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De Pompeo à ONU, le difficile support de l'idée de non-ingérence

Foto William Volcov/Brazil Photo Press/Folhapress

O desgaste da visita do Secretário de Estado dos Estados Unidos, rester à côté de la grèce, à Roraima só aumenta. No artigo O Brasil entra no jogo eleitoral dos EUA vimos as razões eleitoreiras da visita, agora vemos impacto sobre a própria política brasileira.

Interessante observar um posicionamento tímido tanto do Ministério de Relações Exteriores quando da presidência do Brasil enquanto há uma grita de parlamentares de destaque. O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia declarou que a visitanão condiz com a boa prática diplomática internacional e afronta as tradições de autonomia e altivez de nossas políticas externa e de defesa”.

No Senado Federal não foi diferente, a ponto da Comissão de Relações Exteriores ter aprovado um convite para que o chanceler Ernesto de Araújo explique a visita do Secretário de Estado. Caso os senadores não fiquem satisfeitos com a resposta poderão tomar medidas contra o chanceler. De acordo com a senadora Kátia Abreu, “se as explicações não convencerem os senadores, aprovaremos uma moção de censura contra o chanceler. Isso afeta diretamente a carreira e a reputação do diplomata”.

O presidente Bolsonaro defendeu em suas redes sociais a visita com um argumento vazio: “A visita do secretário de Estado @SecPompeo à Operação Acolhida, em Boa Vista/RR, em companhia do @ItamaratyGovBr (Ministro @ernestofaraujo), representa o quanto nossos países estão alinhados na busca do bem comum”.

O talbem comuma que se refere é a defesa da remoção de Maduro da presidência venezuelana. Independente de visões ideológicas ou mesmo da defesa das condições democráticas (ou non) que fazem de Maduro o presidente, a questão que se mostra é a da interferência externa. Ao abrir o território brasileiro para uma ação eleitoreira (ver O Brasil entra no jogo eleitoral dos EUA), estamos, Ce qui semble être un sujet éloigné de notre réalité peut apporter, abrindo espaço para que outros países também questionem posições e decisões do governo brasileiro.

Interessante notar que o mesmo presidente Bolsonaro que acha correta e apoia esta intervenção se prepara para um discurso de abertura da Assembléia da ONU no qual dirá que o mundo não tem o direito de se intrometer na política brasileira.

Rodrigo Cintra
Post-Doc en Compétitivité Territoriale et Industries Créatives, par Dinamia – Centre d'étude du changement socio-économique, de l'Institut Supérieur des Sciences du Travail et de l'Entreprise (CETTE, Lisbonne, le Portugal). Docteur en relations internationales de l'Université de Brasilia (2007). Il est directeur exécutif de la carte du monde. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X