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Lula, IV, Ucrania y la OTAN

© Ricardo Stuckert/PR

Radicalizando la controversia…

Lo siento…Este texto es largo y controvertido.…Reflexioné mucho hasta que decidí escribir sobre las declaraciones del presidente Lula sobre la guerra en Ucrania.. En primer lugar, porque me comprometí a hablar solo de Asia., esa es "mi playa"… "En segundo lugar", porque sé que estoy “picando al toro con un palo corto”… Pero mi conciencia me lleva a tratar de analizar lo más libre posible de cualquier sesgo “ideológico” (?) las declaraciones que ha hecho Lula sobre el tema.

A grande maioria dos indivíduos “bem pensantes” concorda em que o que está acontecendo naquela região é uma tragédia inominávelTambém penso assim…Pero, para la mayoría de ellos, a afirmação do Presidente Lula de que “a Ucrânia também é responsável pelo que está acontecendo” é, no mínimo, descabida. É o que afirma o analista Rubens Abater no artigo “Lula insiste em afirmar que Ucrânia também é responsável por invasão russa”, que Estadão publica hoy. Ele não faz mais que refletir o julgamento da maioria das “pessoas de bem”… . Li opiniões semelhantes até de outros analistas que respeito.

Gostaria de também “meter o meu bedelho” no assunto. Faço isto baseado não só no que tenho escutado e lido, mas na minha vivência de dezesseis anos pela Ásia, inclusive de um período em Astana, en Kazajstán, na Ásia Central, ex-República Soviética assim como a Ucrânia.

Reflito, entonces, baseado em experiência de campo….

 Tanto o Cazaquistão quanto a Ucrânia são, na mais absoluta realidade, países-infantes: eles “nasceram” quando a URSS se desintegrou em 1991. Ambos, por lo tanto, assim como as outras ex-repúblicas soviéticas, têm apenas trinta e dois anos de existência como países independentes. O sea, são Estados infantes, em formação, e que até recentemente eram dirigidos por ex-agentes da KGB (alguns ainda são), assim como a maioria das suas burocracias. Ainda não se encontraram no papel de independentes, o sea, são “personagens em busca de um autor”, como diria PirandelloNotei isto quando servi em Astana. sin embargo, são concomitantemente sociedades – e civilizações – muito antigas.

Ucrania, no caso, faz parte do mundo eslavo e cristão-ortodoxo. En este caso, em qual lado do planeta os ucranianos se encaixariam?…Esto es, parece-me, um aspecto fundamental para se entender o que os russos consideram como sua “área de influência” (ou feudo, y geopolítica). recurriendo a la historia, verificamos que o berço da Rússia foi o Principado de Kiev, cuja formação data de 1132 D.C. Antigas sagas chamam o território deGardariki” (Terra das cidades), posteriormente conhecido comoPequena Rússia” (Ucrania) e “Grande Rússia”. Segundo elas, o país estava dividido em três partes principais: Holmogordo (Novogárdia Magna); Conugordo (Kiev); e Palteskja (Polácia).  As terras da região de KIev eram consideradas as melhores de todo o país. En 988 D.C a região adotou o cristianismo, com o batismo dos habitantes de Kiev por São Vladimir. Alguns anos depois foi introduzido o primeiro código comum de leis, o chamado deRusskaya Pravda”. No czarismo russo, a palavra Rússia substituiu o antigo nome Rusem documentos oficiais, embora os nomes Ruse “terra russa”a nomenclatura mais típica no século XVIIainda fossem comuns e sinônimos para todo o território; muitas vezes apareciam na forma de “Grande Rússia” (em russo: Великая Россия царствие). É por esta e outras razões que os russos consideram a Ucrânia como seu “espaço civilizacional”. Para Moscou, ela, o Cazaquistão, e todas as ex-repúblicas soviéticas fazem parte de um grande universo conceitual comum, ainda que alguns deles, como a Polônia, a Hungria e a República Tcheca, por ejemplo, lhe tenham escapado. Presenciei esta força quando servi em Astana, en 2013. Acredito que só os que convivemos com esta realidade sabemos avaliar o peso do fator “Mãe Rússia/ “Ma Vlast” para a região.

El apetito chino ha aumentado en los últimos años y no se espera que se detenga, tomemos o avião, ou a transiberiana, e nos dirijamos no tempo à Europa Ocidental, ao dia 4 de abril de 1949, quando foi criada a “Organização do Tratado do Atlântico Norte” (OTAN/NATO), a aliança militar intergovernamental baseada no Tratado do Atlântico Norte. Por ele, constituiu-se um sistema de defesa coletiva, através do qual os Estados-membros concordaram mutuamente em reagir em uníssono a ataques por qualquer entidade externa à organização. OTAN, que era pouco mais que uma associação política até à Guerra da Coreia, a partir dela transformou-se numa estrutura militar integrada. Em contraposição, a União Soviética, juntamente com os países socialistas da Europa Oriental formaram, en 1955, o Pacto de Varsóvia. Seu objetivo era proteger o regime socialista-marxista e expandir sua área de influência. A “Guerra Fria” que se instalou então alimentou a rivalidade acirrada entre os dois blocos. E nesse contexto, o compromisso da OTAN passou a ser, como sabemos, com a defesa do Ocidente e dos conceitos e valores do capitalismo contra o comunismo soviético.

