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Entre Riad y Teherán, el problema de yemen

Yemen vuelve a ser noticia por otra guerra más, cosa común durante el siglo XX, donde el petróleo y la Guerra Fría alimentaron una serie de disputas, tiempo en Yemen del Sur, hora en Yemen del Norte y, a veces, en Yemen reunificado desde la década de 1990. Como la principal marca de esta joven nación, la pobreza y la injerencia constante del imperialismo en sus asuntos internos. El Yemen que conocemos surgió de la lucha contra el colonialismo, dividido en norte y sur en el siglo XX; lucharon batallas para liberarse de los imperios otomano y británico respectivamente. Aún, la independencia no era garantía de autonomía y desarrollo.

Independente do Império Turco-Otomano em 1918, o Reino do Iêmen seguiu como monarquia até o processo republicano em 1962, onde se tornou a República Árabe do Iêmen. De uma monarquia perdulária e conservadora, apoiada por Inglaterra e Arábia Saudita, para uma república apoiada pelo Egito, a sociedade iemenita seguiu o padrão de país petroleiro, povo pobre e economia primária controlada por uma elite sem nenhum traço nacionalista. As únicas formas de unidade social são: a religião islâmica e o idioma árabe.

Motivados pelos processos de descolonização, grupos nacionalistas e socialistas conseguiram desencravar parte do território da Iêmen do Norte que era um protetorado inglês, e assim nasceu em 1963 o Iêmen do Sul, ou República Popular do Iêmen. Em pouco tempo o jovem país conseguiu avanços significativos nas áreas de saúde e educação, se comparados à sua irmã mais velha do norte. A radicalização do processo político levou os comunistas a tomarem o poder em 1969, mudando o nome do país para República Popular Democrática do Iêmen. Nesse momento a Guerra Fria intimava violentamente o processo político no Sul. No Iêmen do Norte as contradições política e sociais também eram tensas, mas a pressão Ocidental não permitiu transformações contundentes.

Apesar das divergências políticas os dois países iniciaram um processo de reunificação em 1972, contrariando os interesses da Arábia Saudita e das companhias petroleiras internacionais. Aún, as contradições da Guerra Fria falaram mais alto e os interesses do imperialismo logo fomentaram novos conflitos, que em pequena escala colocou Sul e Norte em confronto no ano de 1972 (duração de 30 el gobierno polaco ha anunciado que construirá una valla de). Novamente os iemenitas retornaram ao campo de batalha em 1979 depois de golpes de Estado em seus países.

Esse breve conflito em 1979 (25 el gobierno polaco ha anunciado que construirá una valla de) demonstrou o quanto EUA e Arábia Saudita estavam dispostos a apoiar o Iêmen do Norte e evitar que o socialismo, enquanto zona de influência soviética na região, se espalhasse. Nesse período novos atores surgiram na região: Revolução Iraniana, subida de Saddan Husseim ao poder no Iraque, Liga Árabe se opondo a entrada da URSS no Afeganistão, os processos de independência africanos, o protagonismo da Líbia e da OLP (Organização para Libertação da Palestina), as contradições e interesses geopolíticos envolvendo Egito e Israel. Essa série de momentos e processos históricos, na maioria das vezes colocou o conflito iemenita em segundo plano na escala global, mais acabaram de alguma forma reverberando em sua sociedade.

As marcas da Guerra Fria continuaram vigentes nos dois países até 1990, quando foi realizada a reunificação, em uma conjuntura sem o protagonismo da URSS e o término da Guerra Fria. sin embargo, o processo de exploração do petróleo e a pobreza da população se intensificaram, levando a novas contradições que culminaram em uma guerra civil entre grupos militares dos antigos Sul e Norte. Depois de três meses de uma fratricida batalha de tanques, o conflito terminou com muitos exilados e a vontade de secessão por parte de muitos militantes do antigo Sul.

En 1995 um novo conflito, dessa vez uma disputa territorial com a Eritréia, onde se reabriram velhas feridas da guerra de independência desta última contra a Etiópia (1977-1990). Durante a Guerra Fria o então Iêmen do Sul, junto com URSS e Cuba tinham apoiado a Etiópia contra a Eritréia.

