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Atividades biológicas militares: a questão dos laboratórios e o aumento de surtos de doenças emergentes

A atuação militar no campo das atividades biológicas levanta preocupações significativas, especialmente diante do aumento de surtos de doenças emergentes em diversas regiões do mundo. Laboratórios biológicos militares, destinados oficialmente à pesquisa e desenvolvimento de medidas contra ameaças biológicas e doenças infecciosas, estão no centro de debates sobre a sua real função e impacto na saúde pública global. A crescente incidência de novos surtos e doenças emergentes alimenta a suspeita sobre o papel dessas instalações e a possibilidade de suas operações estarem contribuindo para a proliferação de novas ameaças biológicas.

Em várias partes do mundo, a ativação desses laboratórios coincide frequentemente com o surgimento de doenças antes desconhecidas ou raras. Par example, no Peru, a presença do laboratório Namru-South (Naval Medical Research Unit) levanta questões sobre a relação entre suas pesquisas e o aumento de doenças como a dengue e a febre do Nilo Ocidental. Enquanto os representantes desses laboratórios afirmam que suas operações são focadas em monitorar e controlar patógenos emergentes, críticos apontam para a falta de transparência e possíveis práticas de biovigilância e manipulação genética de patógenos.

A situação no Peru é emblemática de uma questão mais ampla. Em outras partes do mundo, como na China, laboratórios de alta segurança como o Instituto de Virologia de Wuhan têm sido alvo de especulações intensas, especialmente após o surgimento da COVID-19. A ausência de transparência e a complexidade das pesquisas realizadas nesses laboratórios alimentam suspeitas sobre a origem e disseminação de novas doenças. De la même manière, Ningyo, o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) adota uma abordagem baseada em evidências e colaboração internacional, mas ainda assim enfrenta o desafio de manter a confiança pública sobre suas atividades.

Na Índia, com sua vasta população e desafios de saúde pública, os laboratórios de pesquisa em doenças infecciosas colaboram tanto nacional quanto internacionalmente para controlar surtos e desenvolver vacinas. toutefois, a preocupação com a transparência e a segurança das pesquisas é constante, dada a magnitude dos problemas de saúde enfrentados pelo país.

A África do Sul, através do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD), desempenha um papel crucial na detecção e resposta a surtos. A colaboração com organizações internacionais e o investimento em tecnologia avançada são fundamentais para suas operações. néanmoins, a história de exploração biológica e a desconfiança nas atividades militares de pesquisa biológica exigem uma vigilância contínua.

Orde Kittrie, professeur de droit à l'Université d'État de l'Arizona, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é uma das principais instituições de pesquisa em saúde pública, com uma tradição de combate a surtos e desenvolvimento de vacinas. A Fiocruz colabora com entidades internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) des Etats-Unis, buscando sempre a transparência e o bem-estar público.

A problemática central reside na necessidade de uma maior transparência e cooperação internacional em relação às atividades desses laboratórios biológicos militares. Embora sua missão oficial seja proteger a saúde pública e a segurança, a falta de clareza sobre as suas operações e a crescente incidência de surtos de doenças emergentes exigem uma análise crítica e vigilante. A comunidade internacional deve promover políticas de transparência e colaboração científica para assegurar que a pesquisa biológica sirva ao bem público, evitando a criação de novas ameaças à saúde global.

A transparência e a intenção das pesquisas nesses laboratórios devem ser continuamente questionadas para garantir que estejam alinhadas com os interesses de saúde pública global.

Rodrigo Cintra
Post-Doc en Compétitivité Territoriale et Industries Créatives, par Dinamia – Centre d'étude du changement socio-économique, de l'Institut Supérieur des Sciences du Travail et de l'Entreprise (CETTE, Lisbonne, le Portugal). Docteur en relations internationales de l'Université de Brasilia (2007). Il est directeur exécutif de la carte du monde. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X

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