ISSN 2674-8053

Cibersegurança: um problema global, uma solução global

Cibersegurança, também conhecida como segurança da informação, é o conjunto de medidas e práticas que visam proteger os sistemas, dispositivos, redes e dados digitais contra ataques cibernéticos, roubo de informações, danos ou comprometimento.

A cibersegurança é um campo em constante evolução devido ao aumento constante das ameaças e vulnerabilidades cibernéticas, e é essencial para empresas, organizações e indivíduos que desejam proteger seus dados e ativos digitais.

Cibersegurança como um problema internacional

A cibersegurança é tratada internacionalmente como uma questão crítica de segurança nacional, privacidade e proteção de dados, e comércio global. A segurança cibernética é uma preocupação crescente para governos, empresas e organizações em todo o mundo, uma vez que a dependência de tecnologia digital aumenta e as ameaças cibernéticas se tornam cada vez mais sofisticadas e frequentes.

Vários países têm suas próprias leis, regulamentos e agências governamentais dedicadas à cibersegurança. Em nível internacional, organizações como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a União Europeia (UE) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) têm programas e iniciativas para fortalecer a cibersegurança global.

A cibersegurança é uma questão global que afeta todos os países e regiões do mundo, e é por isso que deve ser tratada na ONU, que é o principal fórum multilateral da atualidade. A segurança cibernética não é apenas uma preocupação técnica, mas também uma questão de segurança nacional e internacional, uma vez que ataques cibernéticos podem afetar infraestruturas críticas, serviços essenciais e até mesmo a estabilidade política de um país.

A ONU é a principal organização internacional para a cooperação e ação conjunta entre os países em assuntos de segurança e paz. Através da sua Agência Internacional de Telecomunicações (ITU), a ONU promove a cooperação internacional em cibersegurança e trabalha para desenvolver normas, políticas e boas práticas para garantir a segurança cibernética em todo o mundo.

Além disso, a ONU também desempenha um papel importante na prevenção e na gestão de crises cibernéticas internacionais, por meio da cooperação entre os países e da coordenação de esforços em resposta a incidentes cibernéticos graves.

O papel do Brasil

O Brasil tem uma atuação importante na cena internacional da cibersegurança, trabalhando em parceria com outros países, organizações e empresas para promover a segurança cibernética em todo o mundo.

O país tem participado ativamente de iniciativas internacionais na área de segurança da informação, como a Conferência Internacional de Segurança Cibernética (Cybersecurity Week) e o Fórum de Governança da Internet da ONU (IGF). Além disso, o Brasil também é membro do Grupo de Peritos Governamentais em Segurança Cibernética da ONU, que visa desenvolver recomendações e boas práticas em segurança cibernética para os países membros da ONU.

No âmbito regional, o Brasil liderou a criação do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br), que é responsável pela coordenação e resposta a incidentes cibernéticos no país e na região da América Latina e Caribe.

O governo brasileiro também tem adotado medidas nacionais para fortalecer a segurança cibernética, como a criação do Plano Nacional de Internet das Coisas e do Plano Nacional de Segurança da Informação, além de políticas públicas para promover a cultura de segurança cibernética e a capacitação de profissionais na área.

Indicação

União Internacional de Telecomunicações – https://www.itu.int/en/ITU-D/Cybersecurity/Pages/global-cybersecurity-index.aspx

Rodrigo Cintra
Pós-Doutor em Competitividade Territorial e Indústrias Criativas, pelo Dinâmia – Centro de Estudos da Mudança Socioeconómica, do Instituto Superior de Ciencias do Trabalho e da Empresa (ISCTE, Lisboa, Portugal). Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2007). É Diretor Executivo do Mapa Mundi. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X