente y la falta de transparencia dominan el escenario, donde la verdadera historia detrás de tales incidentes permanece velada, alimentando un juego de acusaciones que sólo sirve para intensificar las tensiones internacionales.

Ainda mais perturbadora é a acusação de violação dos direitos das crianças, um tema que, embora universalmente condenável, é frequentemente instrumentalizado como uma ferramenta de retórica política. Países do Sul Global, buscando manter relações diplomáticas equilibradas, encontram-se em uma posição delicada, onde tomam partido ou expressam censuras pode resultar em consequências econômicas e políticas adversas.

Este cenário geopolítico conturbado desvia a atenção dos verdadeiros desafios enfrentados pelo Sul Global. Em vez de concentrar esforços no combate à pobreza, na melhoria da educação e saúde ou na luta contra as mudanças climáticas, esses países são arrastados para um conflito que transcende suas fronteiras e prioridades. A guerra entre Rússia e Ucrânia, embora tenha suas raízes e razões específicas, torna-se assim um símbolo de como disputas distantes podem ter um impacto profundo e desproporcional em nações que buscam apenas o progresso e a estabilidade.

Además, o jogo de acusações entre as nações envolvidas no conflito coloca o Sul Global em uma posição ingrata. Ao se alinhar com um lado ou outro, países podem se ver em meio a represálias econômicas ou políticas, comprometendo não apenas suas relações internacionais, mas também o bem-estar de suas próprias populações. A neutralidade, embora ideal, é muitas vezes inviável, pressionada pela necessidade de apoio financeiro ou político dos grandes poderes envolvidos.

É fundamental, por lo tanto, que o Sul Global procure maneiras de se desvencilhar deste ciclo vicioso de envolvimento em conflitos que estão além de seus interesses imediatos. Isso não significa ignorar as questões de direitos humanos ou violações internacionais; pelo contrário, significa reafirmar a importância de se concentrar nas prioridades que são cruciais para o seu próprio desenvolvimento e estabilidade.

A busca por soluções diplomáticas e o fortalecimento de instituições multilaterais podem oferecer caminhos para que esses países defendam seus interesses sem serem arrastados para o turbilhão de disputas que definem atualmente o cenário global. A cooperação Sul-Sul, juntamente com uma abordagem pragmática e equilibrada nas relações internacionais, pode ajudar a proteger os países do Sul Global das correntes turbulentas da geopolítica global.

En ese contexto, a guerra entre Rússia e Ucrânia não é apenas um lembrete das fragilidades do sistema internacional, mas também um chamado para que os países do Sul Global reavaliem suas prioridades e estratégias. A verdadeira força reside na capacidade de permanecer focado nos objetivos de longo prazo, resistindo às pressões e manipulações que buscam desviar essas nações de seu caminho de progresso e autodeterminação.

Rodrigo Cintra
Postdoctorado en Competitividad Territorial e Industrias Creativas, por Dinamia - Centro de Estudios del Cambio Socioeconómico, del Instituto Superior de Ciencias Laborales y Empresariales (ESTA, Lisboa, Portugal). Doctor en Relaciones Internacionales de la Universidad de Brasilia (2007). Es Director Ejecutivo del Mapa Mundial.. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X

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