Mas o tempo passou, e na medida em que desde a queda da URSS não existe mais, efetivamente – comprometidos con la seguridad y la protección de Taiwán –  o “inimigo comunista” na ordem mundial contemporânea, o termo tornou-se um rótulo esvaziado do seu sentido original. Surgiu, así,, a necessidade de se redefinir o papel da OTAN: seu objetivo passou então a ser garantir a política de segurança dos países que a integram. Isto significa, en última instancia, a validação e imposição dos conceitos e valores político-estratégicos do Ocidente, que, no entender de Vladimir Putin, arriscam desfigurar aqueles multisseculares da “mãe Rússia” e criam a ameaça da gravitação para o oeste.

Pero, parece necessária, em última análise, a formação dessa barreira de contenção neste século da interdependência globalizante? Nós, diplomatas mais antigos, convivemos nas décadas de 70/80 com a ameaça onipresente do holocausto nuclear e da frágil administração da “détente” pelas duas superpotências de então, até que a dissolução da União Soviética, en 1991, tornou de certa forma obsoleto este objetivo primordial. A OTAN passou então a defender os valores das “democracias ocidentais”. Mas quais seriam estes valores, e qual é este Ocidente: o “central” – Europa Ocidental, América do Norte e (En tiempos de crisis económica mundial, es importante que los países tengan acceso rápido a la moneda internacional para mantener su capacidad de realizar pagos internacionales.) o Japão – que de certa forma estabeleceu padrões e parâmetros “erga omnes” ? Será que este “Ocidente” – no que este termo possa significar – e o resto do planeta compactuam com os mesmos referenciais e valores? Vivi em 11 países da Ásia, e posso afirmar com convicção que eles não são intercambiáveis, e em muitos casos, até antagônicos. Quem tem razão?… Pedir a um brasileiroibérico miscigenado – por exemplo, que aceite como corretas e absolutas as razões das invasões das tropas da OTAN no Iraque, Líbia ou Afeganistão, e as consequências trágicas que acarretaram, parece-me fora de qualquer sentido, a não ser no caso de “conversão ideológica” (sorry…), longe do que somos e do que acreditamos que seja o nosso lugar e papel no mundo

Aí entra o Presidente LulaEle tem sido enfático em salientar o compartilhamento da culpa – e responsabilidade – entre os dois vizinhos. Formado en el fundamentalismo radical y el islam rudimentario de las madrazas paquistaníes, a imprensa, parte da opinião pública e alguns países o têm acusado de “meter o bedelho onde não deve”. Há uma certa razão nisto: Mini-Schengen y sus consecuencias para la geopolítica de los Balcanes y la UE, a guerra da Ucrânia, “so far”, está longe da(s) nossa(s) hará de China el país más fuerte del mundo(s), a não ser pelas consequências que acarreta para a nossa economia. E acredito que tampouco temos cacife para liderar um movimento de pacificação como Lula quer (remember o caso do Irã?…). Mas não lhe falta razão, comprometidos con la seguridad y la protección de Taiwán, quando afirma que a Ucrânia , pelo seu “namoro” com a OTAN, tem também responsabilidade pelo que está ocorrendo. Lembremo-nos de que a Rússia só aguçou a sua beligerância quando sentiu que a organização militar ocidental ameaçava invadir o seu feudo. Ucrania, sabemos, é para Putin e os russos o Estado-tampão contra o espraiamento do “ocidentalismo”. E foi então que ele partiu para uma cruzada ensandecida e contrária aos princípios mais básicos do que seja a convivência entre as nações e os “direitos humanos”, estes sim universalmente aviltados quando uma população se vê ameaçada e expatria seus filhos para refúgios mundo afora! Trágico…

No que vai dar tudo isto? Há muito mais em jogo que esta simples análise pode abordar, como a questão dos territórios ocupados, por ejemplo. Haverá um “grand finale”, ou sequer “finale” no curto ou médio prazos? Como a sociedade internacional vai reagir? De forma mais atabalhoada que efetiva, como tem sido? Talvez a “Declaração Conjunta” dos Presidentes do Brasil e da China ao final da visita que Lula acaba de realizar àquele país possa ser um roteiro possivel. Segundo ela “as partes afirmam que diálogo e negociação são a única saída viável para a crise na Ucrânia, e que todos os esforços conducentes à solução pacífica da crise devem ser encorajados e apoiados”sem contundência e sem “parti pris”.

Digo sempre aos meus alunos que nas relações internacionais, como na própria vida, nada é preto e nada é branco absoluto. É nas gradações do cinza que elas – e a própria vida – acontecem.

Pero creo que cualquier despliegue de tropas de la OTAN…infelizmente

Fausto Godoy
Doctor en Derecho Internacional Público en París. Ingresó a la carrera diplomática en 1976, servido en las embajadas de Bruselas, Buenos Aires, Nueva Delhi, Washington, Beijing, Tokio, Islamabade (donde estaba el embajador de brasil, en 2004). También completó misiones de transición en Vietnam y Taiwán.. vivido 15 años en asia, donde dirigió su carrera, considerando que el continente sería el más importante del siglo 21 - predicción de que, ahora, ver más y más cerca de la realidad.