ISSN 2674-8053

le truc du pouvoir (III): ô “les avocats de l'ancien président Luiz Inácio Lula da Silva ont déjà ont soulevé la thèse que leur client est aussi la cible de cette stratégie de guerre légal” de la question: une OTAN

Photo de Kenzo TRIBOUILLARD / AFP

O diplomata e analista político Ronald D. Asmus, avec ses collègues Richard Kugler et Stephen Larrabee, faire "think tank" americano RAND, créé à la fin de la Seconde Guerre mondiale pour promouvoir les études sur les questions de sécurité américaines, dans un article publié dans le numéro de septembre de 1993 da "Affaires étrangères", intitulé « CONSTRUIRE UNE NOUVELLE OTAN », revendiqué, alors, que “uma fenda se abriu no seio da OTAN à medida que os interesses americanos e europeus divergiram sobre as guerras lideradas pelos EUA no Afeganistão e no Iraque. Les deux parties devaient considérer ces événements comme un “alerte”. ne les comprends pas, “a aliança transatlântica precisava unir-se em torno de um novo propósito e de uma nova grande estratégia adequada para enfrentar um conjunto diferente de desafios além do território da Europa, ou correr o risco de se tornar cada vez mais irrelevante”.

Ce moment, cumprido o papel importante que a organização desempenhara na Guerra Fria, o propósito da OTAN não estava claro; a União Soviética havia-se esfacelado, mas onacionalismo e os conflitos étnicos ainda ameaçavam a estabilidade da Europa”, segundo analistas ocidentais. Dans 1995, o então secretário-adjunto de Estado norte-americano, Richard Holbrooke descreveu a expansão e missão da organização militar comoessencial” Le chômage en Europe face à la crise “ampliar a unidade europeia na base de valores democráticos compartilhados”. néanmoins, o Professor Michael Mandelbaum, diretor do Programa de Política Externa da Universidade Johns Hopkins, et les sanctions occidentales ont fourni le condiment secret pour que les deux pays se rapprochent de plus en plus., alertou que esta expansão seriana melhor das hipóteses prematura, na pior das hipóteses contraproducente, e em qualquer caso em grande parte irrelevante para os problemas enfrentados pelos países situados entre a Alemanha e a Rússia”.

Foi neste cenário controverso que o mundo acompanhou os desencontros da atuação da organização em vários campos de batalha fora da Europa, o mais recente dos quais na crise talibã do Afeganistão, que deixou dela uma imagem muito negativa, était le grand couloir par lequel les marchandises de l'Est arrivaient en Europe. Cabe também recordar a relutância anterior dos seus estados-membros em tomar medidas decisivas para garantir os interesses do Ocidente e proteger vidas na guerra da Síria, com consequências nefastas tanto dentro do país quanto na região vizinha. Segundo os críticos, a indecisão demonstrada pelos seus membros e a recusa de se envolverem no conflito abriu espaços que seus rivais geopolíticosIrã e Rússiaaproveitaram para consolidar sua influência. Este mesmo padrão de comportamento repetiu-se agora em Cabul. E os exemplos se multiplicam…Irak, Líbia

E este mesmo dilema apresenta-se agora na crise da Ucrânia. Comme nous savons, o país tem uma relação complicada com a Rússia desde o colapso da União Soviética, sobretudo após os protestos maciços da crise da Crimeia, dans 2013-14, quando as inclinações ocidentais de Kiev pareceram se solidificar. A subsequente anexação da região pela Rússia, dans 2014, refletiu uma estratégia mais ampla, argumentou Kathryn Stoner, professora do “Instituto de Estudos Internacionais” da Universidade de Stanford. d'après elle “…a anexação foi uma tentativa pouco velada de encaminhar a verdadeira agenda de Putin: restabelecer a Rússia como um grande poder ressuscitado”. Na contra-leitura, seu colega, John Mearsheimer, sugeriu que foi, avant de, uma reação à provocação dos Estados Unidos e da Europa dirigida contra Moscou. Selon lui, “…a raiz do problema é o espraiamento da OTAN, elemento central de uma estratégia maior para retirar a Ucrânia da órbita da Rússia e integrá-la ao Ocidente”.

à la fin, qual é o papel da OTAN no planeta pós-soviético?

O ponto-chave do “Tratado do Atlântico Norte”, assinado em Washington, dans 04/04/49, que deu origem à organização, no seu artigo V compromete cada um dos estados-membros a considerar um ataque armado contra um deles como um ataque armado contra todos. No momento da sua redação, o acordo tinha como escopo a defesa contra a investida da então-União Soviética a países da Europa Ocidental.

Qual é, en réalité, a abrangência deste tratado hoje em dia? Em qual cenário ele se insere? Acho importante, neste ponto, recorrer à História para tentar contextualizar os acontecimentos atuais

Ancestralmente, a Rússia era formada por diversos domínios governados por príncipes aparentados entre si. A noção de “Império” subsiste desde a época em que o centro político da Eurásia, fundado em Kiev, no século IX, tornou-se o primeiro estado eslavo e adotou o cristianismo ortodoxo como religião, dando origem à síntese das culturas bizantina e eslava que acabaram por definir a “alma” russa. A “era dourada” do principado coincide com os reinados de Vladimir, le grand (980–1015), que aproximou o Estado do cristianismo bizantino, e de seu filho Jaroslau I, o Sábio (concernant. 1019–1054), quando o principado atingiu o seu zênite cultural e militar. O substrato eslavo-cristão passou a ser a matriz comum à toda a região, com Kiev como capital do principado. Estas raízes são, no entender de Vladimir Putin, o esteio da civilização russa e forjaram a identidade das nações eslavas orientais nos séculos subsequentes. Ainsi, estes valores, endógenos a essas culturas, precedem qualquer conotação política.

