ISSN 2674-8053 | Reciba actualizaciones de artículos en Telegram: https://t.me/mapamundiorg

Elecciones en Perú y Democracia en América Latina

candidatos presidenciales peruanos: Pedro Castillo e Keiko Fujimori

O Peru passará, En el día 6 Fue en 2021 para una segunda vuelta de una elección presidencial muy polarizada. De un lado, por Keiko Fujimori, hija del ex dictador Alberto Fujimori, hurgando, candidato de extrema izquierda Pedro Casillo. Curiosamente, la primera vuelta no fue de gran polarización electoral, habiendo Castillo obtenido sólo 19% de votos mientras que Fujimori logró apenas 13%. O sea, 68% de los votantes prefieren a otros candidatos.

Deberíamos observar entonces una polarización inducida por las instituciones, no caso, la regla electoral. Dois candidatos em posições muito distantes no espectro econômico farão campanha para convencer uma massa central de eleitores que não achavam suas propostas as melhores logo de saída. A política peruana estará mais polarizada ao final das eleições, mas não achemos que o eleitorado peruano é quem induziu essa polarização.

Outro fato interessante dessas eleições é que os dois candidatos que passaram ao segundo turno são conservadores no campo dos costumes; em verdade, Castillo é algo além disso. O candidato não só é contrário à união civil entre homossexuais como também prega que não deve haver sequer educação sexual nas escolas. Já no campo econômico, promete a estatização de empresas, sobretudo estrangeiras. O sea, Castillo deve trazer o socialismo do século XXI na economia e o socialismo do século XX nos costumes.

Os analistas políticos que procuram enxergar padrões e ciclos eleitorais na América Latina devemos ser cautelosos. Já se falavaeu nãode uma onda rosa, mas recentemente o Equador elegeu um candidato de direita, contra as extrapolações das pesquisas de opinião, por cierto. O que podemos afirmar é que a democracia contemporânea, com as possíveis exceções de Chile e Uruguai, não tem vida fácil por aqui. No Brasil, o centro do eleitorado se tornou maioria e parece até possuir algum apreço por eleições regulares, livres e limpas, mas temos franjas, cada vez maiores, nos pólos do espectro político, que desprezam a democracia, abertamente à direita e veladamente à esquerda. Isso sem falar numa casta especial de onze pessoas nomeada para guardar a constituição, mas que começou a legislar, não a frearam, começou a executar, não a contrapesaram, e agora rasga a constituição a seu bel prazer.

Rodolpho Talaisys Bernabel
Doutor em Ciência Política pela New York University, Professor da ESPM e Coordenador do Risk Analysis and International Affairs. Consultor associado da Focus RI - Consultoria em Relações Internacionais.