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La necesidad de integrar a Brasil en las agendas regionales: el caso de la CELAC

En 1983 Colombia, México, Panamá y Venezuela crean foro para mediar conflictos armados en Centroamérica. En ese momento, se hizo evidente la necesidad de que crearan espacios de diálogo directo., sin la intermediación de otros países, si realmente quisieran superar los conflictos. Se hizo conocido como el Grupo Contadora. (nombre de la isla de Panamá donde tuvo lugar la reunión).

En 1985 Argentina, Brasil, Perú y Uruguay se sumaron al grupo y, creó el Mecanismo Permanente de Consulta y Coordinación Política en América Latina y el Caribe, también conocido como Grupo Río. El Grupo de Río no es una organización internacional per se, en la medida en que no cuente con una secretaría responsable de la implementación y seguimiento de las propuestas. No entanto é um importante espaço para a concertação diplomática, especialmente em momentos de crises.

En 2010, durante a Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe, foi criada a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Trata-se de um bloco regional composto por 33 países da região e que tem uma relação direta com os esforços anteriores, o sea, é mais um importante espaço para a concertação diplomática (e política) sem que haja a interferência de outros países.

Além de temáticas técnicas (como educação, energía, infraestrutura e transporte), é um importante espaço para o encaminhamento de questões políticas, tanto de âmbito regional como mundial. Já foram emitidos pronunciamentos sobre temas globais como desarmamento nuclear e mudança do clima e temas regionais como a questão das Ilhas Malvinas ou o bloqueio comercial a Cuba.

Além de ser um espaço privilegiado para a construção de agendas a partir dos interesses da região, o CELAC também mantem constante diálogo com outros blocos e representações internacionais. O que se percebe é que há uma evolução ao longo destas décadas nos fóruns de diálogo entre os países da região, tanto em termos de quantidade de países participantes, quanto de amplitude das agendas encaminhadas.

en enero de 2020 o Brasil suspendeu sua participação na CELAC. Em nota, o Ministério de Relações Exteriores informou que “não considera estarem dadas as condições para a atuação da Celac no atual contexto de crise regional”. Informalmente o desconforto do governo se dava em relação a participação de Cuba e Venezuela no grupo.

Dada a relevância do Brasil para a região, seu afastamento deste grupo enfraquece seu papel de construtor e moldador das agendas internacionais da região. Ao mesmo tempo em que a CELAC perde, o Brasil também perde, só que ainda mais. Se o Brasil realmente quer se afirmar como líder regional é preciso entender que (1) as ideologias de governo não devem ser o principal quesito para selecionamentos com quem queremos interagir internacionalmente e (2) o poder brasileiro não é suficiente para afirmar o país como uma potência regional sem que sejam utilizados os fóruns adequados para encaminhamentos de projetos de colaboração.

Apenas para ficarmos num exemplo de como isso é importante, é possível pegar a agenda dos pagamentos intra-Estados. Normalmente são usadas algumas moedas para fazer as mediações das transações comerciais internacionais (geralmente o dólar e o euro). Essa forma de transacionar leva à dependência das condições que marcam essas moedas, o que acaba por afetar a própria capacidade comercial. No Mercosul, por ejemplo, foi desenvolvido um mecanismo para que os pagamentos internacionais entre os países do bloco sejam feitos com moedas locais. O mesmo poderia ser feito num âmbito ampliado, envolvendo outros países da América do Sul e do Caribe. Otra región que puede tener una mayor respuesta a los pocos recursos económicos que podremos proyectar internacionalmente es América Latina., é preciso que a CELAC, ou qualquer outra organização do mesmo gênero, seja empoderada.

Así, mais do que posicionamentos ideológicos, precisamos de posicionamentos reais que ajudem o Brasil a desenvolver um papel mais significativo na construção da agenda regional.

Rodrigo Cintra
Postdoctorado en Competitividad Territorial e Industrias Creativas, por Dinamia - Centro de Estudios del Cambio Socioeconómico, del Instituto Superior de Ciencias Laborales y Empresariales (ESTA, Lisboa, Portugal). Doctor en Relaciones Internacionales de la Universidad de Brasilia (2007). Es Director Ejecutivo del Mapa Mundial.. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X