Notice: Trying to access array offset on value of type null in /home/ulhoacin/www.mapamundi.org.br/wp-content/plugins/transposh-translation-filter-for-wordpress/wp/transposh_db.php on line 322

Notice: Trying to access array offset on value of type null in /home/ulhoacin/www.mapamundi.org.br/wp-content/plugins/transposh-translation-filter-for-wordpress/wp/transposh_db.php on line 322

Notice: Undefined index: in /home/ulhoacin/www.mapamundi.org.br/wp-content/plugins/sexy-author-bio/public/class-sexy-author-bio.php on line 879

Notice: Undefined index: in /home/ulhoacin/www.mapamundi.org.br/wp-content/plugins/sexy-author-bio/public/class-sexy-author-bio.php on line 880

Notice: Undefined index: in /home/ulhoacin/www.mapamundi.org.br/wp-content/plugins/sexy-author-bio/public/class-sexy-author-bio.php on line 881

Notice: Undefined index: in /home/ulhoacin/www.mapamundi.org.br/wp-content/plugins/sexy-author-bio/public/class-sexy-author-bio.php on line 882
ISSN 2674-8053 | Receba as atualizações dos artigos no Telegram: https://t.me/mapamundiorg

Global South num mundo em mutação e fragmentação


Notice: Undefined variable: showjobtitle in /home/ulhoacin/www.mapamundi.org.br/wp-content/plugins/sexy-author-bio/public/class-sexy-author-bio.php on line 662

Notice: Undefined variable: showseparator in /home/ulhoacin/www.mapamundi.org.br/wp-content/plugins/sexy-author-bio/public/class-sexy-author-bio.php on line 664

Notice: Undefined variable: showseparator in /home/ulhoacin/www.mapamundi.org.br/wp-content/plugins/sexy-author-bio/public/class-sexy-author-bio.php on line 667

Notice: Undefined variable: showcompany in /home/ulhoacin/www.mapamundi.org.br/wp-content/plugins/sexy-author-bio/public/class-sexy-author-bio.php on line 667

Notice: Undefined variable: titleline in /home/ulhoacin/www.mapamundi.org.br/wp-content/plugins/sexy-author-bio/public/class-sexy-author-bio.php on line 751

A crescente fragmentação da ordem internacional contemporânea tem imposto desafios e oportunidades ao Global South, termo utilizado para designar um conjunto heterogêneo de países em desenvolvimento situados majoritariamente na América Latina, África e Ásia. A ascensão de novas potências, o enfraquecimento das instituições multilaterais e a intensificação de disputas geopolíticas entre potências tradicionais e emergentes impactam diretamente esses países, que buscam reposicionar-se em um sistema internacional cada vez mais multipolar e complexo.

As transformações em curso estão relacionadas à crise da globalização liberal, ao ressurgimento de políticas protecionistas e ao aumento da rivalidade entre Estados Unidos e China, fatores que geram novas dinâmicas de poder e obrigações estratégicas para os países do Sul Global. Nesse contexto, observa-se um crescente interesse pela busca de autonomia estratégica, manifestação de uma política externa mais pragmática e a consolidação de iniciativas regionais como a União Africana, a ASEAN e a CELAC, que visam fortalecer a cooperação Sul-Sul e ampliar a capacidade de barganha desses atores.

Contudo, o conceito de Global South não é homogêneo, abrigando países com interesses distintos e diferentes graus de inserção na economia global. O Brasil, por exemplo, tem buscado equilibrar suas relações com potências ocidentais e emergentes, enquanto a Índia adota uma estratégia mais assertiva em foros multilaterais, ao passo que nações africanas priorizam a agenda de desenvolvimento e industrialização. Esse mosaico de estratégias reflete a diversidade de desafios enfrentados por esses países, como a dependência de commodities, a vulnerabilidade a choques externos e a necessidade de maior inserção nas cadeias globais de valor.

A multipolaridade emergente também cria espaço para que o Global South amplie suas margens de manobra em questões como segurança alimentar, mudanças climáticas e financiamento ao desenvolvimento. O reposicionamento de potências como China e Rússia no continente africano e na América Latina evidencia a busca por novos alinhamentos, criando um ambiente propício para a negociação de parcerias mais vantajosas e para a redução da dependência de organismos financeiros tradicionais, como o FMI e o Banco Mundial.

Diante desse cenário de mutação e fragmentação, o Global South enfrenta o desafio de se afirmar como um polo relevante na configuração da nova ordem global. A capacidade de articulação interna, o fortalecimento de agendas comuns e a busca por um modelo de desenvolvimento mais autônomo são fatores determinantes para que esses países possam exercer um papel mais ativo e influente na esfera internacional.

Rodrigo Cintra
Pós-Doutor em Competitividade Territorial e Indústrias Criativas, pelo Dinâmia – Centro de Estudos da Mudança Socioeconómica, do Instituto Superior de Ciencias do Trabalho e da Empresa (ISCTE, Lisboa, Portugal). Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2007). É Diretor Executivo do Mapa Mundi. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X

Deixe um comentário