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Segunda onda da Covid-19 na Europa

ECDC’s visualisation on the distribution of COVID-19 cases in EU/EEA and the UK, retrieved on 14 April 2020.

Autoras: Lara Cristal Gonçalves e Mariana Clemente

A Europa está enfrentando a segunda onda da pandemia, um aumento disparado no número de novos casos e de mortes. Alguns países como a Bélgica, França, Alemanha e Reino Unido decretaram medidas sanitárias, fechamento de alguns estabelecimentos e até mesmo toque de recolher para seus cidadãos.

 Antes de tudo, é preciso ressaltar que um estudo de instituições europeias mapeou uma mutação do Sars- CoV-2 que vem se espalhando pelo continente. A pesquisa que encontrou essa mutação ainda não foi disponibilizada, logo, ainda não passou pela revisão de cientistas, o que é essencial para validar as descobertas (UOL, 2020).

De acordo com outro estudo, também não publicado em periódico científico, essa mutação provavelmente se originou em trabalhadores rurais, agrícolas no nordeste da Espanha e se espalhou pelo continente sob efeito dominó (ABRIL, 2020).

A situação dos países europeus está alarmante, a Itália teve seu maior número de mortes em 7 meses e a França ultrapassou 2 milhões de casos da Covid-19, tornando-se o 4º país com mais casos do vírus no mundo. Além disso, a França está em 7º entre as nações com maior número de mortes, claramente é um dos países que mais está sofrendo com a segunda onda da pandemia na Europa (G1, 2020).

Na tentativa de conter o vírus, os governos italiano e francês adotaram medidas radicais de restrição. Também, a Áustria aderiu recentemente ao lockdown. A chanceler alemã, Angela Merkel, demonstrou grande preocupação com a disseminação descontrolada do coronavírus em seu continente e em seu país, dando ênfase a capital, Berlim.

Os números de infecções estão altos demais, por essa razão, é necessário diminuir os contatos, aderir restrições de circulação e proteger os idosos e aqueles com problemas de saúde. Colocar a pandemia sob controle, seria o único caminho para reverter essa crise na área da saúde e solucionar as problemáticas econômicas.

Em suma, o cenário do continente europeu desde meados de setembro está caótico, obrigando os governos adotarem medidas drásticas. Os europeus estão sofrendo com o aumento das infecções e temem sobrecargas das unidades de terapia intensiva (necessárias aos casos mais graves). Vislumbrando novamente a necessidade de lockdowns, o mercado financeiro não reagiu bem (NEXO, 2020).

Somando-se a isso, entre a população de algumas regiões, há uma resistência contra a retomada das quarentenas, apesar de que agora as medidas estão sendo mais brandas que aquelas impostas na primeira onda do vírus e que até o então a Europa já havia superado a doença.

REFERÊNCIAS

França ultrapassa 2 milhões de casos de Covid; Itália tem maior número de mortes em 7 meses. G1, GLOBO.17 nov 2020. Acesso em: 19 nov 2020. DISPONÍVEL EM: https://g1.globo.com/google/amp/bemestar/coronavirus/noticia/2020/11/17/franca-ultrapassa-2-milhoes-de-casos-de-covid-italia-tem-maior-no-de-mortes-em-7-meses.ghtml

Mutação do novo coronavírus se espalhou amplamente pela Europa em 2 onda. UOL. 29 out 2020. Acesso em: 19 nov 2020. DISPONÍVEL EM: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/10/29/mutacao-do-coronavirus-causou-2-onda-de-covid-19-na-europa-aponta-estudo.htm

CRUZ, ISABELA. A força da 2ª onda de covid na Europa. E o efeito no Brasil. NEXO JORNAL. 1 nov 2020. ACESSO EM: 19 nov 2020. DISPONÍVEL EM: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/11/01/A-for%C3%A7a-da-2%C2%AA-onda-de-covid-na-Europa.-E-o-efeito-no-Brasil

Núcleo de Estudos e Negócios Europeus
O Núcleo de Estudos e Negócios Europeus (NENE) está ligado ao Centro Brasileiro de Estudos de Negócios Internacionais & Diplomacia Corporativa (CBENI) da ESPM-SP. Foi criado considerando a necessidade de estimular a comunidade acadêmica brasileira e latino-americana a compreender melhor suas relações com os europeus, buscando compreender e aprofundar a Parceria Estratégica Brasil – União Europeia.