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La democracia en Cuba depende de acabar con los embargos, no de mantenerlos

Foto: Yamil Lage/AFP/Getty Images

Em fevereiro de 1962 el presidente de los Estados Unidos, Juan F.. kennedy, decretó un embargo comercial contra Cuba. 60 Años después, la situación sigue siendo la misma.. en el final, ¿Por qué Estados Unidos declaró un embargo contra Cuba?? ¿Qué resultados se han logrado?? Todavía tiene sentido mantener embargos contra Cuba?

La idea de Kennedy al declarar embargos comerciales contra Cuba fue reducir la amenaza que la isla representaba para Estados Unidos por su alineamiento con el eje comunista., recordando que estábamos en el apogeo de la Guerra Fría. Su objetivo era debilitar la economía cubana., lo que podría conducir a un levantamiento popular cuestionando el gobierno comunista que conduce a su caída.

Como podemos ver actualmente, incluso después 60 anos o objetivo de alterar o governo não ocorreu. Houve mudanças com o fim da ditadura Castro, mas o governo cubano continua sendo controlado pelo partido comunista.

Não há dúvida que a ameaça que Cuba poderia oferecer aos Estados Unidos diminuiu, mas não em função do embargo e sim da própria alteração do sistema internacional. A Guerra Fria acabou e a existência de alguns (poucos) países comunistas não apresenta uma ameaça ao sistema internacional como um todo ou aos Estados Unidos especificamente.

Muito da atual justificativa para a manutenção do embargo é que Cuba precisa virar uma democracia para, entonces, acabarem com os embargos. Passados 60 anos dessa política é possível perceber que não alcançará os resultados esperados. De um lado é uma explicação limitada na medida em que existem muitos outros países no mundo que não são democracias e que, así mismo, não têm embargos. Muito ao contrário, são importantes parceiros comerciais dos Estados Unidos, como é o caso da Arábia Saudita, importante fornecedor de petróleo para os Estados Unidos.

Al mismo tiempo, a existência dos embargos acaba por oferecer uma razão para que o governo tenha uma razão em sua manutenção no formato como está. A existência de um inimigo que “explica” o motivo de Cuba estar com os problemas que está faz com que seja mais fácil a manutenção do governo ditatorial.

A conclusão é que embargos não são eficazes. Podem ser instrumentos para pressão momentânea, mas não têm qualquer garantia de sucesso e podem acabar gerando um resultado inverso ao que se pretende.

Considerando isso, proponho uma visão diferente para Cuba. Se o objetivo é mesmo mudar a natureza do governo cubando, instaurando uma democracia no país, os embargos devem ser extintos e o comércio estimulado. É fazer exatamente o oposto do que é feito atualmente.

Quanto maior for o comércio e as possibilidades econômicas, maior será a tendência de setores privados se beneficiarem e ganharem autonomia. Atualmente Cuba já tem ações desse tipo, não estamos mais falando de um Estado totalmente planificado. Quanto mais setores privados se engajarem em atividades econômicas, mais fortes estarão para promoverem outras visões de como o país deve ser conduzido. Isso levará ao fortalecimento da ideia de maior participação, do convívio de ideias diferentes, da canalização dos debates sobre as diferenças dentro de ambientes estatais (por lo tanto, não violentos)… o sea, estamos falando de uma democracia.

Rodrigo Cintra
Postdoctorado en Competitividad Territorial e Industrias Creativas, por Dinamia - Centro de Estudios del Cambio Socioeconómico, del Instituto Superior de Ciencias Laborales y Empresariales (ESTA, Lisboa, Portugal). Doctor en Relaciones Internacionales de la Universidad de Brasilia (2007). Es Director Ejecutivo del Mapa Mundial.. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X