ISSN 2674-8053

França

Reforma do Conselho de Segurança da ONU: entre hegemonias e a busca por multipolaridade
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Europa, França, Reino Unido, Rússia

Reforma do Conselho de Segurança da ONU: entre hegemonias e a busca por multipolaridade

A reforma das Nações Unidas, especialmente do Conselho de Segurança, tem sido um tema recorrente nos debates internacionais, intensificado pelos recentes conflitos na Ucrânia e entre Israel e Palestina. A crítica à proposta de reforma defendida pelos Estados Unidos reflete preocupações sobre a manutenção de hegemonias e a falta de representatividade global na governança internacional. O sistema atual do Conselho de Segurança da ONU, criado após a Segunda Guerra Mundial, confere a cinco potências vitoriosas — Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China — o poder de veto, o que frequentemente impede a organização de agir eficazmente em situações de crise internacional. Este poder de veto tem sido criticado por permitir que essas nações bloqueiem ações internacionais, inclusiv...
Visita do presidente francês, Emmanuel Macron, ao Brasil
Américas, Brasil, Europa, França

Visita do presidente francês, Emmanuel Macron, ao Brasil

Artigo elaborado pelos pesquisadores Beatriz Begalli, Maria Eduarda Jaworski e Matheus Onofre Garcia O presidente francês, Emmanuel Macron, chega ao Brasil em uma visita oficial marcada para o dia 26 de março, sendo essa sua primeira vinda ao território brasileiro. Sua agenda inclui a passagem por 4 cidades brasileiras: Belém, Itaguaí, São Paulo e Brasília, envolvendo diversos temas previstos como: investimentos bilaterais, discussões sobre clima e meio ambiente, acordo Mercosul - União Européia, guerra Rússia e Ucrânia, defesa da democracia, estratégias de combate a desinformação, responsabilização das redes sociais e também sobre a entrada do Brasil para a presidência do G20. O primeiro destino da visita oficial do presidente francês ao Brasil foi Belém, no Pará. O governa...
Cooperação militar com a Ucrânia: uma jogada arriscada?
Alemanha, Américas, Estados Unidos, Europa, França, Organizações Internacionais, Rússia, Ucrânia, União Europeia

Cooperação militar com a Ucrânia: uma jogada arriscada?

A recente intensificação da cooperação militar entre os Estados Unidos, a Europa e a Ucrânia tem sido um tema de debate acalorado no cenário internacional. Essa colaboração, apesar de visar o fortalecimento da Ucrânia frente às ameaças externas, acarreta riscos significativos, podendo levar a uma escalada do conflito na região. Além disso, a falta de uma estratégia alinhada entre os países envolvidos adiciona uma camada de complexidade e incerteza à situação. Um dos principais argumentos contra essa cooperação intensiva é o perigo de escalada do conflito. As ações militares, quando não são completamente coordenadas ou são percebidas como provocações, podem levar a respostas agressivas de outras nações, especialmente da Rússia, que vê a aproximação da OTAN e do Ocidente à Ucrânia co...
Ampliação do conselho de segurança e a posição brasileira: um jogo de interesses globais
Américas, Ásia, Brasil, China, Estados Unidos, Europa, França, Reino Unido, Rússia, Temas Globais

Ampliação do conselho de segurança e a posição brasileira: um jogo de interesses globais

O Brasil, numa iniciativa diplomática ousada, propôs recentemente alterações significativas na estrutura do Conselho de Segurança da ONU, pleiteando o fim do poder de veto (pelo menos temporariamente) e a inclusão de onze novos membros permanentes. Este movimento reflete não apenas uma busca por um reconhecimento maior do Brasil no cenário internacional, mas também uma tentativa de reformar uma estrutura que muitos veem como obsoleta e não representativa da realidade geopolítica atual. A proposição brasileira, segundo fontes como o portal UOL, sugere que a suspensão do poder de veto, uma prerrogativa dos cinco membros permanentes atuais (Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia), seja por um período de 15 anos. O argumento é que isso permitiria uma tomada de decisões mai...
“Acordo Mercosul-UE em encruzilhada: diplomacia, comércio e sustentabilidade
Américas, Argentina, Brasil, Europa, França, Mercosul, Organizações Internacionais, União Europeia

“Acordo Mercosul-UE em encruzilhada: diplomacia, comércio e sustentabilidade

O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, embora tenha sido firmado em 2019, ainda enfrenta desafios significativos para sua implementação. Este acordo, que abarcaria 32 países e criaria o maior bloco de livre comércio do mundo, com um PIB combinado de cerca de US$ 20 trilhões, encontra-se em um delicado estágio de negociações e revisões. Um dos principais entraves ao progresso do acordo é a questão ambiental. A França, liderada pelo presidente Emmanuel Macron, tem sido uma voz crítica, enfatizando a necessidade de garantias robustas relacionadas ao cumprimento do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Macron, recentemente, descreveu o acordo Mercosul-UE como antiquado e contraditório às políticas ambientais, tanto da França quanto do Brasil. Esta postura reflete ...
O papel da energia renovável na crise energética
Europa, França, Organizações Internacionais, Reino Unido, Rússia, União Europeia

