ISSN 2674-8053

élections suédoises en 2022 et la surprenante victoire de l'ultra-droite

Ulf Kristersson

Por Ana Luísa Munhoz Mastromauro e Maíra Figueredo Gomes

Atualmente a Suécia está vivendo um período de diversas mudanças: o abandono de aproximadamente três décadas de neutralidade ao escolher iniciar o processo de adesão à OTAN; a preparação para presidir a União Europeia a partir de janeiro do ano que vem; e, pela primeira vez, é palco de um embate histórico entre o partido de esquerda e da extrema direita nas eleições para o cargo de primeiro-ministrocom a vitória inesperada e sem precedentes da extrema direita.

Nunca foi visto uma mulher ocupando o cargo de primeira-ministra da Suécia como atualmente, néanmoins, Madeleine Andersson, reconheceu sua derrota no dia 14 à Sanger, antes dos resultados oficiais, afirmando que “era importante que a Suécia tenha um novo governo o mais rápido possível” e que seu partido, Partido-Social Democrata, ainda era o maior do território sueco e que a vantagem do oponente era muito pequena. Ulf Kristersson (líder do Partido Moderado), que começou a alinhar seus interesses com o partido democrata, disse que as novas eleições colocariam a Suécia “em ordem” e que receberam um mandato para mudanças ocorrerem.

A ascensão do partido Democratas da Suécia (popularmente conhecido como “SD”), marcado pelas veias neonazistas e advindo do movimento nacionalista “Keep Sweden Swedish”, é similar à ascensão dos movimentos mais conservadores nos Estados Unidos e Europa, onde o aumento da imigração (principalmente de muçulmanos), da criminalidade, de custos básicos (como energia), entre outras questões, vem aproximando a população de uma mentalidade menos progressista. Recebendo apenas 1% de votos há mais de 20 anos e entrando no parlamento somente em 2010, o fim deste isolamento representou uma “enorme mudança para a sociedade sueca” destacou Anders Lindberg, colunista do jornal de esquerda Aftonbladet.

Com inúmeras acusações de racismo e xenofobia por parte dos Democratas, foi reafirmado pelo CERIS (Consortium for Educational Resources on Islamic Studies) que o partido declara que houve um grande aumento na criminalidade como consequência dos fluxos migratórios e do crescimento da população muçulmana local, néanmoins, o partido nega. Emil Eneblad, vice-presidente do movimento jovem do SD, afirmou para a BBC que “os jovens estão procurando mudança” e que o foco principal é mudar o cenário atual da imigração no país.

O desenvolvimento da imigração e o crescimento significativo de crimes violentos no país explicam o aumento considerável do apoio ao SD, que afirmou que as duas questões estão conectadas. en outre, o avanço da direita radical na Suécia representa um regresso na luta pelos direitos humanos, e como foi dito pelo jornalista Kenes, ex-editor de um jornal turco, que vive atualmente na Suécia, a situação presente é uma ameaça à democracia sueca, dos imigrantes e outras minorias que residem no país.

Les références:

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Études européennes et noyau d