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De nouvelles orientations pour la politique étrangère brésilienne: le défi de vaincre le néocolonialisme et de proposer des modèles de développement innovants

Brésil, une puissance émergente avec une influence mondiale croissante, enfrenta o desafio de redefinir sua política externa. Essa necessidade torna-se ainda mais premente diante das tendências neocoloniais ainda presentes nas relações internacionais e da urgência em propor novos modelos de desenvolvimento, especialmente no contexto do BRICS (Brésil, Russie, Inde, Chine et Afrique du Sud) e do Sul Global.

O neocolonialismo, caracterizado pela influência ou controle indireto de nações poderosas sobre outras, mais fracas, especialmente em termos econômicos e políticos, continua a ser uma realidade preocupante. Observa-se, souvent, como as nações desenvolvidas exercem seu poder, moldando políticas e mercados em países emergentes e em desenvolvimento. Brésil, donc, tem a oportunidade de liderar a busca por alternativas a esse paradigma, propondo e adotando modelos de desenvolvimento que respeitem a soberania nacional e promovam a cooperação equitativa.

Na esfera econômica, a cooperação com os países do BRICS e do Sul Global pode ser um vetor para o desenvolvimento de um sistema mais equilibrado e justo. Esta colaboração poderia se concentrar na diversificação econômica, com ênfase na tecnologia, na inovação e na sustentabilidade, pilares fundamentais para um crescimento econômico duradouro e respeitoso ao meio ambiente. A experiência da China, par exemple, em desenvolvimento tecnológico, e da Índia, em inovação no setor de serviços, oferecem lições valiosas que poderiam ser adaptadas à realidade brasileira.

en outre, o Brasil poderia fortalecer suas relações com os países africanos, muitos dos quais compartilham experiências históricas e desafios contemporâneos semelhantes. Essa aproximação poderia se basear em um intercâmbio cultural, educacional e tecnológico, promovendo um desenvolvimento mútuo e respeitando a individualidade de cada nação. A cooperação Sul-Sul, longe de ser uma mera retórica diplomática, pode ser um instrumento eficaz para o avanço econômico e social, baseado em princípios de igualdade e solidariedade.

A política externa brasileira, ao focar no BRICS e no Sul Global, também deve considerar as questões ambientais. Brésil, detentor de uma das maiores biodiversidades do mundo, pode liderar iniciativas internacionais para o desenvolvimento sustentável, equilibrando crescimento econômico com conservação ambiental. Essa liderança é fundamental não apenas para a preservação dos recursos naturais, mas também como um modelo para outros países em

desenvolvimento, demonstrando que é possível alcançar o progresso econômico respeitando o meio ambiente.

Para que essa nova orientação da política externa brasileira seja efetiva, é essencial que o país mantenha uma postura de independência e assertividade nas relações internacionais. Isso significa evitar a dependência excessiva de qualquer bloco político-econômico ou país específico, buscando, em vez disso, parcerias diversificadas e baseadas em interesses mútuos. Essa abordagem é vital para superar a lógica neocolonial e para assegurar que as relações internacionais do Brasil sejam construídas sobre bases de respeito mútuo e benefício recíproco.

néanmoins, é crucial reconhecer que a implementação dessas mudanças na política externa requer não apenas a vontade política, mas também a capacidade institucional. O Brasil deve investir na formação de diplomatas e especialistas em relações internacionais que estejam aptos a navegar neste cenário complexo e em rápida transformação, promovendo os interesses nacionais de maneira eficaz e sofisticada.

En conclusion, ao revisar sua política externa com um foco renovado no BRICS e no Sul Global, o Brasil tem a oportunidade de desempenhar um papel pioneiro na superação das práticas neocoloniais e na proposição de modelos inovadores de desenvolvimento. Esta é uma tarefa desafiadora, mas essencial para a construção de um mundo mais equitativo e para a afirmação do Brasil como uma nação líder no cenário global.

Rodrigo Cintra
Post-Doc en Compétitivité Territoriale et Industries Créatives, par Dinamia – Centre d'étude du changement socio-économique, de l'Institut Supérieur des Sciences du Travail et de l'Entreprise (CETTE, Lisbonne, le Portugal). Docteur en relations internationales de l'Université de Brasilia (2007). Il est directeur exécutif de la carte du monde. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X