O papel da energia renovável na crise energética

Por Ana Luisa Munhoz Mastromauro e Maíra Figueredo Gomes “A crise energética pode ser um ponto de virada para acelerar as fontes limpas e para formar um sistema de energia sustentável e seguro”, afirmou Faith Birol, diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), em setembro de 2022. Faith também declarou que a capacidade e a instalação de energia renovável estão sendo aceleradas em muitos países da Europa, com a finalidade de diminuir o valor e cortar o licenciamento do gás russo, sendo essas consequências da guerra com a Ucrânia. Primeiramente, vale ressaltar que esse confronto fez com que a segurança energética fosse uma pauta cada vez mais frequente, afinal, a Rússia, sendo a segunda maior exportadora mundial de gás natural, era responsável por metade das import...
O que acontecerá caso a venda de energia nuclear francesa para a Europa seja interrompida?
Europa, França, Itália, Reino Unido

O que acontecerá caso a venda de energia nuclear francesa para a Europa seja interrompida?

Electricite de France - Usina Dampierre-en-Burly, França. Foto Reuters Por Bárbara Daguer e Gabriela Delgado A França é responsável pela segunda maior produção de energia nuclear do mundo, ficando apenas atrás dos Estados Unidos (FIEP, 2011). Explicando de maneira simples, energia é originada do núcleo dos átomos, sendo as menores partículas de qualquer matéria. Dependendo do elemento utilizado, a formação ou destruição de uma partícula libera enormes quantidades de energia. Aproximadamente 70% da base energética deste país localizado na Europa Ocidental é originada pela energia atômica (DW, 2022). Apesar de ser considerada uma energia extremamente limpa, por não liberar CO2 e nenhum lixo tóxico, alguns países europeus estão optando por abandonar a energia nuclear, devido às prob...
Posicionamento da França sobre a guerra na Ucrânia
Europa, França, Ucrânia

Posicionamento da França sobre a guerra na Ucrânia

Artigo elaborado por Giovanna Varonez e Giovana Migliari Desde fevereiro de 2022, mês em que a Rússia invadiu a Ucrânia, os países, principalmente europeus, vêm se posicionando em relação ao ocorrido, e como pretendem dar os próximos passos da política externa. A França, desde o início, se posicionou a favor da Ucrânia no conflito, apoiando o país com assistência orçamentária e equipamentos de defesa. Recentemente, o secretário de defesa americano, Lloyd Austin, declarou "ver a Rússia enfraquecida a ponto de não conseguir fazer as coisas que ela fez ao invadir a Ucrânia" durante sua viagem a Kiev. Todavia, o presidente reeleito da França, Emmanuel Macron, tentou distanciar-se da ideia de enfraquecimento da Rússia, e afirmou na Conferência sobre o futuro da Europa: "Nunca ceda à ...
Eleições presidenciais na França
Europa, França

Eleições presidenciais na França

Artigo elaborado por Giovana Migliari e Giovanna Varonez O primeiro turno da eleição presidencial da França ocorreu no dia 10 de abril de 2022, com cinco candidatos disputando o cargo presidencial do país, sendo eles: Emmanuel Macron, Marine Le Pen, Jean-Luc Mélenchon, Eric Zemmour e Valerie Precresse. Macron e Le Pen lideravam na pesquisa de intenção de votos do Ifop. Os dois candidatos favoritos se enfrentaram no segundo turno, que ocorreu dia 24 de abril. Emmanuel Macron estava concorrendo para se reeleger como presidente da França pela República em Marcha, partido fundado por ele mesmo. As pesquisas indicavam que Macron venceria a eleição, de acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Ifop, com pouco mais de 3% de diferença de Le Pen. Durante seu primeiro mandato, Mac...
As eleições na França e os muçulmanos
Europa, França

As eleições na França e os muçulmanos

Tenho por princípio ater-me somente aos temas referentes à Ásia, que é a “minha praia”. Mas não pude resistir a “meter o meu bedelho” nas eleições presidenciais na França. Explico-me: morei em Paris durante quase seis anos, entre 1969 e 1975. Ali concluí a minha formação universitária, preparando-me para o concurso do Instituto Rio Branco. Cheguei em março de 1969, quando os paralelepípedos que calçavam o Boulevard Saint Michel, que os estudantes de Maio de 68 haviam arrancado para enfrentar as tropas policiais, ainda estavam jogados pelas calçadas. Paris vivia a “ressaca” libertária, imersa numa grande ebulição política. A juventude francesa afrontava cartesianamente, com seus agregados estrangeiros, o conservadorismo de seus pais e mestres; porém, “à la française”, num formato ”g...