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Autor: Rodrigo Cintra

Pós-Doutor em Competitividade Territorial e Indústrias Criativas, pelo Dinâmia – Centro de Estudos da Mudança Socioeconómica, do Instituto Superior de Ciencias do Trabalho e da Empresa (ISCTE, Lisboa, Portugal). Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2007). É Diretor Executivo do Mapa Mundi. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X
A importância das Ilhas Malvinas para o Brasil
Américas, Argentina, Brasil, Estados Unidos, Reino Unido

A importância das Ilhas Malvinas para o Brasil

Mapa dae posicionamento das Ilhas Malvinas/Falklands No final de 2019 começou a operação de uma rota aérea comercial entre São Paulo e as Ilhas Malvinas. Esse vôo não é simplesmente o lançamento de mais uma rota para exploração comercial, mas mais um passo – quase que simbólico – sobre uma mudança importante que vem ocorrendo entre a Argentina e as Ilhas Malvinas (ou Falklands, a depender do ponto de vista). Durante os 12 anos dos governos Néstor Kirchner e Cristina Fernández (2003 a 2015) a relação entre a Argentina e o Reino Unido, entorno das Malvinas/Flaklands era mais dependente da discussão da soberania e da militarização crescente do Atlântico Sul. Já sob o governo de Mauricio Macri houve uma tendência à mudança desta forma de relacionamento. Já em 2016 foi celebrado o acordo ...
A anti política externa de Bolsonaro
Américas, Brasil, Estados Unidos, Israel, Oriente Médio

A anti política externa de Bolsonaro

A política externa não é comumente chamada de Política de Estado à toa. Mais do que expressar os anseios mais imediatos do presidente, ela se foca nos interesses mais profundos do país. Trata-se de um complexo intrincado de ações e compromissos, delicadamente construídos ao longo do tempo. O governo Bolsonaro, pelo visto com o apoio explícito do chanceler Ernesto Araujo, está ignorando essa ideia e tratando a política externa como uma plataforma político-ideológica. Só que, neste caso, as consequências não esperam. No início do governo o presidente Bolsonaro declarou que mudaria a embaixada brasileira para Jerusalém. Essa foi uma forma de mostrar o alinhamento internacional com os Estados Unidos, mas apenas parece ter considerado essa agenda, ignorando as demais consequências. No fin...
O início do mundo incerto
Américas, Brasil, China, Estados Unidos, Índia, Japão, Rússia, Venezuela

O início do mundo incerto

Desde o final da II Guerra Mundial o mundo vem construindo um sistema com perfil multilateral. Iniciando com as instituições de Bretton Woods (Fundo Monetário Internacional - FMI; Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD; e Organização Internacional do Comércio - OIC, logo substituída pelo Acordo Geral de Tarifas e Comércio - GATT), o que vimos foi a criação de diversas organizações e tratados internacionais capazes de orientar o comportamento dos atores internacionais nas mais diversas áreas. O ápice deste movimento ocorreu na década de 1990, período no qual houve uma série de conferências e tratados internacionais. Inaugurado pela ECO-92, foram tratados casos como mulheres, moradia, direitos humanos. Essas conferências mostraram ao mundo que a cooperação podia ir...
Venezuela: o próximo Iraque da América Latina?
Américas, Brasil, Estados Unidos, Venezuela

Venezuela: o próximo Iraque da América Latina?

Analisar a crise venezuelana nos dias de hoje é algo difícil pois acabamos em discussões político-ideológicas. Mais do que entender o que se passa no país, fatalmente as discussões giram em torno do apoio ou da crítica ao presidente (?) Nicolás Maduro. Mas a questão é mais profunda e uma resposta definitiva não vem fácil. É certo que a mídia brasileira, bem como o próprio governo do Brasil, claramente defendem a saída imediata de Maduro para que assuma, em seu lugar, o opositor Juan Guaidó. Aparentemente a questão seria simples: Maduro sai, Guaidó assume o poder, restabelece a ordem na Venezuela e tudo volta ao normal. No entanto, quando olhamos outros exemplos próximos, vemos que é muito mais complicado do que isto. Pensemos no Iraque quando o presidente Bush resolveu invadir. O p...
Trump e a destruição do sistema multilateral
Estados Unidos

Trump e a destruição do sistema multilateral

Em 1987, ainda no calor da Guerra Fria, um importante passo foi dado para que as tensões globais diminuíssem e parassem de ameaçar a Humanidade. Neste ano os governos dos Estados Unidos e da então União Soviética assinaram o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário. (mais…)
Bolsonaro e o fim da política externa brasileira
Brasil

Bolsonaro e o fim da política externa brasileira

O Projeto Eleições Brasil 2018 vai apresentar uma reflexão sobre as propostas de política externa dos principais candidatos à presidência. As análises apresentadas se baseiam tanto nos programas de governo, quanto em declarações feitas pelos candidatos(as) na grande mídia. (mais…)
Base de Alcântara e a autonomia tecnológica brasileira
Américas, Brasil, Estados Unidos, Ucrânia

Base de Alcântara e a autonomia tecnológica brasileira

Há quase 20 anos Brasil e Ucrânia iniciaram (com o Acordo-Quadro sobre a Cooperação de Usos Pacíficos do Espaço Exterior, 1999) uma aproximação para um projeto que parecia bom para ambos: o lançamento de um satélite ucraniano usando-se a base de Alcântara. A partir desta aproximação, criaram a empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS). Em 2003 finalmente a empresa foi criada diante de um aporte aproximado de R$ 480 milhões por parte do governo brasileiro. (mais…)
Por que uma Ucrânia fraca pode ser a causa de uma guerra atômica?
Coréia do Norte

Por que uma Ucrânia fraca pode ser a causa de uma guerra atômica?

A Coréia do Norte é um regime ditatorial que historicamente tem sustentado sua estrutura doméstica de poder doméstico na militarização. Mais do que o uso das forças armadas para reprimir a população, isso significa que o Estado norte-coreano age a partir de dimensões militares. Geralmente esses Estados têm um baixo nível de desenvolvimento econômico e, por consequência, tende a ter também um baixo nível de desenvolvimento tecnológico. (mais…)