ISSN 2674-8053

Posicionamento da França sobre a guerra na Ucrânia

Artigo elaborado por Giovanna Varonez e Giovana Migliari

Desde fevereiro de 2022, mês em que a Rússia invadiu a Ucrânia, os países, principalmente europeus, vêm se posicionando em relação ao ocorrido, e como pretendem dar os próximos passos da política externa. A França, desde o início, se posicionou a favor da Ucrânia no conflito, apoiando o país com assistência orçamentária e equipamentos de defesa.

Recentemente, o secretário de defesa americano, Lloyd Austin, declarou “ver a Rússia enfraquecida a ponto de não conseguir fazer as coisas que ela fez ao invadir a Ucrânia” durante sua viagem a Kiev. Todavia, o presidente reeleito da França, Emmanuel Macron, tentou distanciar-se da ideia de enfraquecimento da Rússia, e afirmou na Conferência sobre o futuro da Europa: “Nunca ceda à tentação ou humilhação ou ao espírito de vingança”. Para Macron, o objetivo continua sendo restabelecer as fronteiras históricas da Ucrânia, ou, se não for possível, restituir as fronteiras antes da invasão russa em 24 de fevereiro.

Apesar de se posicionar a favor da França, Macron afirmou que não pretende entrar em guerra com a Rússia, além da guerra contra a Ucrânia ter causado uma “ruptura” na Europa. Acrescentou também que considera importante manter contato tanto com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, e Vladimir Putin, da Rússia. O líder francês disse que manteve contato diversas vezes com Putin para tentar evitar a ampliação do conflito e deixar de lado as armas, dando um fim à violência.

Segundo ele, a França não está contra a Rússia e nem contra a Ucrânia, até porque a Rússia foi uma grande aliada na Segunda Guerra Mundial para salvar a Europa, e não tem porque existir uma rivalidade. E hoje, o país está lado a lado com russos que não acreditam nessa guerra e querem pleitear pela paz, apoiando as centenas de milhares de refugiados.

Em virtude dos fatos mencionados, pode-se afirmar que a França coordena energeticamente a guerra da Ucrânia, visto que, como foi mencionado acima, sua determinação sempre foi deter conflitos permanecer em paz, até porque uma guerra como essa reflete em todos os outros países europeus.

REFERÊNCIAS

BORGES, S. Macron diz que França vai fornecer equipamentos de defesa à Ucrânia. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2022/02/25/macron-diz-que-franca-vai-fornecer-equipamentos-de-defesa-a-ucrania.htm>. Acesso em: 25 maio. 2022.

BOUVIER, S. Presidente francês diz que guerra na Ucrânia “não vai parar nos próximos dias”. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/presidente-frances-diz-que-guerra-na-ucrania-nao-vai-parar-nos-proximos-dias/>. Acesso em: 10 maio. 2022.

QIBLAWI, T.; HODGE, N.; KOTTASOVÁ, I. Por que Donbas está no centro da crise na Ucrânia. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/por-que-donbas-esta-no-centro-da-crise-na-ucrania/>. Acesso em: 10 maio. 2022.

SERVICE. Emmanuel Macron : l’Ukraine est “membre de cœur de notre Europe”, mais pas de l’UE avant “des décennies”. Disponível em: <https://www.lemonde.fr/international/video/2022/05/09/emmanuel-macron-l-ukraine-est-membre-de-c-ur-de-notre-europe-mais-pas-de-l-ue-avant-des-decennies_6125367_3210.html>. Acesso em: 10 maio. 2022.

WIEDER, T.; RICARD, P. Sur la guerre en Ukraine, la France et l’Allemagne marquent leurs différences avec les Etats-Unis. Disponível em: <https://www.lemonde.fr/international/article/2022/05/10/guerre-en-ukraine-paris-et-berlin-marquent-leurs-differences-avec-washington_6125470_3210.html>. Acesso em: 10 maio. 2022.

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