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Autor: Rodrigo Cintra

Pós-Doutor em Competitividade Territorial e Indústrias Criativas, pelo Dinâmia – Centro de Estudos da Mudança Socioeconómica, do Instituto Superior de Ciencias do Trabalho e da Empresa (ISCTE, Lisboa, Portugal). Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2007). É Diretor Executivo do Mapa Mundi. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X
Supremacia monetária: o controle dos EUA e Europa sobre o sistema financeiro global
Américas, Cuba, Estados Unidos, Europa, Irã, Organizações Internacionais, Oriente Médio, Rússia, União Europeia, Venezuela

Supremacia monetária: o controle dos EUA e Europa sobre o sistema financeiro global

A dominância do sistema monetário e financeiro internacional pelos Estados Unidos e pela Europa constitui uma das mais significativas manifestações de poder no cenário mundial contemporâneo. Este artigo explora como essa hegemonia conjunta tem sido empregada como uma arma econômica contra países que desafiam os interesses ocidentais, ilustrando os impactos dessa dinâmica através de exemplos concretos como Cuba, Rússia, Irã e Venezuela. Em Cuba, a prolongada imposição de sanções pelos EUA, com apoio tácito de aliados europeus, sublinha a capacidade do Ocidente de isolar economicamente um país. O embargo, reforçado por medidas financeiras internacionais, não apenas restringe severamente a economia cubana, mas também sua habilidade de operar dentro do sistema financeiro global, evidenciand...
Mercenários na Ucrânia: as sombras da guerra e a ambiguidade da lei
Europa, Ucrânia

Mercenários na Ucrânia: as sombras da guerra e a ambiguidade da lei

A guerra na Ucrânia tem revelado aspectos sombrios da natureza humana e das relações internacionais, trazendo à tona a figura dos mercenários, combatentes que lutam longe de suas pátrias, motivados por uma gama complexa de razões. Entre esses, destacam-se os veteranos colombianos, cuja presença no conflito ucraniano foi detalhadamente reportada pelo Estado de São Paulo em dezembro de 2023, no artigo "Veteranos colombianos fazem bico como mercenários na Ucrânia". Essa situação lança luz sobre a complexa teia de motivações que levam indivíduos a se envolverem em guerras estrangeiras e, crucialmente, destaca a problemática ambiguidade das leis de guerra internacionais, em particular a Convenção de Genebra. A Convenção de Genebra, concebida para estabelecer padrões éticos e legais na conduç...
Segurança da informação e a nova geopolítica do ciberespaço: desafios e oportunidades para o Brasil
Américas, Brasil, Organizações Internacionais, Sul Global

Segurança da informação e a nova geopolítica do ciberespaço: desafios e oportunidades para o Brasil

No cenário global contemporâneo, o ciberespaço emergiu como um domínio de importância crítica, moldando não apenas relações interpessoais mas, crucialmente, as interações geopolíticas e geoeconômicas. A segurança da informação, uma vez relegada aos bastidores técnicos, hoje ocupa o centro do palco nas discussões sobre soberania nacional, desenvolvimento econômico e diplomacia. A necessidade de uma governança global para o ciberespaço é, portanto, um imperativo que não pode mais ser ignorado, sobretudo pelo Brasil, um ator crescente no tabuleiro internacional. A transformação digital global não conhece fronteiras; os dados cruzam continentes em milissegundos. Neste contexto, incidentes de segurança cibernética têm potencial para causar disrupções em larga escala, afetando desde infraestr...
Descarbonização e diplomacia: o dilema do acordo Mercosul-União Europeia
Mercosul, Organizações Internacionais, União Europeia

Descarbonização e diplomacia: o dilema do acordo Mercosul-União Europeia

O complexo tabuleiro das negociações internacionais ganha mais uma camada de desafio ao entrelaçar a urgência da descarbonização global com as ambições econômicas. Neste cenário, o acordo entre Mercosul e União Europeia emerge como um palco de tensões entre sustentabilidade e crescimento econômico, destacando uma dissonância entre o discurso ambiental e as práticas comerciais. Um elemento-chave nessa equação é a postura da França, liderada pelo Presidente Emmanuel Macron, que recentemente afirmou em uma entrevista ao jornal francês Le Monde, "Não imporemos ao nosso país mais esforços do que já estamos comprometidos", ressaltando a resistência em adicionar novas barreiras ao acordo, sobretudo relacionadas a padrões ambientais mais rigorosos. Esta declaração reflete um ponto crítico nas n...
Cooperação militar com a Ucrânia: uma jogada arriscada?
Alemanha, Américas, Estados Unidos, Europa, França, Organizações Internacionais, Rússia, Ucrânia, União Europeia

Cooperação militar com a Ucrânia: uma jogada arriscada?

