ISSN 2674-8053

Em defesa de Jair Messias Bolsonaro

Foto oficial do presidente Jair Bolsonaro com a faixa presidencial. Foto: Alan Santos/PR

Votei em Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018 e, agora, estou acompanhando um movimento estranho, que não chego a entender, na política nacional, apenas intuo o que verdadeiramente possa estar acorrendo: o impróprio e intempestivo movimento de peças no tabuleiro do xadrez político.

Vejo os futuros candidatos de 2022 já se desenvolvendo com desenvoltura , visando até deixar o rei em xeque ou pensando dar seu xeque -mate, indicando que nem a mais forte das epidemias tiram o apetite desses jogadores de tabuleiros turvos de pedras brancas e pretas.

Verifique-se que as demais peças, fora o rei, não só são poupadas desse matamata mas esses sagazes jogadores as incentivam a romperem com o rei e avançarem em direção a dominarem o tabuleiro.

O Presidente fez cáusticas observações na tarde do dia 24/3 e causou um tremendo alvoroço.

Ninguém com o equilíbrio saudável tirará este direito de observação do Presidente, que vê o pais numa soma de saúde -economia-segurança e transporte, não apenas com a ótica da saúde.

O Presidente manifesta-se, pois, um verdadeiro Capablanca do xadrez – o cubano que foi na virada do século campeão vários anos do mundo. Note-se que os jogadores brasileiros estão muito aquém do nosso Capablanca,este formado nos quartéis do Exército e nas artes da guerra.

Alertou assim o Presidente que se não se olhar o Brasil como um todo, não se manterá a economia minimamente funcionando, tudo com a finalidade de manter empregos e a livre circulação de mercadorias.

Caso contrário, digo eu, seremos um peão como é a Venezuela no tabuleiro do mundo.

Roberto Ferrari de Ulhôa Cintra
In memoriam. Roberto Ferrari de Ulhôa Cintra é bacharel em direito pela USP (Universidade de São Paulo). Doutor em Direito pela USP, em 2005, autor da Tese A Pirâmide da Solução dos Conflitos: uma contribuição da Sociedade Civil para a Reforma do Judiciário. Tem curso de especialização na Harvard University e na New York University. Possui Curso de Administração de Instituições Financeiras pelo IBMEC-Rio e Curso de especialização de Mercado de Capitais pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo - FGV. Estuda e pesquisa o Direito e a Justiça "sustentáveis", a que chama de “Direito Verde” e de “Justiça Verde”, para aplicação num futuro imediato. Sua ótica do Direito tem ênfase na Teoria Geral do Estado; sua ótica da Justiça preocupa-se com a Pacificação: Conciliação, Mediação, Negociação e Arbitragem. Seu livro A Pirâmide da Solução dos Conflitos foi editado pelo Senado Federal (2008). Tem perto de 40 artigos publicados no Jornal O Estado de São Paulo, no Boletim “Conjur”.