Olimpíadas, doping e o jogo de interesses ocultos
O Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Agência Mundial Antidoping (WADA) se apresentam ao mundo como guardiões da ética esportiva. O discurso é o de preservar o “espírito olímpico” contra o uso de substâncias ilegais e de proteger a saúde dos atletas. Mas por trás dessa narrativa moralizante há uma trama muito mais complexa, onde interesses econômicos, geopolíticos e empresariais desempenham papel decisivo na exclusão de países inteiros das grandes competições. A politização do esporte não é novidade, mas nas últimas décadas ela se tornou mais sofisticada, travestida de zelo ético enquanto responde a pressões de blocos de poder e de conglomerados comerciais que lucram com a reconfiguração do mapa esportivo.
O caso mais notório é o da Rússia. Desde 2015, após revelações de um sistema ...

