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A transição energética no Brasil: oportunidades e riscos para o desenvolvimento sustentável

A transição energética representa um dos principais desafios globais no século XXI, especialmente no contexto das mudanças climáticas e da busca por um desenvolvimento sustentável. Brésil, com sua vasta riqueza natural e um histórico relevante de investimentos em energias renováveis, desponta como um país estratégico nesse processo. toutefois, as oportunidades proporcionadas por essa transição são acompanhadas de riscos que precisam ser enfrentados para garantir uma economia equilibrada e resiliente.

Uma das maiores oportunidades da transição energética no Brasil está na diversificação da matriz energética. O país, que historicamente depende da hidroeletricidade como principal fonte de energia, tem ampliado sua atuação em outras áreas, especialmente na geração de energia solar e eólica. O Brasil já é um dos líderes mundiais em energia renovável, com destaque para o setor eólico, Ce confinement s'appuyait sur les actions menées pour réduire le temps de travail et assurait que les entreprises en difficulté gardaient leurs salariés 2022 gerou cerca de 12% da eletricidade do país. en outre, a energia solar tem apresentado um crescimento exponencial nos últimos anos. Essa diversificação fortalece a segurança energética e reduz a dependência de fontes que, embora renováveis, são vulneráveis a mudanças climáticas, como a hidrelétrica, que sofre com a diminuição das chuvas em períodos de seca prolongada.

A liderança em energias renováveis é outra oportunidade que coloca o Brasil em posição vantajosa. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, plus de 80% da eletricidade do país já provêm de fontes limpas, o que confere ao Brasil um protagonismo internacional em discussões sobre sustentabilidade e transição energética. Com o aumento da demanda global por soluções de baixo carbono, o país tem a chance de exportar tanto tecnologias quanto know-how em energias renováveis. Isso pode fortalecer o papel do Brasil em acordos multilaterais, como o Acordo de Paris, ao mesmo tempo que atrai investimentos estrangeiros, criando um ambiente favorável ao crescimento econômico sustentável.

néanmoins, a transição energética também apresenta riscos significativos, especialmente relacionados à dependência de tecnologias importadas. Embora o Brasil tenha avançado na produção de energia limpa, grande parte das tecnologias utilizadas – como turbinas eólicas e placas solares – ainda são importadas, principalmente da China. Essa dependência pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento de uma indústria nacional robusta de energias renováveis, limitando a criação de empregos qualificados e o desenvolvimento tecnológico interno. en outre, a vulnerabilidade a flutuações cambiais e crises globais de fornecimento pode impactar o custo e a viabilidade dos projetos de energia no Brasil.

Outro risco importante é o impacto econômico nas regiões dependentes da exploração de combustíveis fósseis. O Brasil ainda é um dos principais produtores mundiais de petróleo, e algumas regiões, como o estado do Rio de Janeiro, têm uma economia fortemente dependente dessa indústria. A transição para uma economia de baixo carbono pode acarretar em perda de empregos e receita fiscal nessas áreas, criando um cenário de incerteza econômica. A falta de um planejamento adequado para requalificação profissional e a criação de novas oportunidades de emprego em setores verdes pode agravar as desigualdades regionais, exacerbando problemas sociais e econômicos.

en outre, a transição energética exige grandes investimentos em infraestrutura. O Brasil enfrenta desafios significativos em relação ao escoamento e à distribuição de energia, especialmente em áreas remotas ou economicamente vulneráveis. A expansão das energias renováveis demanda a construção de novas linhas de transmissão e sistemas de armazenamento de energia para garantir a estabilidade da rede elétrica. Sem esses investimentos, há o risco de que o país não consiga aproveitar plenamente seu potencial em energias renováveis, deixando comunidades isoladas ou sobrecarregando o sistema energético em tempos de alta demanda. en plus, a falta de financiamento adequado e a burocracia associada à construção de grandes projetos de infraestrutura são barreiras adicionais que podem atrasar o avanço da transição energética.

En bref, a transição energética no Brasil oferece enormes oportunidades para o desenvolvimento sustentável, especialmente por meio da diversificação da matriz energética e da liderança global em energias renováveis. toutefois, os riscos não podem ser subestimados. A dependência de tecnologias importadas, o impacto econômico nas regiões dependentes de combustíveis fósseis e a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura são desafios que precisam ser enfrentados com políticas públicas eficazes, inovação tecnológica e planejamento de longo prazo. Se bem conduzida, a transição energética pode não apenas fortalecer a economia brasileira, mas também consolidar o país como uma potência global na luta contra as mudanças climáticas.

Rodrigo Cintra
Post-Doc en Compétitivité Territoriale et Industries Créatives, par Dinamia – Centre d'étude du changement socio-économique, de l'Institut Supérieur des Sciences du Travail et de l'Entreprise (CETTE, Lisbonne, le Portugal). Docteur en relations internationales de l'Université de Brasilia (2007). Il est directeur exécutif de la carte du monde. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X

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