A recente intensificação da cooperação militar entre os Estados Unidos, a Europa e a Ucrânia tem sido um tema de debate acalorado no cenário internacional. Essa colaboração, apesar de visar o fortalecimento da Ucrânia frente às ameaças externas, acarreta riscos significativos, podendo levar a uma escalada do conflito na região. Além disso, a falta de uma estratégia alinhada entre os países envolvidos adiciona uma camada de complexidade e incerteza à situação. Um dos principais argumentos contra essa cooperação intensiva é o perigo de escalada do conflito. As ações militares, quando não são completamente coordenadas ou são percebidas como provocações, podem levar a respostas agressivas de outras nações, especialmente da Rússia, que vê a aproximação da OTAN e do Ocidente à Ucrânia como um...
A reação dos BRICS à eleição em Portugal: Uma análise multifacetada
África, África do Sul, Américas, Ásia, Brasil, BRICS, China, Europa, Índia, Organizações Internacionais, Portugal, Rússia

A reação dos BRICS à eleição em Portugal: Uma análise multifacetada

A recente virada política em Portugal, com a eleição de um governo de centro-direita, tem despertado reações variadas ao redor do mundo, especialmente entre os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Cada membro desse grupo de nações emergentes tem sua própria perspectiva sobre as mudanças em Portugal e suas potenciais implicações. Este artigo procura explorar e contrastar essas diversas visões, citando fontes e declarações oficiais. Brasil: O Brasil, com sua profunda ligação histórica e cultural com Portugal, tem observado as eleições com grande interesse. Segundo a "Folha de S.Paulo", "a vitória do centro-direita em Portugal suscita tanto oportunidades quanto desafios para o Brasil, abrindo caminhos para novas dinâmicas econômicas, mas também instigando preocup...
O Novo Tabuleiro Geopolítico: a Suécia e a Expansão da OTAN
Europa, Organizações Internacionais, OTAN, Suécia

O Novo Tabuleiro Geopolítico: a Suécia e a Expansão da OTAN

A recente adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) representa uma mudança significativa no panorama da segurança europeia, refletindo um movimento estratégico tanto para o país quanto para a aliança. Esta decisão, que rompe com a longa história de neutralidade da Suécia, é uma resposta direta à crescente percepção de ameaça por parte da Rússia, especialmente após eventos recentes como a invasão da Ucrânia. Segundo o "South China Morning Post", a entrada da Suécia na OTAN é um indicativo claro da crescente preocupação com a segurança europeia, marcando uma tendência de endurecimento contra ameaças externas. Enquanto isso, o "The Times of India" salienta que essa expansão é alarmante para a Rússia, que interpreta o alargamento da OTAN como um movimento estratégi...
Crise na fronteira: o papel do Brasil na resolução do conflito entre Guiana e Venezuela
Américas, Brasil, Guiana, Venezuela

Crise na fronteira: o papel do Brasil na resolução do conflito entre Guiana e Venezuela

A região da América do Sul tem enfrentado uma série de desafios geopolíticos que ameaçam não apenas a estabilidade interna dos países, mas também a harmonia entre as nações vizinhas. Um dos exemplos mais significativos é a crescente tensão entre a Guiana e a Venezuela, um conflito que não só desperta preocupações regionais, mas também coloca o Brasil numa posição onde sua atuação é fundamental para promover a paz e a estabilidade na região. A raiz do conflito entre a Guiana e a Venezuela remonta ao século XIX, mas ganhou novas dimensões nos últimos anos devido à descoberta de grandes reservas de petróleo na região disputada do Essequibo. A Venezuela, enfrentando uma profunda crise econômica e política, tem reafirmado suas reivindicações territoriais, aumentando a tensão na área. Em cont...
Ampliação do conselho de segurança e a posição brasileira: um jogo de interesses globais
Américas, Ásia, Brasil, China, Estados Unidos, Europa, França, Reino Unido, Rússia, Temas Globais

Ampliação do conselho de segurança e a posição brasileira: um jogo de interesses globais

O Brasil, numa iniciativa diplomática ousada, propôs recentemente alterações significativas na estrutura do Conselho de Segurança da ONU, pleiteando o fim do poder de veto (pelo menos temporariamente) e a inclusão de onze novos membros permanentes. Este movimento reflete não apenas uma busca por um reconhecimento maior do Brasil no cenário internacional, mas também uma tentativa de reformar uma estrutura que muitos veem como obsoleta e não representativa da realidade geopolítica atual. A proposição brasileira, segundo fontes como o portal UOL, sugere que a suspensão do poder de veto, uma prerrogativa dos cinco membros permanentes atuais (Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia), seja por um período de 15 anos. O argumento é que isso permitiria uma tomada de decisões mais dem...
Influências externas e a soberania da América Latina
Américas, Ásia, Brasil, China, Estados Unidos

Influências externas e a soberania da América Latina

A América Latina, região de vasta diversidade cultural e política, encontra-se frequentemente no vórtice das influências geopolíticas, principalmente da China e dos Estados Unidos. Este artigo explora como essas potências têm moldado, muitas vezes de maneira controversa, os paradigmas políticos e econômicos na região, limitando, assim, o desenvolvimento de modelos de governança regional autênticos e alternativos à ordem global estabelecida. A influência estadunidense na América Latina tem raízes históricas profundas, remontando à Doutrina Monroe e à política do Big Stick. Tradicionalmente, essa influência manifestou-se por meio de intervenções diretas, suporte a regimes autoritários ou políticas econômicas predatórias sob a égide do chamado Consenso de Washington. Argumenta-se que tais ...