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Mês: Janeiro 2022

Rússia, a Ucrânia, os Estados Unidos, a China, a Europa e a Otan
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Europa, Organizações Internacionais, OTAN, Rússia, Ucrânia

Rússia, a Ucrânia, os Estados Unidos, a China, a Europa e a Otan

Metendo o bedelho...Nunca pus os pés na Rússia, mas servi em Astana - hoje, Nursultan -, no Cazaquistão, e arrisco esboçar a minha percepção a partir da ótica de um país vizinho.  Para mim, o quadro geopolítico que define a relação entre a Rússia e a Ucrânia se aplica a todo o universo “ex-soviético”, como é o caso do Cazaquistão. São ambos ex-repúblicas da URSS, vizinhos contíguos da Rússia e ex-seguidores da mesma cartilha ideológico/político/econômico marxista que predominou em toda a região até 1991, quando a União Soviética se dissolveu. A experiência independente destes países tem, portanto, apenas 31 anos, ou seja, são Estados “jovens” que anteriormente, como “satélites”, serviam sobretudo como celeiro, no caso do Uzbequistão, e terreno de testes nucleares, como no do Cazaqu...
As tensões na Ucrânia
Europa, Rússia, Ucrânia

As tensões na Ucrânia

Desde novembro do ano passado, o mundo tem assistido ao acirramento das tensões entre a Rússia, a Ucrânia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em razão da concentração de 100 mil soldados russos, com meios blindados, artilharia e helicópteros, nas proximidades da fronteira com a Ucrânia. Dados de inteligência ucraniana e da própria aliança atlântica alertaram que os russos estariam planejando uma invasão, que poderia acontecer a partir de fevereiro deste ano. A Rússia nega a intenção de desencadear a ofensiva militar.  O emprego de forças militares de vulto, em um ataque a um país europeu soberano, mudaria o cenário de segurança da Europa de uma forma ainda não vista desde a Segunda Guerra Mundial, com consequências graves para a própria Europa e para todo o mundo....
A ideologização da política externa brasileira: por que precisamos nos relacionar com todos?
Américas, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Peru

A ideologização da política externa brasileira: por que precisamos nos relacionar com todos?

Foto: MARTIN BERNETTI/AFP/GETTY IMAGES / BBC News Brasil O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não comparecerá à posse do presidente eleito no Chile, Gabriel Boric. A cerimônia de posse está agendada para o dia 11/03 e facilmente permitiria a ida de Bolsonaro, prestigiando o governo chileno. A razão dessa recusa está na posição política do Boric, que é de esquerda. Não é a primeira vez que Bolsonaro se recusa a ir a uma posse presidencial de um país latino-americano. Em 2019 Bolsonaro não foi à posse do argentino Alberto Fernández (note-se que nos 17 anos anteriores os presidentes brasileiros foram à cerimônia de posse, dada a importância do país para as relações internacionais brasileiras). Em 2020 Bolsonaro também não foi à posse do boliviano Luis Arce, sequer enviando um represe...
A hora e a vez do Cazaquistão?
Cazaquistão, Europa, Rússia

A hora e a vez do Cazaquistão?

A Rússia enviou ontem, 06/01, tropas ao Cazaquistão para conter a crescente violência que tomou conta da população que se insurge contra o aumento do preço dos combustíveis. Esta é a primeira vez que manifestações deste tipo ocorrem no país. Os confrontos com as forças policiais já deixaram dezenas de mortos. Moscou atendeu ao pedido do Presidente Kassym-Jomart Tokayev, que até a “renúncia” do ex-presidente Nursultan Nazarbayev, em 2019, ocupava o cargo de Primeiro-Ministro do país. Nazarbayev presidiu o Cazaquistão por quase três décadas, a partir de 1990, quando a dissolução da União Soviética criou um vácuo de poder em todas as suas ex-repúblicas – Cazaquistão, Turcomenistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão – e o desafio para a nova liderança, composta então por membros do KGB...