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Autor: Rodrigo Cintra

Pós-Doutor em Competitividade Territorial e Indústrias Criativas, pelo Dinâmia – Centro de Estudos da Mudança Socioeconómica, do Instituto Superior de Ciencias do Trabalho e da Empresa (ISCTE, Lisboa, Portugal). Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2007). É Diretor Executivo do Mapa Mundi. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X
Cazaquistão: uma jornada histórica e seu status contemporâneo
Ásia, Cazaquistão

Cazaquistão: uma jornada histórica e seu status contemporâneo

O Cazaquistão, localizado na Ásia Central, é o nono maior país do mundo em extensão territorial, mas sua história e cultura são frequentemente desconhecidas para muitos. Este artigo apresenta uma visão abrangente sobre a rica história do Cazaquistão e seu status atual, proporcionando uma introdução esclarecedora para quem deseja conhecer mais sobre esta fascinante nação. A história do Cazaquistão é marcada por sua vasta estepe e pela vida nômade de seus habitantes. Durante milênios, a região foi habitada por diversos povos nômades que se dedicavam principalmente à criação de gado. Entre os primeiros povos a se estabelecer na região estavam os citas, seguidos pelos hunos e pelos turcos, que estabeleceram diversos khanatos e impérios ao longo dos séculos. No século XIII, o território c...
Cúpula da paz de Burgenstock tensiona a posição neutra dos latino-americanos
África, África do Sul, Américas, Argentina, Ásia, Brasil, China, Europa, México, Rússia, Ucrânia

Cúpula da paz de Burgenstock tensiona a posição neutra dos latino-americanos

A Cúpula da Paz de Burgenstock, recentemente realizada na Suíça, tem gerado intensas discussões sobre a posição de neutralidade dos países latino-americanos. Este evento, que reuniu líderes mundiais para discutir questões de paz e segurança global, trouxe à tona uma série de dilemas para as nações da América Latina, que historicamente adotaram posturas neutras em conflitos internacionais. O Brasil, a maior economia da região, tem sido um dos principais defensores da neutralidade em questões globais. O presidente brasileiro destacou, em seu discurso na cúpula, a importância de uma política externa que priorize o diálogo e a mediação, ao invés de alinhamentos automáticos com grandes potências. No entanto, a crescente polarização global, intensificada por conflitos como o da Ucrânia, coloc...
História das Ilhas Malvinas e seu papel estratégico e geoestratégico
Américas, Argentina, Europa, Reino Unido

História das Ilhas Malvinas e seu papel estratégico e geoestratégico

As Ilhas Malvinas, ou Falkland Islands, são um arquipélago localizado no Atlântico Sul, cerca de 500 km a leste da costa da Argentina. A história das Malvinas é marcada por disputas territoriais, colonizações e conflitos que destacam sua importância estratégica e geoestratégica ao longo dos séculos. A descoberta das Ilhas Malvinas é atribuída a exploradores europeus no século XVI. Embora existam registros de avistamentos por navegadores espanhóis e portugueses, a primeira colonização estabelecida foi pelos franceses em 1764, que fundaram Port Louis na Ilha Soledad. Pouco tempo depois, em 1765, os britânicos estabeleceram Port Egmont na Ilha de Saunders, reivindicando também a soberania sobre o arquipélago. Em 1767, os franceses venderam sua colônia aos espanhóis, que mantiveram o contro...
A tensão acumulada no cenário internacional atual: estamos à beira de uma terceira guerra mundial?
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Etiópia, Europa, Índia, Irã, Israel, ONU, Organizações Internacionais, Oriente Médio, República Centro-Africana, Rússia, Ucrânia

A tensão acumulada no cenário internacional atual: estamos à beira de uma terceira guerra mundial?

O cenário internacional contemporâneo está marcado por tensões crescentes que despertam preocupações sobre a possibilidade de um conflito global de grandes proporções, similar à Primeira e à Segunda Guerra Mundial. Para entender se estamos realmente à beira de uma terceira guerra mundial, é essencial traçar paralelos históricos e identificar padrões que possam indicar a repetição de ciclos destrutivos. Entre esses padrões, destacam-se o aumento da xenofobia e as tensões geopolíticas, que hoje se manifestam em diversas partes do mundo. Durante a Primeira Guerra Mundial, a Europa estava imersa em uma rede de alianças complexas e conflitos de interesses nacionais, que culminaram no assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando em 1914 e a subsequente declaração de guerra. De maneira semel...
O papel do Brasil na agenda verde global, potenciais e desafios
Américas, Brasil

