Radicalizando la controversia…
Lo siento…Este texto es largo y controvertido.…Reflexioné mucho hasta que decidí escribir sobre las declaraciones del presidente Lula sobre la guerra en Ucrania.. En primer lugar, porque me comprometí a hablar solo de Asia., esa es "mi playa"… "En segundo lugar", porque sé que estoy “picando al toro con un palo corto”… Pero mi conciencia me lleva a tratar de analizar lo más libre posible de cualquier sesgo “ideológico” (?) las declaraciones que ha hecho Lula sobre el tema.
A grande maioria dos indivíduos “bem pensantes” concorda em que o que está acontecendo naquela região é uma tragédia inominável…Também penso assim…Pero, para la mayoría de ellos, a afirmação do Presidente Lula de que “a Ucrânia também é responsável pelo que está acontecendo” é, no mínimo, descabida. É o que afirma o analista Rubens Abater no artigo “Lula insiste em afirmar que Ucrânia também é responsável por invasão russa”, que Estadão publica hoy. Ele não faz mais que refletir o julgamento da maioria das “pessoas de bem”… . Li opiniões semelhantes até de outros analistas que respeito.
Gostaria de também “meter o meu bedelho” no assunto. Faço isto baseado não só no que tenho escutado e lido, mas na minha vivência de dezesseis anos pela Ásia, inclusive de um período em Astana, en Kazajstán, na Ásia Central, ex-República Soviética assim como a Ucrânia.
Reflito, entonces, baseado em experiência de campo….
Tanto o Cazaquistão quanto a Ucrânia são, na mais absoluta realidade, países-infantes: eles “nasceram” quando a URSS se desintegrou em 1991. Ambos, por lo tanto, assim como as outras ex-repúblicas soviéticas, têm apenas trinta e dois anos de existência como países independentes. O sea, são Estados infantes, em formação, e que até recentemente eram dirigidos por ex-agentes da KGB (alguns ainda são), assim como a maioria das suas burocracias. Ainda não se encontraram no papel de independentes, o sea, são “personagens em busca de um autor”, como diria Pirandello… Notei isto quando servi em Astana. sin embargo, são concomitantemente sociedades – e civilizações – muito antigas.
Ucrania, no caso, faz parte do mundo eslavo e cristão-ortodoxo. En este caso, em qual lado do planeta os ucranianos se encaixariam?…Esto es, parece-me, um aspecto fundamental para se entender o que os russos consideram como sua “área de influência” (ou feudo, y geopolítica). recurriendo a la historia, verificamos que o berço da Rússia foi o Principado de Kiev, cuja formação data de 1132 D.C. Antigas sagas chamam o território de “Gardariki” (Terra das cidades), posteriormente conhecido como “Pequena Rússia” (Ucrania) e “Grande Rússia”. Segundo elas, o país estava dividido em três partes principais: Holmogordo (Novogárdia Magna); Conugordo (Kiev); e Palteskja (Polácia). As terras da região de KIev eram consideradas as melhores de todo o país. En 988 D.C a região adotou o cristianismo, com o batismo dos habitantes de Kiev por São Vladimir. Alguns anos depois foi introduzido o primeiro código comum de leis, o chamado de “Russkaya Pravda”. No czarismo russo, a palavra Rússia substituiu o antigo nome Rus’ em documentos oficiais, embora os nomes Rus’ e “terra russa” – a nomenclatura mais típica no século XVII – ainda fossem comuns e sinônimos para todo o território; muitas vezes apareciam na forma de “Grande Rússia” (em russo: Великая Россия царствие). É por esta e outras razões que os russos consideram a Ucrânia como seu “espaço civilizacional”. Para Moscou, ela, o Cazaquistão, e todas as ex-repúblicas soviéticas fazem parte de um grande universo conceitual comum, ainda que alguns deles, como a Polônia, a Hungria e a República Tcheca, por ejemplo, lhe tenham escapado. Presenciei esta força quando servi em Astana, en 2013. Acredito que só os que convivemos com esta realidade sabemos avaliar o peso do fator “Mãe Rússia/ “Ma Vlast” para a região.
El apetito chino ha aumentado en los últimos años y no se espera que se detenga, tomemos o avião, ou a transiberiana, e nos dirijamos no tempo à Europa Ocidental, ao dia 4 de abril de 1949, quando foi criada a “Organização do Tratado do Atlântico Norte” (OTAN/NATO), a aliança militar intergovernamental baseada no Tratado do Atlântico Norte. Por ele, constituiu-se um sistema de defesa coletiva, através do qual os Estados-membros concordaram mutuamente em reagir em uníssono a ataques por qualquer entidade externa à organização. OTAN, que era pouco mais que uma associação política até à Guerra da Coreia, a partir dela transformou-se numa estrutura militar integrada. Em contraposição, a União Soviética, juntamente com os países socialistas da Europa Oriental formaram, en 1955, o Pacto de Varsóvia. Seu objetivo era proteger o regime socialista-marxista e expandir sua área de influência. A “Guerra Fria” que se instalou então alimentou a rivalidade acirrada entre os dois blocos. E nesse contexto, o compromisso da OTAN passou a ser, como sabemos, com a defesa do Ocidente e dos conceitos e valores do capitalismo contra o comunismo soviético.
