Autoritarismo de Farda: quando a guerra vira identidade nacional
Nos últimos anos, multiplicaram-se sinais de que os Estados Unidos atravessam uma guinada preocupante em sua relação com as forças armadas e com o próprio papel da violência de Estado. Já não se trata apenas de ajustes estratégicos ou de debates técnicos sobre orçamento militar. O que está em jogo é a tentativa de transformar a guerra na identidade central da nação, substituindo o equilíbrio entre defesa, diplomacia e política interna por uma lógica de mobilização permanente.
Esse processo segue um roteiro conhecido. Primeiro, redefine-se o inimigo de forma cada vez mais vaga, até que não reste apenas o adversário externo: a ameaça passa a incluir também opositores internos, críticos, jornalistas, movimentos sociais. Em seguida, promove-se a ideia de que todo questionamento é sinal de f...










