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Os BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, enfrentam desafios e oportunidades em um cenário global marcado pela recente expansão do grupo e pela possível volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. A ampliação do bloco, que incorporou novos membros como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Irã, reflete um movimento estratégico para aumentar sua representatividade global e reduzir a dependência das instituições ocidentais. No entanto, essa expansão também introduz complexidades, considerando as divergências geopolíticas entre os novos e antigos membros, além das diferenças em interesses econômicos e políticos.
Uma eventual presidência de Trump pode gerar impactos significativos na coesão e nas estratégias dos BRICS, uma vez que sua abordagem unilateral e protecionista tende a intensificar tensões comerciais e políticas com a China, principal potência do bloco. Além disso, Trump já manifestou desconfiança em relação a instituições multilaterais, o que pode gerar uma reconfiguração no equilíbrio de poder global e, consequentemente, nas relações entre os BRICS e o Ocidente. Nesse contexto, a Rússia, sob o peso das sanções ocidentais decorrentes da guerra na Ucrânia, busca no bloco uma plataforma para contornar as restrições econômicas e fortalecer parcerias alternativas, enquanto Índia e Brasil adotam posturas pragmáticas que oscilam entre o alinhamento com os Estados Unidos e a cooperação Sul-Sul.
A política externa de Trump, caso reflita seu primeiro mandato, pode fortalecer a narrativa dos BRICS como alternativa à hegemonia ocidental, impulsionando iniciativas como a desdolarização do comércio internacional e a ampliação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). No entanto, há riscos de fragmentação interna no bloco, uma vez que a abordagem assertiva dos EUA pode levar alguns países, como Índia e Brasil, a buscar um equilíbrio mais próximo de Washington para proteger seus interesses econômicos e estratégicos. A China, por sua vez, deve continuar a utilizar os BRICS como plataforma para projetar sua influência global, promovendo uma ordem multipolar que desafia a predominância ocidental.
A evolução do bloco nesse novo contexto dependerá da capacidade dos BRICS de conciliar suas diferenças internas e de articular uma visão comum que não apenas reforce sua influência global, mas também ofereça alternativas concretas aos países emergentes e em desenvolvimento.