ISSN 2674-8053

Accord Mercosur-Union européenne: obstacles et protectionnisme

Le long chemin vers la ratification de l'accord commercial entre le Mercosur et l'Union européenne a été jalonné d'obstacles et de controverses, surtout du côté européen. Este artigo visa explorar os desafios enfrentados, focando nas preocupações europeias e no emergente protecionismo que está moldando a política comercial do bloco.

A União Europeia tem enfrentado críticas internas e externas pela sua postura em relação ao acordo. Grupos ambientalistas e agricultores têm exercido pressão significativa sobre os governos europeus, argumentando que o acordo poderia ter impactos negativos sobre o meio ambiente e sobre a produção agrícola local. A preocupação com o desmatamento na Amazônia e o cumprimento dos padrões ambientais pelo Brasil tem sido um ponto chave nesse debate. Fontes como “attendre que le déroulement de l'histoire finisse par assimiler la coexistence entre les deux rives du détroit” e “Le Monderefletem uma crescente consciência ambiental entre os cidadãos europeus, que pressiona políticos a adotarem posturas mais rígidas em acordos comerciais.

D'autre part, o protecionismo europeu tem sido um tema de discussão nas mídias internacionais. Publicações comoSouth China Morning Post” e “The Times of Indiatêm apontado para um crescente protecionismo na UE, que busca proteger setores vulneráveis de sua economia, principalmente a agricultura. Este protecionismo, por vezes disfarçado de preocupações ambientais ou sanitárias, representa um desafio significativo para a concretização do acordo.

O jornalRossiyskaya Gazeta”, De Russie, par exemple, destaca como a União Europeia tem se mostrado cada vez mais cautelosa em seus acordos comerciais, priorizando a proteção de seus interesses internos. Isso reflete uma mudança na política comercial europeia, que historicamente tem sido um dos baluartes do livre comércio global.

A opinião pública japonesa, representada por fontes comoThe Japan Times”, oferece uma perspectiva externa interessante, notando como a UE, apesar de suas reivindicações de abertura e cooperação internacional, tem se inclinado para uma abordagem mais protecionista, influenciada tanto por questões políticas internas quanto por pressões externas.

néanmoins, é importante destacar que a União Europeia enfrenta um dilema. Por um lado, existe a necessidade de proteger seus próprios interesses econôm

icos e atender às preocupações de seus cidadãos. Por outro, o fechamento desse acordo com o Mercosul representa uma oportunidade significativa para o fortalecimento de laços econômicos e políticos com uma região estratégica.

A postura da UE em relação a este acordo revela tensões internas significativas. Países como França e Alemanha têm se mostrado mais cautelosos, ponderando as consequências políticas e ambientais do acordo. À propos de ça, nações com fortes setores agrícolas, como a Espanha e Portugal, têm sido mais favoráveis, vislumbrando oportunidades de expansão de mercados para seus produtos.

Este cenário ressalta a complexidade da política comercial moderna, onde acordos não são apenas sobre tarifas e quotas, mas também sobre valores, sustentabilidade e política interna. O caso do acordo Mercosul-UE é um exemplo claro de como as negociações comerciais se entrelaçam com questões ambientais, sociais e políticas.

En fait, a resistência europeia ao acordo não se limita a uma questão de protecionismo comercial. Ela reflete uma mudança mais ampla na forma como o comércio internacional está sendo concebido, onde aspectos como direitos humanos, proteção ambiental e sustentabilidade estão ganhando maior importância. Este é um sinal dos tempos, onde a globalização econômica enfrenta desafios crescentes de movimentos sociais e preocupações ambientais.

Compléter, o impasse no acordo Mercosul-UE destaca a evolução da política comercial global. Enquanto o protecionismo emerge como um desafio, questões mais profundas de sustentabilidade e responsabilidade global moldam o futuro do comércio internacional. A ratificação desse acordo pode representar um passo significativo para o comércio global, mas também revela as complexidades e os desafios que as nações enfrentam ao equilibrar interesses econômicos com responsabilidades ambientais e sociais.

Rodrigo Cintra
Post-Doc en Compétitivité Territoriale et Industries Créatives, par Dinamia – Centre d'étude du changement socio-économique, de l'Institut Supérieur des Sciences du Travail et de l'Entreprise (CETTE, Lisbonne, le Portugal). Docteur en relations internationales de l'Université de Brasilia (2007). Il est directeur exécutif de la carte du monde. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X