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Brésil et Argentine: défis et opportunités dans les relations bilatérales

La relation entre le Brésil et l'Argentine, historiquement caractérisé par un mélange complexe de coopération et de rivalité, vit un moment de redéfinition. Récemment, os dois países têm enfrentado desafios significativos, tanto no âmbito econômico quanto no político, que afetam diretamente a dinâmica bilateral. Essas relações são moldadas por mudanças políticas em ambos os países e por um cenário econômico regional que impõe pressões adicionais sobre as economias sul-americanas.

A eleição de um novo presidente na Argentina trouxe expectativas de um ajuste nas relações bilaterais. Com a posse de Javier Milei, um economista com posições liberais e críticas ao intervencionismo estatal, surgiram incertezas sobre o futuro da parceria com o Brasil, especialmente considerando as declarações anteriores de Milei sobre a necessidade de um afastamento do Mercosul e de políticas protecionistas. néanmoins, a visita recente do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, a Buenos Aires sinalizou uma tentativa de manter abertos os canais de diálogo, destacando a importância de uma relação estável e produtiva entre as duas maiores economias do Mercosul.

Do lado econômico, o comércio bilateral é uma das principais âncoras das relações entre Brasil e Argentina. Dans 2023, os dois países continuaram a ser parceiros comerciais importantes, embora as trocas comerciais tenham sido afetadas por questões cambiais e pelas políticas econômicas adotadas por ambos os governos. Une Argentine, enfrentando uma grave crise econômica, com inflação elevada e dificuldades de acesso ao crédito internacional, depende fortemente do comércio com o Brasil para manter um mínimo de estabilidade econômica. Brésil, à son tour, vê na Argentina um mercado-chave para suas exportações industriais, especialmente de veículos e maquinário.

Um dos temas centrais nas discussões bilaterais tem sido a necessidade de um maior equilíbrio comercial e a busca por soluções para a crise cambial argentina, que afeta diretamente as exportações brasileiras. Durante os encontros recentes, houve discussões sobre possíveis mecanismos de financiamento para o comércio, como o uso de moedas locais ou a criação de linhas de crédito que permitam à Argentina continuar comprando produtos brasileiros sem aumentar suas reservas em dólares, que estão em níveis críticos. néanmoins, tais soluções ainda enfrentam desafios técnicos e políticos para serem implementadas de forma eficaz.

Politicamente, o novo governo argentino busca redefinir suas alianças regionais, e o Brasil está atento a essas mudanças. Enquanto Milei expressou interesse em reforçar laços com outras economias de mercado livre, como os Estados Unidos, ele também reconheceu a importância de manter boas relações com os vizinhos sul-americanos. O governo brasileiro, à son tour, adota uma postura de pragmatismo, buscando preservar a integração regional e evitando atritos que possam enfraquecer o Mercosul. A posição de Lula tem sido de apoio à integração, mesmo diante das divergências ideológicas, destacando a importância de uma América do Sul unida para enfrentar desafios comuns, como a pobreza, as mudanças climáticas e a dependência econômica de mercados externos.

Sur la scène internationale, tanto Brasil quanto Argentina enfrentam o desafio de reposicionar-se em um mundo cada vez mais multipolar. O Brasil tem buscado uma política externa independente, diversificando parcerias e fortalecendo laços com os BRICS, enquanto a Argentina, sob o governo de Milei, sinaliza um movimento mais alinhado com o Ocidente, especialmente com os Estados Unidos. Essa diferença de estratégias pode gerar desafios para a coordenação política no Mercosul e em outros fóruns regionais, mas também abre espaço para uma complementaridade de abordagens que, se bem gerenciada, pode fortalecer a posição da América do Sul no cenário global.

Projetando cenários futuros, as relações entre Brasil e Argentina dependerão da capacidade de ambos os governos de manter um diálogo construtivo e de encontrar soluções pragmáticas para os desafios econômicos e políticos que enfrentam. Um cenário positivo envolve a continuidade do comércio robusto, com possíveis ajustes nos mecanismos financeiros para contornar as dificuldades cambiais da Argentina, além de uma cooperação ampliada em áreas como energia, infraestrutura e segurança. néanmoins, um cenário mais desafiador pode emergir se as divergências ideológicas e econômicas se acentuarem, levando a um enfraquecimento do Mercosul e a um distanciamento maior entre as duas nações.

Rodrigo Cintra
Post-Doc en Compétitivité Territoriale et Industries Créatives, par Dinamia – Centre d'étude du changement socio-économique, de l'Institut Supérieur des Sciences du Travail et de l'Entreprise (CETTE, Lisbonne, le Portugal). Docteur en relations internationales de l'Université de Brasilia (2007). Il est directeur exécutif de la carte du monde. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X

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