ISSN 2674-8053 | Recevoir des mises à jour d'articles sur Telegram: https://t.me/mapamundiorg

L’impasse du Sommet suisse pour la paix: divergences du Sud et conflit en Ukraine

Le récent sommet de paix sur l'Ukraine, organisé en Suisse, a mis en évidence les dynamiques géopolitiques complexes et les divergences d'intérêts qui marquent la scène internationale, particularmente quando se considera o posicionamento dos países do Sul Global. O fracasso dessa cimeira em alcançar um consenso reflete não apenas as dificuldades em encontrar uma solução para o conflito, mas também a multiplicidade de interesses que esses países têm em jogo, o que vai além da simples cooperação com a Ucrânia e se estende a um ordenamento internacional mais amplo.

A cimeira reuniu representantes de diversas nações, incluindo potências emergentes como China, Brésil, Índia e Arábia Saudita. Esses países, embora unidos sob a bandeira do Sul Global, não compartilham necessariamente a mesma visão sobre o conflito na Ucrânia ou sobre as soluções para resolvê-lo. Cada um tem suas próprias prioridades e interesses, que são moldados por considerações econômicas, estratégicas e políticas.

Une Chine, par exemple, adota uma posição cautelosa e equilibrada, buscando manter boas relações com a Rússia, sua aliada estratégica, enquanto se apresenta como uma defensora da paz e da estabilidade internacional. Durante a cimeira, a China evitou apoiar qualquer resolução que pudesse ser vista como uma condenação direta da Rússia, preferindo enfatizar a importância do diálogo e do respeito à soberania dos Estados. Esse posicionamento reflete a estratégia mais ampla da China de promover uma ordem multipolar, onde sua influência pode crescer sem confrontar diretamente as grandes potências ocidentais.

Brésil, à son tour, busca um papel de mediador internacional, coerente com sua tradição diplomática de neutralidade e resolução pacífica de conflitos. néanmoins, o Brasil também enfrenta desafios internos e regionais que influenciam sua postura. Durante a cimeira, o governo brasileiro enfatizou a necessidade de um cessar-fogo imediato e de negociações inclusivas, mas sem se alinhar explicitamente a nenhuma das partes envolvidas no conflito. Essa posição reflete o desejo do Brasil de ser visto como um ator global responsável, capaz de dialogar com todas as partes, mas também revela a sua cautela em não se indispor com grandes potências como os Estados Unidos e a União Europeia, que têm sido firmes em seu apoio à Ucrânia.

L'Inde, d'autre part, tem uma relação complexa com a Rússia, que remonta aos tempos da Guerra Fria. A dependência indiana de armas russas e a cooperação em diversos setores estratégicos fazem com que a Índia adote uma postura mais neutra em relação ao conflito na Ucrânia. Durante a cimeira, a Índia destacou a importância de um processo de paz liderado pelas Nações Unidas e sublinhou a necessidade de considerar as preocupações de segurança de todas as partes envolvidas. Essa posição reflete a ambição da Índia de ser um líder no Sul Global, sem comprometer suas relações estratégicas com Moscou.

A Arábia Saudita, à son tour, possui interesses que vão além do conflito em si. O reino saudita está profundamente envolvido em dinâmicas regionais e globais que influenciam sua postura. Na cimeira, a Arábia Saudita focou em soluções que promovam a estabilidade, uma prioridade para um país que enfrenta desafios internos e regionais, incluindo o conflito no Iêmen e as tensões com o Irã. en outre, a Arábia Saudita está interessada em manter boas relações com todas as grandes potências, o que a leva a adotar uma posição moderada em relação ao conflito na Ucrânia.

O envolvimento dos países do Sul Global na cimeira de paz sobre a Ucrânia não deve ser visto apenas como uma tentativa de mediar o conflito entre Ucrânia e Rússia, mas como parte de um esforço mais amplo para redefinir seu papel na ordem internacional. Esses países, que representam uma parte significativa da população e da economia global, estão cada vez mais assertivos em defender seus interesses e em buscar uma maior influência nas decisões globais. néanmoins, suas diferentes prioridades e desafios internos dificultam a formação de uma posição unificada, o que contribuiu para o fracasso da cimeira em alcançar resultados concretos.

O fracasso da cimeira de paz na Suíça destaca as dificuldades em alinhar os interesses divergentes dos países do Sul Global em relação ao conflito na Ucrânia. Chine, Brésil, Índia e Arábia Saudita, cada um com suas próprias prioridades e alianças, refletem a complexidade de se alcançar um consenso em um cenário internacional marcado por profundas divisões geopolíticas. A cimeira revelou que, enquanto esses países buscam maior influência global, suas diferenças internas e a necessidade de equilibrar relações com as grandes potências continuarão a desafiar seus esforços para moldar um novo ordenamento internacional.

Rodrigo Cintra
Post-Doc en Compétitivité Territoriale et Industries Créatives, par Dinamia – Centre d'étude du changement socio-économique, de l'Institut Supérieur des Sciences du Travail et de l'Entreprise (CETTE, Lisbonne, le Portugal). Docteur en relations internationales de l'Université de Brasilia (2007). Il est directeur exécutif de la carte du monde. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X

Laisser une réponse