O papel do Brasil na agenda verde global, potenciais e desafios

O Brasil, com sua vasta biodiversidade e recursos naturais, desempenha um papel crucial na agenda verde global. Como o país que abriga a maior parte da Amazônia, considerada o "pulmão do mundo", o Brasil possui uma responsabilidade significativa na mitigação das mudanças climáticas e na conservação da biodiversidade. Os potenciais e desafios enfrentados pelo país nessa agenda são vastos e complexos. O principal potencial do Brasil na agenda verde reside em sua riqueza natural. A Amazônia, que cobre aproximadamente 60% do território brasileiro, é fundamental para a regulação do clima global, pois absorve enormes quantidades de dióxido de carbono. Além disso, o país é um dos maiores produtores de biocombustíveis do mundo, destacando-se na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar. Est...
A nova fase das relações Brasil-Irã: um chanceler de proximidade diplomática
Américas, Brasil, Irã, Oriente Médio

A nova fase das relações Brasil-Irã: um chanceler de proximidade diplomática

A recente nomeação do novo chanceler do Irã tem chamado a atenção da comunidade internacional, especialmente pelo seu histórico de boas relações com o Brasil. Essa nomeação promete fortalecer ainda mais os laços diplomáticos e comerciais entre os dois países, que já vinham sendo cultivados ao longo dos últimos anos. O novo chanceler iraniano, Ali Bagheri Kani, possui uma trajetória marcada por negociações bem-sucedidas com o Brasil. Este diplomata esteve à frente de diversas discussões bilaterais, que resultaram em avanços significativos no comércio entre as duas nações. Em 2023, por exemplo, houve um aumento considerável nas exportações brasileiras para o Irã, especialmente no setor agropecuário, com destaque para a soja e carne bovina. Esse incremento é resultado direto das negociaçõe...
A morte do presidente do Irã e a estabilidade regional e global
Irã, Oriente Médio

A morte do presidente do Irã e a estabilidade regional e global

A morte de um presidente pode ser um evento profundamente transformador, especialmente em um país com a importância geopolítica do Irã. A morte do presidente iraniano tem implicações complexas tanto para a estabilidade regional quanto para a global. Para entender essas implicações, é crucial analisar as reações de diferentes partes do mundo, incluindo a China, o Japão, a Índia, a África do Sul e o Brasil. No contexto regional, o Irã é uma potência significativa no Oriente Médio, com influência política, militar e religiosa substancial. A morte do presidente pode gerar uma lacuna de poder temporária, potencialmente criando instabilidade interna. Os grupos de oposição e as forças políticas internas podem se aproveitar dessa transição para aumentar sua influência, levando a possíveis confl...
A nova Assembleia Parlamentar da OEA: desafios para a autonomia brasileira frente à influência dos EUA
Américas, Brasil, Estados Unidos, OEA, Organizações Internacionais

A nova Assembleia Parlamentar da OEA: desafios para a autonomia brasileira frente à influência dos EUA

A Organização dos Estados Americanos (OEA) tem desempenhado um papel significativo na política hemisférica desde sua fundação em 1948. A organização, que visa promover a democracia, os direitos humanos, a segurança e o desenvolvimento na região, frequentemente se vê sob a influência dominante dos Estados Unidos. Este artigo examina a resolução GRS 3004 de 2023, que propõe a criação de uma estrutura legislativa semelhante à Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), e como essa iniciativa pode impactar a autonomia dos países latino-americanos, com um foco especial no Brasil. A resolução GRS 3004 de 2023 visa o fortalecimento da democracia na região, propondo a criação de uma assembleia parlamentar no âmbito da OEA. Essa estrutura legislativa ter...
BRICS Bridge: uma alternativa na arquitetura financeira global
BRICS, Organizações Internacionais

BRICS Bridge: uma alternativa na arquitetura financeira global

O BRICS Bridge, um projeto desenvolvido pelos países membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), surge como uma alternativa inovadora e importante na arquitetura financeira global. Este consórcio, que se consolidou como um bloco significativo no cenário econômico mundial, busca criar novas oportunidades para seus membros e para outras nações em desenvolvimento, desafiando a hegemonia financeira tradicionalmente dominada pelo Ocidente. Uma das principais razões para a importância do BRICS Bridge é a promoção da liberdade de atuação internacional para os países membros. Através desta iniciativa, os países do BRICS conseguem diversificar suas opções financeiras, reduzindo a dependência de instituições financeiras ocidentais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e ...
Reforma do Conselho de Segurança da ONU: entre hegemonias e a busca por multipolaridade
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Europa, França, Reino Unido, Rússia

Reforma do Conselho de Segurança da ONU: entre hegemonias e a busca por multipolaridade

A reforma das Nações Unidas, especialmente do Conselho de Segurança, tem sido um tema recorrente nos debates internacionais, intensificado pelos recentes conflitos na Ucrânia e entre Israel e Palestina. A crítica à proposta de reforma defendida pelos Estados Unidos reflete preocupações sobre a manutenção de hegemonias e a falta de representatividade global na governança internacional. O sistema atual do Conselho de Segurança da ONU, criado após a Segunda Guerra Mundial, confere a cinco potências vitoriosas — Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China — o poder de veto, o que frequentemente impede a organização de agir eficazmente em situações de crise internacional. Este poder de veto tem sido criticado por permitir que essas nações bloqueiem ações internacionais, inclusive em ...