Artigo elaborado pelos pesquisadores Beatriz Begalli, Maria Eduarda Jaworski e Matheus Onofre Garcia
O presidente francês, Emmanuel Macron, chega ao Brasil em uma visita oficial marcada para o dia 26 de março, sendo essa sua primeira vinda ao território brasileiro. Sua agenda inclui a passagem por 4 cidades brasileiras: Belém, Itaguaí, São Paulo e Brasília, envolvendo diversos temas previstos como: investimentos bilaterais, discussões sobre clima e meio ambiente, acordo Mercosul – União Européia, guerra Rússia e Ucrânia, defesa da democracia, estratégias de combate a desinformação, responsabilização das redes sociais e também sobre a entrada do Brasil para a presidência do G20.
O primeiro destino da visita oficial do presidente francês ao Brasil foi Belém, no Pará. O governador do estado, Helder Barbalho, recebeu Macron e Lula e para que isso fosse possível de ser feito com segurança, foi feito um esquema de segurança que contava com as forças municipais, estaduais e do governo federal, fazendo o monitoramento pelas avenidas da cidade. A visita começou nas margens do Rio Guamá, em que foi feita a visitação na produção de cacau na região, totalmente sustentável e artesanal. A fábrica de chocolate Filha do Combu que se caracteriza como um bionegócio, tendo o estado do Pará como o único no Brasil a estar envolvido na bioeconomia, sendo então um ponto muito importante dentro da visita do Macron ao Brasil.
Outra questão importante abordada foi a da Amazônia, em que foram expostas as possibilidades viáveis de usar a bioeconomia para transpor a economia para uma de baixa emissão de carbono. Também ocorreu o encontro com os representantes indígenas, em que Macron dá ao líder ndigena do Kayapo, chamado Raoni Metuktire, a condecoração expoente mundial da causa indigena, para ressaltar as contribuições notáveis e importantes feitas por esse líder na comunidade indigena.
Como segundo ponto de sua passagem, temos a cidade de Itaguaí no estado do Rio de Janeiro, em que Lula e Macron anunciaram a construção de um submarino nuclear, tendo o objetivo de permitir que os países consigam conviver com a hostilidade, sem se preocupar com uma possível guerra, defendendo sempre com essa aliança a propagação e manutenção da paz mundial. Nesta relação, ocorre a troca de tecnologia entre os países, Macron inclusive afirma que a França nunca tinha antes compartilhado tanto conhecimento como nessa relação com o Brasil e a França se orgulha disso e ainda afirma que ambos os países possuem um destino comum, visando se preparar para não serem prisioneiros de um conflito entre duas potências. O principal objetivo entre os países sempre foi defender suas soberanias e independência, além de proteger a paz mundial com essa cooperação. Dessa maneira, o quarto submarino deve ser lançado no próximo ano e depois deste será lançado o submarino de propulsão nuclear no Brasil.
DESENVOLVIMENTO
Ainda mais, em sua visita a São Paulo, o presidente francês, Emmanuel Macron, teve uma agenda movimentada. Além de participar do Fórum Econômico Brasil-França na Fiesp, ele teve reuniões a portas fechadas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, além de banqueiros e empresários. Macron também fez um discurso no encerramento do evento, onde transmitiu mensagens aos empresários presentes, enfatizando a crença das empresas francesas no potencial brasileiro e
incentivando as empresas brasileiras a investirem mais na França. Ele destacou medidas econômicas adotadas pelo governo francês para tornar o país mais atrativo para os negócios e promover a criação de empregos e investimentos maciços, tal acontecimento enfatiza o grande potencial de uma maior cooperação entre o Brasil e a França, principalmente na esfera empresarial, ressaltando que segundo dados da embaixada da França em Brasília, a nação francesa é a maior empregadora estrangeira do Brasil, o número de empresas francesas no Estado brasileiro chegou a 1.042 em 2019.
Além disso, Macron teve outros compromissos em São Paulo, incluindo a inauguração do Instituto Pasteur na Universidade de São Paulo (USP) e um encontro com jovens da Fundação Gol de Letra, ao lado do ex-jogador Raí. Sua agenda também previa um jantar com personalidades brasileiras da cultura e do esporte nacional. Esses eventos destacam a amplitude da visita de Macron a São Paulo, que não se restringiu apenas a questões econômicas, mas também envolveu atividades relacionadas à ciência, educação, esporte e cultura.
Outrossim, em sua visita a Brasília, Macron participou de uma série de compromissos, o roteiro incluiu uma cerimônia oficial de chegada, seguida por uma reunião bilateral com Lula, cerimônias de assinatura de ato e a imposição de condecoração. O destaque foi o almoço oferecido por Lula e pela primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, no Palácio do Itamaraty, representando o cultivo de uma maior proximidade do país sul-americano e o europeu, o que propaga uma cooperação internacional mais desenvolvida entre as duas nações, criando um ambiente mais adequado para os mesmos tratarem de assuntos como clima, segurança, economia e criação e ratificação de acordos.
Adicionalmente, Macron e Lula tiveram um encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para discutir questões políticas e econômicas de interesse mútuo, durante a visita, os presidentes reforçaram laços diplomáticos e discutiram temas como cooperação ambiental, defesa, desenvolvimento tecnológico e relações comerciais entre França e Brasil. Nesse contexto, a presença do líder francês também conseguiu destacar a importância estratégica do Brasil como parceiro regional e global do Estado francês.
Em resumo, a visita de Macron a Brasília representou um momento significativo nas relações entre França e Brasil, especialmente pela cidade ser a capital do Estado brasileiro. Assim, a visita foi marcada por uma agenda diversificada e discussões substantivas sobre questões de interesse bilateral e também global.
CONCLUSÃO
Em conclusão, a visita do presidente francês Emmanuel Macron ao Brasil foi um marco nas relações entre os dois países, abrangendo uma ampla gama de temas de interesse mútuo. Ao passar por quatro cidades brasileiras, Macron demonstrou um compromisso sólido com a cooperação bilateral, desde investimentos estratégicos até questões ambientais e de defesa. A parceria anunciada na construção de um submarino nuclear em Itaguaí reflete o compromisso mútuo com a manutenção da paz global, além de impulsionar a troca de conhecimento e tecnologia entre França e Brasil.
Além dos aspectos econômicos e de defesa, a agenda de Macron em São Paulo destacou a diversidade e o potencial das relações entre os dois países. Sua interação com empresários e líderes acadêmicos evidencia um interesse mútuo em fortalecer os laços comerciais e científicos, além de promover investimentos e intercâmbios culturais. A inauguração do Instituto Pasteur na USP simboliza um novo capítulo na cooperação científica entre França e Brasil, enfatizando o compromisso compartilhado com a inovação e o desenvolvimento sustentável.
Por fim, a passagem por Brasília consolidou os esforços diplomáticos, culminando em discussões sobre temas críticos como clima, segurança e cooperação tecnológica. O encontro entre Macron e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reforçou a importância estratégica do Brasil como parceiro regional e global para a França. Em suma, a visita de Macron não apenas fortaleceu os laços bilaterais, mas também sinalizou o compromisso mútuo em abordar desafios globais por meio de uma cooperação mais estreita e abrangente entre França e Brasil.
REFERÊNCIAS
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