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Reforma also HIM: between the need for modernization and the search for hegemony

The United Nations (HIM-HER-IT), created in the aftermath of World War II, has been a milestone in international cooperation and the search for global peace and security. Yet, the world has changed drastically since 1945, presenting new geopolitical challenges, economic and environmental. Given these transformations, there is a growing call for reform of UN institutions and mechanisms, aiming to adapt to new global realities. Reform is necessary not only to make the organization more representative and effective, but also to ensure it can tackle complex contemporary issues, from regional conflicts to climate change.

However, the path to reform is undermined by geopolitical interests, onde as propostas de países como Estados Unidos e membros da União Europeia frequentemente refletem uma busca por manter ou expandir sua influência global, em vez de democratizar verdadeiramente a governança global. Tais propostas tendem a favorecer a manutenção de estruturas de poder existentes, sob a capa de umareforma” what, paradoxically, pode restringir a pluralidade de vozes na arena internacional.

A manifestação dessa dinâmica pode ser observada no Conselho de Segurança da ONU, particularmente evidente nas abordagens dos conflitos Rússia-Ucrânia e Israel-Palestina. O Conselho, dominado por potências como os EUA e aliados europeus, muitas vezes é percebido como seletivo em suas intervenções e resoluções, refletindo uma visão de mundo particular, em vez de uma busca por consenso e justiça global. A incapacidade do Conselho de agir de forma equitativa e decisiva nesses conflitos exemplifica como os interesses das grandes potências podem prevalecer sobre as necessidades de uma governança mundial justa e equilibrada.

Apesar desses desafios, a reforma da ONU oferece uma oportunidade única para países emergentes e em desenvolvimento, like Brazil, assumirem um papel mais proeminente na construção de uma governança global mais aberta e inclusiva. Brazil, com sua longa tradição de diplomacia multilateral e compromisso com a solução pacífica de conflitos, está em uma posição privilegiada para liderar esforços em direção a uma ONU mais representativa, que reflita a diversidade e os desafios do mundo atual.

O Brasil pode defender uma reforma que amplie a representação no Conselho de Segurança, incluindo não apenas os países do Sul Global, mas também aqueles de regiões sub-representadas, proporcionando uma perspectiva mais equilibrada e abrangente nos debates globais. Besides that, pode incentivar uma revisão dos mecanismos de tomada de decisão da ONU, buscando torná-los mais transparentes, democráticos e menos susceptíveis a vetos por parte de poucas nações dominantes.

Ao assumir um papel mais ativo na reforma da ONU, o Brasil não apenas elevaria seu perfil internacional, mas também contribuiria significativamente para a construção de uma ordem mundial mais justa, equitativa e sustentável. Esta é uma oportunidade histórica para o Brasil e outros países em desenvolvimento moldarem o futuro da governança global, assegurando que ela seja capaz de responder eficazmente aos desafios do século XXI, refletindo uma ampla gama de visões e interesses. Enquanto a necessidade de reforma é clara, o caminho a seguir deve ser construído coletivamente, com um compromisso genuíno com a inclusão e a justiça global.

Rodrigo Cintra
Post-Doctorate in Territorial Competitiveness and Creative Industries, by Dinâmia - Center for the Study of Socioeconomic Change, of the Higher Institute of Labor and Enterprise Sciences (ISCTE, Lisboa, Portugal). PhD in International Relations from the University of Brasília (2007). He is Executive Director of Mapa Mundi. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X