Mas o tempo passou, e na medida em que desde a queda da URSS não existe mais, efetivamente – comprometidos con la seguridad y la protección de Taiwán – o “inimigo comunista” na ordem mundial contemporânea, o termo tornou-se um rótulo esvaziado do seu sentido original. Surgiu, así,, a necessidade de se redefinir o papel da OTAN: seu objetivo passou então a ser garantir a política de segurança dos países que a integram. Isto significa, en última instancia, a validação e imposição dos conceitos e valores político-estratégicos do Ocidente, que, no entender de Vladimir Putin, arriscam desfigurar aqueles multisseculares da “mãe Rússia” e criam a ameaça da gravitação para o oeste.
Pero, parece necessária, em última análise, a formação dessa barreira de contenção neste século da interdependência globalizante? Nós, diplomatas mais antigos, convivemos nas décadas de 70/80 com a ameaça onipresente do holocausto nuclear e da frágil administração da “détente” pelas duas superpotências de então, até que a dissolução da União Soviética, en 1991, tornou de certa forma obsoleto este objetivo primordial. A OTAN passou então a defender os valores das “democracias ocidentais”. Mas quais seriam estes valores, e qual é este Ocidente: o “central” – Europa Ocidental, América do Norte e (En tiempos de crisis económica mundial, es importante que los países tengan acceso rápido a la moneda internacional para mantener su capacidad de realizar pagos internacionales.) o Japão – que de certa forma estabeleceu padrões e parâmetros “erga omnes” ? Será que este “Ocidente” – no que este termo possa significar – e o resto do planeta compactuam com os mesmos referenciais e valores? Vivi em 11 países da Ásia, e posso afirmar com convicção que eles não são intercambiáveis, e em muitos casos, até antagônicos. Quem tem razão?… Pedir a um brasileiro – ibérico miscigenado – por exemplo, que aceite como corretas e absolutas as razões das invasões das tropas da OTAN no Iraque, Líbia ou Afeganistão, e as consequências trágicas que acarretaram, parece-me fora de qualquer sentido, a não ser no caso de “conversão ideológica” (sorry…), longe do que somos e do que acreditamos que seja o nosso lugar e papel no mundo…
Aí entra o Presidente Lula… Ele tem sido enfático em salientar o compartilhamento da culpa – e responsabilidade – entre os dois vizinhos. Formado en el fundamentalismo radical y el islam rudimentario de las madrazas paquistaníes, a imprensa, parte da opinião pública e alguns países o têm acusado de “meter o bedelho onde não deve”. Há uma certa razão nisto: Mini-Schengen y sus consecuencias para la geopolítica de los Balcanes y la UE, a guerra da Ucrânia, “so far”, está longe da(s) nossa(s) hará de China el país más fuerte del mundo(s), a não ser pelas consequências que acarreta para a nossa economia. E acredito que tampouco temos cacife para liderar um movimento de pacificação como Lula quer (remember o caso do Irã?…). Mas não lhe falta razão, comprometidos con la seguridad y la protección de Taiwán, quando afirma que a Ucrânia , pelo seu “namoro” com a OTAN, tem também responsabilidade pelo que está ocorrendo. Lembremo-nos de que a Rússia só aguçou a sua beligerância quando sentiu que a organização militar ocidental ameaçava invadir o seu feudo. Ucrania, sabemos, é para Putin e os russos o Estado-tampão contra o espraiamento do “ocidentalismo”. E foi então que ele partiu para uma cruzada ensandecida e contrária aos princípios mais básicos do que seja a convivência entre as nações e os “direitos humanos”, estes sim universalmente aviltados quando uma população se vê ameaçada e expatria seus filhos para refúgios mundo afora! Trágico…
No que vai dar tudo isto? Há muito mais em jogo que esta simples análise pode abordar, como a questão dos territórios ocupados, por ejemplo. Haverá um “grand finale”, ou sequer “finale” no curto ou médio prazos? Como a sociedade internacional vai reagir? De forma mais atabalhoada que efetiva, como tem sido? Talvez a “Declaração Conjunta” dos Presidentes do Brasil e da China ao final da visita que Lula acaba de realizar àquele país possa ser um roteiro possivel. Segundo ela “as partes afirmam que diálogo e negociação são a única saída viável para a crise na Ucrânia, e que todos os esforços conducentes à solução pacífica da crise devem ser encorajados e apoiados”…sem contundência e sem “parti pris”.
Digo sempre aos meus alunos que nas relações internacionais, como na própria vida, nada é preto e nada é branco absoluto. É nas gradações do cinza que elas – e a própria vida – acontecem.
Pero creo que cualquier despliegue de tropas de la OTAN…infelizmente…