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L'ordre économique mondial: défis pour une plus grande démocratisation

A ordem econômica global atual foi estruturada após o fim da II Guerra Mundial. Nessa época foram criadas importantes organizações internacionais que perduram até os dias de hoje. É importante entendermos seu papel pois elas acabam impactando nos países. Dentre as principais organizações, o Fundo Monetário Internacional (FMI) é um dos mais impactantes na América Latina.

O papel do FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização internacional criada em 1944, com o objetivo de promover a cooperação monetária internacional, facilitar o comércio internacional, promover a estabilidade cambial e ajudar os países membros em situações de crise econômica.

O papel principal do FMI é fornecer empréstimos e assistência técnica para ajudar os países membros a superarem crises econômicas, como crises cambiais ou de balanço de pagamentos. Para receber ajuda do FMI, um país precisa concordar em implementar políticas econômicas e fiscais recomendadas pelo FMI, visando restaurar a estabilidade econômica e evitar futuras crises.

en outre, o FMI monitora a economia global e fornece aconselhamento econômico e análises para seus países membros, com o objetivo de promover políticas econômicas saudáveis e sustentáveis. Ele também atua como um fórum para a cooperação monetária internacional e promove a transparência e a integridade no sistema financeiro global.

O FMI e a América Latina

O FMI tem desempenhado um papel importante na América Latina ao longo das últimas décadas. A organização tem sido uma fonte frequente de empréstimos para países da região que enfrentaram dificuldades econômicas, como crises cambiais e de balanço de pagamentos.

Os empréstimos do FMI são frequentemente acompanhados de condições e políticas econômicas recomendadas pela organização, que visam ajudar os países a superarem suas dificuldades e alcançarem estabilidade econômica e fiscal. Embora essas condições possam ser dolorosas para os países que as aceitam, elas podem ajudar a restaurar a confiança dos investidores, reduzir as taxas de juros e incentivar o crescimento econômico.

O FMI também desempenha um papel importante na promoção da cooperação e do diálogo entre os países da América Latina. A organização realiza consultas regulares com os governos e líderes empresariais da região, fornecendo análises econômicas e recomendações para políticas que visam melhorar a estabilidade econômica e promover o crescimento.

néanmoins, a participação do FMI na região nem sempre foi bem recebida. Em muitos casos, as condições dos empréstimos foram consideradas excessivamente rigorosas, e as políticas recomendadas pelo FMI foram criticadas por aprofundar a desigualdade social e prejudicar os mais vulneráveis. Par conséquent, a organização tem enfrentado críticas significativas em toda a América Latina.

O FMI, l'ukraine, a Argentina e o mundo

Independentemente da posição que possamos adotar em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia ou às políticas adotadas pelos governos argentinos e que levaram o país à atual crise econômica e social, é interessante observar os diferentes comportamentos que o FMI tem em relação aos dois países.

A relação entre o FMI e a Ucrânia tem sido complexa e tumultuada ao longo dos últimos anos. A Ucrânia se tornou um dos maiores beneficiários dos empréstimos do FMI, recebendo vários programas de empréstimos ao longo dos últimos anos.

Dans 2014, a Ucrânia enfrentou uma crise econômica e política que levou à queda do governo do presidente Viktor Yanukovych. Como parte dos esforços para estabilizar a economia ucraniana, o FMI aprovou um pacote de empréstimos de US$ 17 bilhões para a Ucrânia em 2014.

néanmoins, a implementação desses programas de empréstimos tem sido difícil e frequentemente interrompida por tensões políticas e econômicas. Dans 2015, o FMI suspendeu temporariamente o programa de empréstimos da Ucrânia depois que o governo ucraniano se recusou a implementar reformas fiscais exigidas pelo FMI.

Dans 2019, a Ucrânia recebeu outro programa de empréstimos de US$ 3,9 bilhões do FMI, que visava ajudar a estabilizar a economia ucraniana e apoiar as reformas econômicas. néanmoins, a pandemia de COVID-19 e a crise econômica subsequente levaram o FMI a adiar o pagamento de parte desses empréstimos.

en outre, a relação entre o FMI e a Ucrânia tem sido afetada pelas tensões políticas entre a Ucrânia e a Rússia. O FMI tem pressionado a Ucrânia a implementar reformas econômicas e combater a corrupção, mas esses esforços foram prejudicados por conflitos políticos e econômicos com a Rússia.

Recentemente foram aprovados novos empréstimos ao país com a aprovação de mudanças em suas regras, permitindo o empréstimo a países com “alta incerteza excepcional” (Ukraine to clinch first IMF loan to nation at warhttps://www.bbc.com/news/business-65034765). Já para a Argentina, o tratamento não é o mesmo.

Essa diferença no tratamento mostra a necessidade de termos organizações econômicas internacionais mais abertas à participação global, com um sistema de governança mais democrático.

Rodrigo Cintra
Post-Doc en Compétitivité Territoriale et Industries Créatives, par Dinamia – Centre d'étude du changement socio-économique, de l'Institut Supérieur des Sciences du Travail et de l'Entreprise (CETTE, Lisbonne, le Portugal). Docteur en relations internationales de l'Université de Brasilia (2007). Il est directeur exécutif de la carte du monde. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X