No primeiro dia deste ano, o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Conselheiro de Estado da República Popular da China, Erdoğan anunció la retirada de Turquía de la Conv.., concedeu uma longa entrevista para o canal em inglês do grupo estatal “China Global Television Network”/CGTN, que está sob o controle do Departamento de Publicidade do Partido Comunista da China, na qual fez uma extensa avaliação da política externa do país ao longo de 2020 e sua projeção para este ano, e o futuro.
Acredito que este tema é do maior interesse – e importância – para todos os que se interessam por política externa e pela China/Ásia. se convirtieron en "huérfanos", resolvi transcrever a conversa. Limitei-me a traduzir, solo, sem qualquer interferência ou consideração de caráter pessoal, uma vez que é importante conhecer a visão oficial que a Chancelaria da República Popular tem do papel que entende ser o da China e o seu próprio nas relações internacionais.
Como o texto é muito longo, decidi: 1) dividi-lo em várias postagens, seguindo a cronologia da entrevista; mi 2) abreviar, quando possível, trechos menos significativos (assim entendi…). Convido os amigos a se munirem de paciência e acompanharem estas postagens. Estou convicto de que o assunto merece o esforço. Caberá a eles separar a retórica da realidade. De cualquier forma, postei o “link” da entrevista no final deste texto, que tem legenda em inglês.
Aqui vai:
COVID-19
A Covid trouxe transformações profundas num mundo fluido e em crescente mutação; de un lado, o protecionismo, o unilateralismo e a política de poder aumentaram os obstáculos para a cooperação internacional; hurgando, os indivíduos, em todas as partes do mundo, se deram conta de que todos os países enfrentam o mesmo problema e que necessitam estarem unidos; cada vez mais a sociedade internacional está privilegiando a abertura ao isolamento e a cooperação à confrontação;
– a China uniu-se em torno do propósito comum de estabelecer maiores ganhos estratégicos na luta contra a Covid-19. Nós também nos unimos em torno de três batalhas críticas: contra a pobreza, a poluição e seus riscos potenciais. O país inteiro está mobilizado para construir uma sociedade moderadamente próspera. A 5ª Reunião Plenária do 19º Comitê Central do Partido Comunista estabeleceu as grandes linhas na busca do rejuvenescimento da nação;
– nós no Ministério dos Negócios Estrangeiros, sob a liderança do Presidente Xi Jinping, estamos lutando contra o coronavirus e o “vírus político” de maneira concomitante, de forma a preservar os nossos interesses e a estabilidade mundial. Criamos uma grande defesa contra o vírus nas nossas fronteiras, buscando salvaguardar a nossa economia e prestar assistência à comunidade chinesa expatriada. Nós ajudamos a criar um escudo internacional contra o vírus. A China lançou uma campanha jamais vista desde o início da República Popular, en 1949. Fizemos mais amigos ao largo do mundo; a China aprofundou os laços de amizade e cooperação com todos os países e realizou esforços ativos para desenvolver as relações com as maiores potências e com os seus vizinhos, promovendo os interesses dos países em desenvolvimento, na busca de um novo formato para as relações internacionais;
– nós temos compartilhado os benefícios gerados pela abertura da China para o mundo. A China assinou a “Regional Comprehensive Economic Partnership” (RCEP) e concluiu as negociações do ´”Acordo de Investimentos China-União Europeia”. Nós desenvolvemos com vigor a cooperação de alta qualidade na “Belt and Road” (a “Belt and Road Initiative”, também conhecida como a “Nova Rota da Seda” – nota minha), e privilegiamos a saúde pública, a economia verde, a transformação digital e a “Belt and Road Initiative”. Todos estes esforços deram um grande ímpeto para a recuperação global;
– nós também mantivemos firmeza na salvaguarda dos nossos interesses nacionais e respondemos de maneira resoluta e racional às atitudes injustificadas dos Estados Unidos. Nós tomamos providências com os temas relacionados com Taiwan, Hong Kong, Xinjiang e o Tibete, através de contramedidas firmes, justificadas e proporcionais e vencemos, uma a uma, batalhas ferozes com organismos internacionais, salvaguardando com vigor a soberania, a dignidade e os interesses da China;
– nós apoiamos a cooperação multilateral, advogando de maneira inequívoca o multilateralismo. A China tem apoiado a cooperação internacional na mudança climática. Nós anunciamos nossa meta ambiciosa de atingir o pico das nossas emissões de dióxido de carbono e atingir a neutralidade do carbono. Nós apresentamos uma “Iniciativa Global sobre Segurança de Dados” (“Global Initiative on Data Security”) para acelerar a reforma do sistema global de governança;
