“Tudo deve ser feito tão simples quanto possível, mas não mais simples que isso.” Atribuído a Einstein
O estado brasileiro contemporâneo, como resultado de anos de corrupção e descaminho, viu minado o seu potencial aglutinador e empreendedor pesando demasiado sobre o contribuinte sentindo-se agora por tudo isso incapaz de exercer seu papel de indutor do desenvolvimento nacional e de promover a pacificação nacional ,bem como o de manter a máquina pública atendendo o cidadão em suas necessidades básicas. . A sociedade civil , por seu lado , está manietada e sem pique para empreender , dirigir , controlar e participar e ,sobretudo , sem dinheiro. A população , mormente aquela das grandes cidades ,está de alguma maneira severamente envolvida , como autora ou como ré ,ou como testemunha ocular dos mais escabrosos crimes, que mostram uma explosão incontida da bestialidade e comprovam também aqui a falência do estado. A população carcerária , para temor geral ,quando não morre na prisão, morre ao sair dela. Finalmente a classe política em todos os níveis usou e abusou para si própria das prerrogativas contidas na Constituição Cidadã e montou um sistema retro alimentador que transforma cada político num paxá e cada membro de sua equipe num ganizara que carrega impunemente suas malas.
No passado teríamos tido a oportunidade de plasmar o estado mínimo quando todos os países capitalistas o fizeram . Mas , ao invés disso fomos agigantando o estado que agora virou um paquiderme.
O estado mínimo foi concebido nos anos 60 para oferecer ao cidadão educação e saúde e segurança e justiça ,não mais. Mas o Brasil não conseguiu .Inventou-se a Constituição Cidadã de 88 que detonou os cofres públicos e a consciência moral dos brasileiros uma vez que o sistema político eleitoral se associou aos empreiteiros e outros poderosos .E todos os que participam da vida pública conhecem de velho este conúbio pecaminoso entre o empreiteiro e o político , o que a lava jato deixou escancaradamente provado .E assim o estado mínimo transformou-se no estado máximo .
Só resta um caminho diante desse quadro inclemente de gigantismo , reconstruir , como podemos, a felicidade e o labor do brasileiro . Penso que um bom começo é diminuir a máquina pública ao menor tamanho que se possa, resultará daí não mais o estado máximo nem estado mínimo mas sim o estado nano, termo emprestado da física : infinitamente pequeno ( anão ).
O estado nano segundo concebemos é aquele que privilegia a iniciativa do homem em seu trabalho duro para viver. E afasta do comando da política e da vida social o político. A diminuição dos quadros políticos se dá pelo corte radical de 90 % dos quadros das câmaras municipais .Lembremo-nos que as câmaras tiram a atenção dos políticos interioranos das atividades empresariais , o que diminui os negócios lícitos da cidade e aumentam as negociatas;
Sonhamos para nós brasileiros com o desaparecimento da assembleia legislativa onde grandes negociatas são armadas em cima do governador de plantão. Sonho também que desapareça a instituição Estado como ente federativo e tenhamos apenas 2 níveis da esfera política : a federação e o município; some assim a figura do governador cuja frota de jatinhos e helicópteros também o transformam num paxá vaidoso e plenipotenciário.
No nível federal, o congresso se transformará em unicameral, só funcionará o Senado , desaparecendo A Câmara . E no senado, apenas , 60 senadores farão o contraponto com o presidente do estado nano.
Esse imenso vácuo do poder e ação será, agora , preenchido pela sociedade civil que prosperará em virtude de não ter Impostos a pagar, uma vez que o estado nano pouco ou nada fará e nada vai receber por isso.
O princípio da subsidiariedade, nesse mesmo sentido, recomenda que o estado não deva fazer o que o cidadão sabe fazer e faz. Mas não é de hoje que o estado brasileiro vai trazendo para si atividades que juntam o mal serviço , o peculato , o clientelismo e o despotismo , e a Petrobrás é o exemplo retumbante de como não se deve administrar a coisa pública.