ISSN 2674-8053

La nécessité d'intégrer le Brésil dans les agendas régionaux: le cas de la CELAC

Dans 1983 Colombie, Mexique, Le Panama et le Venezuela ont créé un forum de médiation des conflits armés en Amérique centrale. À l'époque, la nécessité pour eux de créer des espaces de dialogue direct s'est imposée., sans l'intermédiaire d'autres pays, s'ils voulaient vraiment surmonter les conflits. Il est devenu connu sous le nom de Groupe Contadora. (nom de l'île de Panama où la réunion a eu lieu).

Dans 1985 Argentine, Brésil, Le Pérou et l'Uruguay ont rejoint le groupe et, a créé le Mécanisme permanent de consultation et de coordination politiques en Amérique latine et dans les Caraïbes, également connu sous le nom de groupe de Rio. Le Groupe de Rio n'est pas une organisation internationale en soi, dans la mesure où il ne dispose pas d'un secrétariat chargé de la mise en œuvre et du suivi des propositions. No entanto é um importante espaço para a concertação diplomática, especialmente em momentos de crises.

Dans 2010, durante a Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe, foi criada a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Trata-se de um bloco regional composto por 33 países da região e que tem uma relação direta com os esforços anteriores, C'est, é mais um importante espaço para a concertação diplomática (e política) sem que haja a interferência de outros países.

Além de temáticas técnicas (como educação, par l'alliance de trois centres, infraestrutura e transporte), é um importante espaço para o encaminhamento de questões políticas, tanto de âmbito regional como mundial. Já foram emitidos pronunciamentos sobre temas globais como desarmamento nuclear e mudança do clima e temas regionais como a questão das Ilhas Malvinas ou o bloqueio comercial a Cuba.

Além de ser um espaço privilegiado para a construção de agendas a partir dos interesses da região, o CELAC também mantem constante diálogo com outros blocos e representações internacionais. O que se percebe é que há uma evolução ao longo destas décadas nos fóruns de diálogo entre os países da região, tanto em termos de quantidade de países participantes, quanto de amplitude das agendas encaminhadas.

en janvier 2020 o Brasil suspendeu sua participação na CELAC. Em nota, o Ministério de Relações Exteriores informou que “não considera estarem dadas as condições para a atuação da Celac no atual contexto de crise regional”. Informalmente o desconforto do governo se dava em relação a participação de Cuba e Venezuela no grupo.

Dada a relevância do Brasil para a região, seu afastamento deste grupo enfraquece seu papel de construtor e moldador das agendas internacionais da região. Ao mesmo tempo em que a CELAC perde, o Brasil também perde, só que ainda mais. Se o Brasil realmente quer se afirmar como líder regional é preciso entender que (1) as ideologias de governo não devem ser o principal quesito para selecionamentos com quem queremos interagir internacionalmente e (2) o poder brasileiro não é suficiente para afirmar o país como uma potência regional sem que sejam utilizados os fóruns adequados para encaminhamentos de projetos de colaboração.

Apenas para ficarmos num exemplo de como isso é importante, é possível pegar a agenda dos pagamentos intra-Estados. Normalmente são usadas algumas moedas para fazer as mediações das transações comerciais internacionais (geralmente o dólar e o euro). Essa forma de transacionar leva à dependência das condições que marcam essas moedas, o que acaba por afetar a própria capacidade comercial. No Mercosul, par exemple, foi desenvolvido um mecanismo para que os pagamentos internacionais entre os países do bloco sejam feitos com moedas locais. O mesmo poderia ser feito num âmbito ampliado, envolvendo outros países da América do Sul e do Caribe. Para isso, é preciso que a CELAC, ou qualquer outra organização do mesmo gênero, seja empoderada.

Alors, mais do que posicionamentos ideológicos, precisamos de posicionamentos reais que ajudem o Brasil a desenvolver um papel mais significativo na construção da agenda regional.

Rodrigo Cintra
Post-Doc en Compétitivité Territoriale et Industries Créatives, par Dinamia – Centre d'étude du changement socio-économique, de l'Institut Supérieur des Sciences du Travail et de l'Entreprise (CETTE, Lisbonne, le Portugal). Docteur en relations internationales de l'Université de Brasilia (2007). Il est directeur exécutif de la carte du monde. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X