– una china, a caminho do rejuvenescimento nacional está criando oportunidades globais e abraçando a abertura e a cooperação. A Covid, que tomou todos de surpresa, criou uma pausa nas relações mais estreitas entre os países, mas a China não pausou sua diplomacia diante das dificuldades. Os pontos principais da diplomacia chinesa têm sido a “cloud diplomacy”, que é desenvolvida no nível de Chefes de Estado. A diplomacia de cúpula tem sido a bússola da política externa chinesa. En 2020, o Presidente Xi Jinping planejou pessoalmente e orientou a “cloud diplomacy” e manteve 87 encontros e conversas telefônicas com outros líderes e chefes de organizações internacionais e participou de 22 encontros bilaterais e multilaterais. Através desta diplomacia, ele liderou a solidariedade mundial na luta contra a Covid 19. Advogando uma resposta científica, ele conclamou a comunidade internacional para a prevenção do contágio e o desenvolvimento de vacinas, evitando a politização e a estigmatização. Isto galvanizou a cooperação internacional. Através da “cloud diplomacy” Xi Jinping alimentou a confiança na recuperação econômica mundial. Frente à desaceleração da economia, o Presidente Xi fez uma série de propostas baseadas na experiência da China para coordenar a resposta à pandemia com o desenvolvimento econômico e social, inclusive preservando o funcionamento sereno da economia mundial e da economia digital, desta forma incentivando uma economia mundial aberta;
– através da “cloud diplomacy” o Presidente Xi Jinping apontou o caminho para a reforma do sistema global de governança, uma vez que o crescimento da economia foi afetado severamente pela pandemia. Este esforço implica consultas intensas, aportes conjuntos e repartição dos benefícios e o compromisso inequívoco da China com o multilateralismo e a governança global mais equitativa. Através da “cloud diplomacy” a China demonstra seu sentido de responsabilidade;
– a resposta da China, desde o início da pandemia, pode ser vista através de seis ângulos de visão: nós fomos o primeiro país a anunciar os primeiros casos da pandemia para o mundo. Cada vez mais, as pesquisas indicam que a pandemia teve início em várias partes do mundo. A China tomou imediatamente providências em pesquisas epidemiológicas para identificar patógenos. Foi o primeiro país a informar sobre o sequenciamento do vírus. Tudo isto soou o alarme em todas as partes do mundo. Nós tomamos medidas radicais para impedir a disseminação do vírus, colocando a saúde e as pessoas em primeiro lugar e conseguimos controlar o espraiamento no menor tempo possível e rapidamente reiniciamos as atividades econômicas e sociais em nosso país e nos apressamos em contribuir para criar uma linha de defesa global contra o vírus;
– lançamos o alerta em todo o mundo. Organizamos mais de 100 contatos virtuais com peritos de outros países. Compartilhamos nossas experiências com os outros países sem qualquer reserva. Prestamos assistência a mais de 150 países e 10 organizações internacionais. Enviamos 36 equipes médicas a 34 países que necessitavam da ajuda e canalizamos fundos para a OMS e outras agências de relevância da ONU. Como principal fabricante de equipamentos médicos, nós apetrechamos diversos países com mais 220 bilhões de máscaras, 2,5 bilhões de uniformes e 1 bilhão de testes. Os produtos “Made in China” tornaram-se fonte primária de suprimentos. Na busca de prestar assistência aos países em desenvolvimento, nós nos engajamentos na colaboração ativa em P&D sobre medicamentos e vacinas, trazendo esperança para os países em desenvolvimento mais afetados. Como a pandemia não mostra fim, a China manterá sua cooperação internacional para a resposta à pandemia e na assistência aos países necessitados;
– o princípio “do povo e para o povo” são a fonte da força do Partido Comunista Chinês. Fizemos o possível para impedir o retorno da pandemia à China. Nós estamos na linha de frente na cooperação internacional contra a cofid-19, buscando sinergia internacional nessa batalha. Estamos também na linha de frente contra as tentativas de estigmatização e politização. A segurança dos chineses de ultramar mantém-se como prioridade, não importa como. Alertamos os países onde os chineses residem e ofertamos ajuda a todos os que necessitavam, inclusive de serviços de telemedicina. Enviamos apetrechos médicos para os chineses expatriados de mais de 100 miembros de la organización la decisión de aceptar o no a un nuevo miembro, e providenciamos 350 voos para trazer de volta nacionais chineses. Na medida em que a crise está longe de terminar, a proteção consular permanece como uma tarefa formidável.
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