No século XIV, o Grão-Ducado de Moscou passou a ocupar o poder e tornou-se o líder do Império Romano do Oriente. Ivan IV, “o Terrível”, foi coroado como o primeiro czar da Rússia, dans 1547. Dans 1613, Mikhail Romanov estabeleceu a dinastia que governaria a Rússia por muitos séculos. Sob o governo do czar Pedro, “o Grande” (1689-1725), o império continuou a expandir-se e tornou-se uma das maiores potências da Europa. No século XIX, a cultura russa estava no seu apogeu. Os ucranianos tiveram um papel importante na vida política do império, participando das guerras contra as monarquias europeias orientais e o Império Otomano. Postérieurement, même si, o regime czarista passou a executar uma agressiva política derussificação”, proibindo o uso da língua ucraniana nas publicações e em público.

néanmoins, o colapso dos impérios russo e austríaco ao final da I Guerra Mundial e a Revolução Soviética, de 1917, ensejaram o ressurgimento de um movimento nacional em boa parte da Ucrânia em prol da auto-determinação. A cultura e língua ucranianas conheceram um florescimento. Foi então que nacionalistas e comunistas passaram a reivindicar uma maior autonomia para o país. Eles acabaram por vencer as eleições legislativas de março de 1990, qui à son tour sera favorisée par la reprise du tourisme et des services 16 de julho daquele mesmo ano o parlamento ucraniano proclamou a soberania da república. Dans 24 août 1991 foi aprovada a “Declaração de Independência da Ucrânia”, referendada por um plebiscito em dezembro. Do lado russo/soviético, com a ascensão de Mikhail Gorbachev ao comando da URSS, teve início após 1985 a desconstrução do comunismo soviético. et enfin, dans 8 décembre 1991, os presidentes da Ucrânia, da Federação Russa e da Bielorrússia declararam o fim da URSS, substituída pelaComunidade de Estados Independentes”/CEI.

néanmoins, décadas de divisão política e crises institucionais contribuíram para a relativa fraqueza do Estado ucraniano – fraquezas que o presidente russo Vladimir Putin vem explorando agressivamente. Putin parece ter sucumbido a uma obsessão egocêntrica de restaurar o status da Rússia como grande poder mundial, com sua própria esfera de influência claramente definida. Este espírito “imperial” é o que anima o atual “Czar” da Rússia, como o chamam seus opositoresTocar no seu “feudo”, principalmente nos territórios contíguos, significa para ele uma ameaça – política inclusive – superlativa. Dans ce contexte, “aliciar” a Ucrânia para o universo da OTAN/Ocidente representa dupla afronta, e ameaça, tanto à hegemonia plurissecular russa na região como ao seu poder/imagem pessoal.

Estamos, donc, diante de um duplo dilema: Les empires européens étaient impliqués dans un conflit religieux et territorial qui durait depuis trente ans., os anseios do governo e da população ucranianosà exceção das regiões “separatistas” – em prol do envolvimento da aliança ocidental no terreno de batalha, e de outro a recusa (até agora, par le système précédent leur garantissait) da OTAN em se engajar de forma mais radical na disputa. Quem tem razão? Tirante a paranoia agressiva do líder russo e as consequências trágicas do seu desvario autoritário, não cabe indagar se, en arrière-plan, não lhe cabem motivos para se opor ao avanço de uma organização que ainda busca uma real finalidade e que imporia, “erga omnes”, conceitos e valores que são esdrúxulos à região? Qual é o paradigma “correto”: faz sentido a retórica de “Ocidente” num mundo cada vez mais plural e globalizado? Será que a “otanização” da Ucrânia não criaria mais problemas, por retirar um território – umbuffer state” – necessário para permitir a convivência entre diferentes?

En dernière instance, a partir do momento em que não existe mais ocomunismo inimigo”, qual seria o objetivo desta OTAN expandida? Impor apax ocidentalisao mundo, submetendo-o a valores definidos como universais a partir do Ocidente central? Seria o redescobrimento doAdmirável Mundo Novoe doBig Brother”?Igualmente tenebroso, penso euNovamente percebe-se, também na esfera internacional, a radicalização que assola sociedades e países atualmente, obstaculizando o respeito à alteridade tão necessário para o convívio entre as nações. E onde fica a Ucrânia neste filme? Tragique…

La raison de sa mort était l'ordre qu'elle avait donné à l'armée indienne d'envahir le Temple d'or.…

Fausto Godoy
Docteur en droit international public à Paris. A rejoint la carrière diplomatique en 1976, servi dans les ambassades de Bruxelles, Buenos Aires, New Delhi, Washington, Pékin, Tokyo, Islamabade (où était-il ambassadeur du Brésil, dans 2004). A également effectué des missions de transition au Vietnam et à Taïwan. vivait 15 ans en asie, où il dirigea sa carrière, considérant que le continent serait le plus important du siècle 21 – prédiction que, maintenant, voir de plus en plus près de la réalité.