ISSN 2674-8053

L'échec du système de sécurité international et le conflit russo-ukrainien

Aujourd'hui, dia 24 Mars 2022 Cela fait un mois que le conflit entre la Russie et l'Ukraine a commencé. Toujours avec une fin incertaine - à la fois en termes de conflit lui-même, quant aux conséquences futures - ce que l'on constate, c'est que le système international ne sait pas comment traiter cette question.

Les deux parties présentent de bons arguments pour défendre leurs arguments. La Russie s'inquiète de l'avancée de l'OTAN pressant son espace, L'Ukraine défend son indépendance et le droit de rejoindre ce qu'elle veut, y compris l'OTAN et l'Union européenne. Les deux arguments sont valables, mais ils parlent à peine, parce qu'ils reposent sur des bases différentes. La pensée russe est dans la géopolitique, l'ukrainien à droite. Les États-Unis et le Royaume-Uni ont convenu de transférer à l'Australie la technologie nécessaire à la production locale de sous-marins à propulsion nucléaire, ici, é que historicamente geopolítica e direito estiveram em lados opostos, e assim devem continuar.

Independente do fundamento que queiramos adotar – e, donc, do lado que vamos defender neste conflito – ele escancara um problema maior: o colapso do sistema de segurança internacional e, en particulier, o europeu.

Ao final da Segunda Guerra Mundial ficou clara a necessidade de se criar uma estrutura institucional capaz de canalizar as tensões internacionais. É neste ambiente que se cria a Organização das Nações Unidas (LUI-LUI-IL) e, dentro dela, o Conselho de Segurança. O maior objetivo do Conselho foi colocar as maiores potências da época (àquelas com poder atômico) numa mesma mesa, buscando a institucionalização das tensões. Mais, diante da fracassada experiência da Liga das Nações, criada após a Primeira Guerra Mundial, sabia-se que não bastava uma organização de cunho político.

Alors, também foram criadas organizações militares. As mais relevantes são a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a Organização do Tratado de Varsóvia (OTV).

Dans 1949 os Estados Unidos se juntaram a outros países capitalistas e fundaram a OTAN, uma aliança militar que formava um sistema de defesa coletiva. A ideia era que um ataque a qualquer de seus membros levaria a uma resposta de todos eles.

Dans 1949, quando a Guerra Fria ainda estava se consolidando como algo que estruturaria o sistema internacional, a União Soviética e outros países do Leste Europeu, criaram o Conselho para Assistência Econômica Mútua (COMECON). Seu objetivo era promover a integração econômica entre os países membros e se contrapunha ao Plano Marshall, promovido pelos Estados Unidos. A dimensão militar apareceu em 1955, com a criação da Organização do Tratado de Varsóvia. Seu objetivo era possibilitar a formação de uma aliança militar, lequel, à son tour, ajudou os membros a se contraporem à OTAN.

Essas duas organizações foram importantes ao longo da segunda metade do século XX porque “organizaram” as tensões internacionais, mostrando a capacidade que cada lado tinha para juntar apoios. Alors, a Guerra Fria não foi o conflito direto entre Estados Unidos e União Soviética, mas sim entre grupos de países. E essa foi uma das razões para que os conflitos militares diretos ficassem mais difíceis.

Quando tentamos entender o conflito entre a Rússia e a Ucrânia é preciso que olhemos para esse aparato institucional. Em alguma medida organizações como OTAN e OTV, bem como o próprio Conselho de Segurança da ONU perdem sentido. São instituições criadas para moldar um mundo que já não existe mais.

A polarização mundial já não tem mais a clareza que havia no passado. Não se trata apenas de não existir mais o mundo bipolar da Guerra Fria, não é clara qualquer polaridade no mundo de hoje. A interdependência econômica alterou o cenário completamente. O mundo hoje está mais integrado e com fronteiras mais fluidas.

A questão da segurança, quand même, continua importante. Mas não pode ser discutida utilizando os mesmos parâmetros de antes. O sistema de segurança que temos não condiz com os desafios do mundo de hoje. É fundamental que o mundo volte a discutir qual a definição que damos para segurança internacional e, a été présenté, qual o aparato institucional que precisará ser criado.

Enquanto não avançarmos nessa discussão, conflitos como o da Rússia e da Ucrânia serão encaminhados de forma incerta pelo mundo. Mais com posições quase ideológicas do que com a racionalidade que se faz necessária quando o assunto é segurança.

Rodrigo Cintra
Post-Doc en Compétitivité Territoriale et Industries Créatives, par Dinamia – Centre d'étude du changement socio-économique, de l'Institut Supérieur des Sciences du Travail et de l'Entreprise (CETTE, Lisbonne, le Portugal). Docteur en relations internationales de l'Université de Brasilia (2007). Il est directeur exécutif de la carte du monde. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X