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Chile

Caminhos para a Venezuela: cenários e a posição dos países diante da crise eleitoral
Américas, Ásia, Brasil, Chile, China, Estados Unidos, Europa, Índia, México, Organizações Internacionais, Rússia, União Europeia, Venezuela

Caminhos para a Venezuela: cenários e a posição dos países diante da crise eleitoral

As eleições na Venezuela têm sido objeto de grande controvérsia internacional, com países adotando posições divergentes baseadas em seus interesses geopolíticos e visões ideológicas. Os Estados Unidos mantêm uma postura intransigente contra o governo de Nicolás Maduro, denunciando as eleições como fraudulentas e impondo sanções econômicas pesadas. Washington apoia Juan Guaidó como presidente interino, com o objetivo de pressionar por uma transição democrática. A Rússia, por outro lado, sustenta Maduro, argumentando que a interferência externa viola a soberania venezuelana e representa uma ameaça à estabilidade global. A China, interessada em proteger seus investimentos em infraestrutura e petróleo na Venezuela, apoia Maduro e se opõe a qualquer intervenção estrangeira, defendendo o prin...
A ascensão chinesa na América Latina: tensões e oportunidades
Américas, Argentina, Ásia, Brasil, Chile, China, Estados Unidos

A ascensão chinesa na América Latina: tensões e oportunidades

A presença crescente da China na América Latina tem sido uma das dinâmicas geopolíticas mais intrigantes das últimas décadas. Este aumento de influência, marcado por investimentos significativos em infraestrutura, comércio e cooperação política, não apenas redefine as relações econômicas na região, mas também provoca reações variadas de outras potências globais, particularmente os Estados Unidos e a União Europeia. Investimentos e Influência A China tem direcionado consideráveis recursos financeiros para a América Latina, focando em setores críticos como energia, mineração, construção e tecnologia. Por exemplo, em países como Brasil e Peru, empresas chinesas têm investido bilhões em projetos de mineração e infraestrutura. Esses investimentos muitas vezes vêm acompanhados de condições...
Por uma integração sul americana
Américas, Argentina, Brasil, Chile, OEA, Paraguai, Uruguai

Por uma integração sul americana

Os líderes dos países sul-americanos estiveram em Brasília para uma reunião convocada pelo governo brasileiro. A cooperação e a integração regionais foram os assuntos discutidos. O documento divulgado após o encontro, de nove parágrafos, anuncia apenas uma decisão: a de estabelecer um grupo de contato, liderado pelos chanceleres, para avaliação das experiências dos mecanismos sul-americanos de integração e a elaboração de um “mapa do caminho” para a integração da América do Sul. A necessidade de integração sul-americana está muito longe de ser uma questão nova. Aliás, o próprio nome dessa porção da Terra, “América do Sul”, já advém de uma tentativa de superar conceitos impostos de fora para dentro da região, como os norte-americanos “Hemisfério Ocidental”, ou “pan-americanismo”, inspira...
A necessidade de integração do Brasil nas agendas regionais: o caso da CELAC
Américas, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela

A necessidade de integração do Brasil nas agendas regionais: o caso da CELAC

Em 1983 Colômbia, México, Panamá e Venezuela criaram um fórum para mediar conflitos armados na América Central. Na época ficou clara a necessidade de eles criarem fóruns de diálogo direto, sem a intermediação de outros países, caso realmente quisessem superar os conflitos. Ficou conhecido como o Grupo de Contadora (nome da ilha do Panamá no qual ocorreu o encontro). Em 1985 Argentina, Brasil, Peru e Uruguai se juntaram ao grupo e, criaram o Mecanismo Permanente de Consulta e Concertação Política da América Latina e do Caribe, também conhecido como Grupo do Rio. O Grupo do Rio não é um organismo internacional propriamente dito, na medida em que não tem um secretariado responsável pela implementação e acompanhamento das propostas. No entanto é um importante espaço para a concertação diplo...
A ideologização da política externa brasileira: por que precisamos nos relacionar com todos?
Américas, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Peru

A ideologização da política externa brasileira: por que precisamos nos relacionar com todos?

Foto: MARTIN BERNETTI/AFP/GETTY IMAGES / BBC News Brasil O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não comparecerá à posse do presidente eleito no Chile, Gabriel Boric. A cerimônia de posse está agendada para o dia 11/03 e facilmente permitiria a ida de Bolsonaro, prestigiando o governo chileno. A razão dessa recusa está na posição política do Boric, que é de esquerda. Não é a primeira vez que Bolsonaro se recusa a ir a uma posse presidencial de um país latino-americano. Em 2019 Bolsonaro não foi à posse do argentino Alberto Fernández (note-se que nos 17 anos anteriores os presidentes brasileiros foram à cerimônia de posse, dada a importância do país para as relações internacionais brasileiras). Em 2020 Bolsonaro também não foi à posse do boliviano Luis Arce, sequer enviando um represe...
A não-intervenção externa em eleições e o Brasil
Américas, Brasil, Chile

A não-intervenção externa em eleições e o Brasil

Presidente eleito do Chile, Gabriel Boric No último domingo (19/12/2021) o novo presidente chileno foi eleito. Depois de uma disputa acirrada entre um representante da esquerda e outro da direita, o vitorioso foi Gabriel Boric, deputado da esquerda e ex-líder estudantil. As eleições foram marcadas por problemas como a dificuldade de transporte público para as pessoas votarem, levando prefeituras a disponibilizarem carros oficiais para que as pessoas pudessem votar. Acusações de lado a lado sobre a responsabilidade e os impactos sobre o resultado eleitoral foram disparadas. No entanto, o resultado foi aceito por todos. Esse caso é apenas mais um exemplo das diferenças entre os processos democráticos encontrados mundo a fora. Não são apenas as regras do jogo válidas em cada país, també...
E la nave va (III) – Xi Jinping e a II Cúpula da Nova Rota da Seda
Ásia, Áustria, Chile, China, Egito, Grécia, Hungria, Itália, Myanmar, Peru, Portugal, Rússia

E la nave va (III) – Xi Jinping e a II Cúpula da Nova Rota da Seda

Encerrou-se ontem, em Pequim, a II Reunião de Cúpula da “Belt and Road Initiative” – a “Nova Rota da Seda” – o projeto mais ambicioso deste século, segundo muitos analistas, para o realinhamento da geoecomia/geopolítica do planeta. Conforme se recorda, lançado em 2013, por Xi Jiping, o seu objetivo é criar um cinturão econômico, tecnológico e cultural unindo a Ásia à Europa e à África, ampliando assim o traçado e o escopo da Rota da Seda original, que desenhada pelos chineses durante a dinastia Han (séc. II a.C/ II d.C), foi o grande corredor pelo qual as mercadorias do Oriente chegavam até a Europa. Esta rota, que perdurou até a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453, foi, como sabemos, o maior elo comercial e civilizacional da História. A primeira reunião de cúpula da “Road ...