ISSN 2674-8053

External influences and the sovereignty of Latin America

To Latin America, region of vast cultural and political diversity, often finds itself in the vortex of geopolitical influences, mainly from China and the United States. This article explores how these powers have shaped, often controversially, the political and economic paradigms in the region, limiting, like this, the development of regional governance models that are authentic and alternative to the established global order.

American influence in Latin America has deep historical roots, dating back to the Monroe Doctrine and the Big Stick policy. Traditionally, This influence manifested itself through direct interventions, support for authoritarian regimes or predatory economic policies under the aegis of the so-called Washington Consensus. Argumenta-se que tais políticas não apenas perpetuaram estados de dependência econômica, mas também coartaram o desenvolvimento de sistemas políticos mais independentes e adaptados às realidades locais.

On the other hand, a presença chinesa na região, embora mais recente, tem se intensificado rapidamente, apresentando-se como uma alternativa ao tradicional domínio dos EUA. Investimentos em infraestrutura, mineração e energia, sob a égide da Nova Rota da Seda, trazem consigo promessas de desenvolvimento e cooperação. However, há preocupações de que tais investimentos venham atrelados a condições que promovem a dependência econômica e limitam a soberania política. A oferta de modelos de governança autoritários, por vezes, é vista como uma ameaça à democracia e aos direitos humanos na região.

O debate se estende sobre como as nações latino-americanas podem navegar entre essas influências sem comprometer sua autonomia. Alguns argumentam que a região deve buscar uma terceira via, desenvolvendo e fortalecendo mecanismos regionais de cooperação, como a CELAC (Community of Latin American and Caribbean States), que possam servir como contrapesos às influências externas e promover soluções adaptadas às suas necessidades e realidades.

Outros apontam para a necessidade de reformas internas que fortaleçam as instituições democráticas e promovam o desenvolvimento econômico sustentável, reduzindo, like this, a vulnerabilidade à influência externa. A adoção de políticas que promovam a educação, a inovação e a diversificação econômica pode ser chave para uma maior independência política e econômica.

Yet, a complexidade das relações internacionais na atualidade exige que os países latino-americanos exerçam diplomacia cuidadosa e estratégica. Isto implica em manter relações equilibradas com ambas as potências, enquanto se busca fortalecer laços regionais e desenvolver uma agenda própria que priorize os interesses e o bem-estar de suas populações.

A influência de potências como China e Estados Unidos na América Latina é inegável e traz consigo desafios e oportunidades. É fundamental que os países da região trabalhem juntos para desenvolver estratégias que maximizem essas oportunidades, ao mesmo tempo em que protegem sua soberania e promovem modelos de governança que reflitam suas próprias tradições e valores. A verdadeira independência está na capacidade de escolher o próprio caminho, não em oscilar entre influências externas.

Para uma América Latina mais autônoma e próspera, é essencial que os líderes regionais promovam um diálogo constante, compartilhem melhores práticas e construam uma visão de futuro que seja inclusiva, sustentável e, acima de tudo, genuinamente própria. Este é o caminho para uma região mais coesa, resiliente e influente no cenário global.

Rodrigo Cintra
Post-Doctorate in Territorial Competitiveness and Creative Industries, by Dinâmia - Center for the Study of Socioeconomic Change, of the Higher Institute of Labor and Enterprise Sciences (ISCTE, Lisboa, Portugal). PhD in International Relations from the University of Brasília (2007). He is Executive Director of Mapa Mundi. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X

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