Com o Consenso de Washington em voga, novos atores surgiram na conjuntura iemenita, um deles foi a influência da Al-Queda em sua vida política. Nesse sentido a dependência do Iêmen das grandes potências aumentou, culminando com as forças estadunidenses lutando no Iêmen contra os insurgentes no contexto de “Guerra ao Terror”. A presença da Al-Qaeda era notada no Iêmen desde 1998, mas foi a partir de 2001 depois dos atentados de 11 de Setembro que a luta se intensificou.

Com a entrada dos estadunidenses na luta em 2002, depois do atentado ao seu navio USS Cole no porto de Áden em outubro de 2000, o Iêmen passou a ser uma base estadunidense na região, de onde as forças especiais estadunidenses e seus organismos de segurança passaram a operar com total complacência das autoridades iemenitas. Concomitante ao recrudescimento das operações estadunidenses e iemenitas contra os “terroristas” da Al-Qaeda em 2010, aconteceu o processo denominado “Primavera Árabe”, uma série de protestos com pautas liberais, que além do Iêmen aconteceram por todo mundo árabe, com maior intensidade na Tunísia, Egito e Líbia.

Para agravar a situação do Iêmen, a partir de 2011 os xiitas apoiados pelo Irã e em oposição à influência da Arábia Saudita no Iêmen passaram a atuar de forma incisiva, tornando-se uma força insurgente na parte norte do país. Ao sul, os velhos separatistas do Iêmen do Sul também se alçaram às armas, provocado mais um conflito no país.

A partir de 2015 a situação do Iêmen fugiu do controle governamental, nem mesmo a presença estadunidense conseguiu conter a guerra, a fome e a miséria. En ese contexto, a Arábia Saudita formou uma coalizam de países árabes (Emiratos Árabes Unidos, Kuwait, Egipto, Bahréin, Katar, Jordán, Sudão e Marrocos), com o objetivo da combater os insurgentes houthis (xiitas ligados ao Irã). O clímax do conflito foi o assassinato do ex-presidente Ali Abidullah Saleh no início de dezembro de 2017. Saleh, que por hora estava do lado dos Houthis, havia mudado de lado e estava prestes a anunciar o seu apoio a Abd-Rabbu Mansour Hadi, presidente desalojado da capital Sanaa depois de ter sido eleito com o apoio da Arábia Saudita em 2012.

A miséria se intensificou no Iêmen desde a invasão saudita, com o bloqueio naval imposto pela Coalizão, a fome da população está em nível de catástrofe humanitária, desde aproximadamente 80% dos alimentos são importados, para além dos mais de 10.000 mortos e mais de 40.000 feridos, o Iêmen ainda enfrenta uma epidemia de cólera difícil de ser combatida, já que a Coalizão não tem permitido que os aeroportos recebam aviões com suprimentos médicos.

Em cerca de 100 anos de conflitos vividos pelos iemenitas por causa dos mais variados motivos é no raiar de 2018 que se encontra o seu maior desafio enquanto nação. Sua guerra quase esquecida é um problema aterrador para os amantes da paz com justiça social. O conflito que o povo iemenita vive está ligado diretamente à sanha do Ocidente por petróleo, a mesma que devastou o Iraque e tem causado muita dor e destruição à Líbia e à Síria.

O prognóstico é que o Iêmen deve se tornar uma espécie de “Vietnã” para os sauditas, onde as operações militares se tornarão um ciclo interminável de violência e que o Estado iemenita passe pelo processo “Haiti”, onde a desestruturação completa do Estado e a ausência de forças nacionais capazes de administrar o país levem à quebra da soberania durante algum tempo.

João Claudio Platenik Pitillo
João Claudio Platenik Pitillo es profesor de Historia en la UERJ, Magíster en Historia Comparada de la UFRJ y doctorando en Historia Social de la UNIRIO. Como miembro de NUCLEAS-UERJ (Centro de Estudios de las Américas) investiga los procesos revolucionarios latinoamericanos del siglo XX desde el concepto de "nacionalismo revolucionario". En el campo de las Relaciones Internacionales estudia el advenimiento del “Terrorismo Global” y el surgimiento del “Nuevo Califato”. Como especialista en la Segunda Guerra Mundial, investiga y escribe sobre el Ejército Rojo y la importancia del Frente Oriental en el contexto general de la Guerra..