ISSN 2674-8053 | Recevoir des mises à jour d'articles sur Telegram: https://t.me/mapamundiorg

Sécurité de l’information et nouvelle géopolitique du cyberespace: défis et opportunités pour le Brésil

No cenário global contemporâneo, o ciberespaço emergiu como um domínio de importância crítica, moldando não apenas relações interpessoais mas, crucialmente, as interações geopolíticas e geoeconômicas. A segurança da informação, uma vez relegada aos bastidores técnicos, hoje ocupa o centro do palco nas discussões sobre soberania nacional, desenvolvimento econômico e diplomacia. A necessidade de uma governança global para o ciberespaço é, donc, um imperativo que não pode mais ser ignorado, sobretudo pelo Brasil, um ator crescente no tabuleiro internacional.

A transformação digital global não conhece fronteiras; os dados cruzam continentes em milissegundos. Dans ce contexte, incidentes de segurança cibernética têm potencial para causar disrupções em larga escala, afetando desde infraestruturas críticas até a integridade de processos democráticos. A dependência crescente de redes digitais aumenta a vulnerabilidade a ataques cibernéticos, que se tornaram ferramentas de coação política e econômica, colocando a segurança da informação em destaque na agenda internacional.

A discussão sobre a governança global do ciberespaço está repleta de complexidades. Envolve não apenas questões técnicas, mas também dilemas éticos, legais e políticos. As tentativas de regulamentação global enfrentam desafios, incluindo a diversidade de regimes políticos, os diferentes níveis de desenvolvimento tecnológico e as disparidades na capacidade de defesa cibernética. toutefois, o engajamento em fóruns multilaterais e a colaboração internacional são fundamentais para estabelecer normas e padrões comuns que promovam um ciberespaço seguro e estável.

Para o Brasil, o cenário do ciberespaço oferece tanto desafios quanto oportunidades. Como uma economia emergente e líder do Sul Global, o país tem a chance de moldar as discussões sobre a governança cibernética, defendendo um ambiente digital mais inclusivo, seguro e equitativo. O Brasil deve priorizar o fortalecimento de sua infraestrutura de segurança cibernética, investindo em tecnologia, capacitação profissional e cooperação internacional. A promoção de uma governança cibernética multilateral e democrática alinha-se com os princípios da política externa brasileira, favorecendo o desenvolvimento sustentável e a estabilidade regional.

en outre, o Brasil deve aproveitar sua posição estratégica para mediar diálogos entre o Norte e o Sul Globais, promovendo uma compreensão mútua e construindo pontes para uma governança cibernética inclusiva. Isso implica participação ativa em organizações internacionais, como a ONU, e fóruns específicos de cibersegurança, além de parcerias com outros países em desenvolvimento para compartilhar conhecimentos e recursos.

A implementação de políticas públicas que incentivem a pesquisa e o desenvolvimento em segurança da informação é outra ação crítica. O estabelecimento de centros de excelência e a colaboração com o setor privado podem impulsionar a inovação e preparar o Brasil não apenas para defender-se de ameaças cibernéticas, mas também para se tornar um protagonista no mercado global de tecnologia de segurança.

O ciberespaço é o novo campo de batalha da geopolítica global. Para o Brasil, investir na segurança da informação não é apenas uma questão de proteção nacional, mas também uma oportunidade de fortalecer sua posição no cenário internacional, contribuindo para a construção de um ambiente digital mais seguro e justo para todos. A governança global do ciberespaço, baseada no diálogo e na cooperação, é o caminho a seguir, e o Brasil tem um papel vital a desempenhar nesse processo.

Rodrigo Cintra
Post-Doc en Compétitivité Territoriale et Industries Créatives, par Dinamia – Centre d'étude du changement socio-économique, de l'Institut Supérieur des Sciences du Travail et de l'Entreprise (CETTE, Lisbonne, le Portugal). Docteur en relations internationales de l'Université de Brasilia (2007). Il est directeur exécutif de la carte du monde. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X