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OTAN

Rússia, a Ucrânia, os Estados Unidos, a China, a Europa e a Otan
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Europa, Organizações Internacionais, OTAN, Rússia, Ucrânia

Rússia, a Ucrânia, os Estados Unidos, a China, a Europa e a Otan

Metendo o bedelho...Nunca pus os pés na Rússia, mas servi em Astana - hoje, Nursultan -, no Cazaquistão, e arrisco esboçar a minha percepção a partir da ótica de um país vizinho.  Para mim, o quadro geopolítico que define a relação entre a Rússia e a Ucrânia se aplica a todo o universo “ex-soviético”, como é o caso do Cazaquistão. São ambos ex-repúblicas da URSS, vizinhos contíguos da Rússia e ex-seguidores da mesma cartilha ideológico/político/econômico marxista que predominou em toda a região até 1991, quando a União Soviética se dissolveu. A experiência independente destes países tem, portanto, apenas 31 anos, ou seja, são Estados “jovens” que anteriormente, como “satélites”, serviam sobretudo como celeiro, no caso do Uzbequistão, e terreno de testes nucleares, como no do Cazaqu...
A OTAN e as mudanças no equilíbrio do poder mundial
Europa, Organizações Internacionais, OTAN, Rússia

A OTAN e as mudanças no equilíbrio do poder mundial

Foto: REUTERS/Ints Kalnins No último dia 14 de junho, os chefes de governo dos 30 países aliados que compõem a OTAN se reuniram em Bruxelas. A leitura da declaração(1) conjunta proporciona uma boa compreensão de como a mais poderosa aliança militar da história vê a atual conjuntura mundial, quais são as ameaças que eles identificam e quais caminhos eles irão traçar em assuntos de defesa, sempre mantendo em vista as três tarefas fundamentais da Aliança: prover segurança coletiva, gerenciar crises e fortalecer a cooperação em segurança. Os aliados identificam ameaças provenientes de todas as direções estratégicas, representadas pela competição sistêmica de potências “autoritárias e assertivas”; terrorismo; atores estatais e não-estatais que atuam para minar a ordem internacional, o est...
O fim (?) da Guerra do Afeganistão II
Afeganistão, Ásia, Organizações Internacionais, OTAN

O fim (?) da Guerra do Afeganistão II

Soldados do Hospital Naval dos EUA e US Mariners no Afeganistão (Foto Reuters) Polemizando... Eu comentei no artigo Fim (?) da Guerra no Afeganistão, no dia 14/04, a decisão do Presidente americano Joe Biden de que as tropas americanas abandonem definitivamente o Afeganistão. Segundo o anúncio da Casa Branca, os últimos contingentes, de 2,5 mil soldados, deixarão o país até o dia 11 de setembro, data simbólica, aliás, quando se celebram os vinte anos da invasão ordenada por George W. Bush. Esta decisão repercute as intensas e por vezes dramáticas negociações que tiveram lugar em Doha, no Qatar, entre autoridades americanas e representantes dos talibãs, testemunhadas por representantes de alguns países da região, mas sem a presença de enviados do governo de Cabul, que culminaram na...
Fim(?) da guerra no Afeganistão
Afeganistão, Américas, Ásia, Estados Unidos, Organizações Internacionais, OTAN

Fim(?) da guerra no Afeganistão

Sefa Karacan/Anadolu Agency via Getty Images O Estadão de hoje replica matéria do New York Times segundo a qual o Presidente Joe Biden declarou ontem, 14/04, o fim da presença das tropas dos Estados Unidos no Afeganistão, encerrando o engajamento de vinte anos dos EUA na luta pela pacificação do país e desmantelamento da militância talibã, que já lhes custou mais de US $ 800 bilhões e a vida de 2.218 militares. Segundo o anúncio, os últimos 2,5 mil soldados americanos deixarão o Afeganistão até o dia 11 de setembro, data simbólica, aliás, quando se celebram os vinte anos da invasão ordenada por George W. Bush. Biden afirmou que “sou o quarto presidente a chefiar a presença de tropas no Afeganistão. Dois republicanos. Dois democratas...não vou passar essa responsabilidade para um quinto....
Como os britânicos veem seu papel no mundo em 2030 – e como estão se preparando para exercê-lo
África, Américas, Argentina, Ásia, China, Europa, Nigéria, ONU, OTAN, Reino Unido

Como os britânicos veem seu papel no mundo em 2030 – e como estão se preparando para exercê-lo

O Reino Unido acaba de divulgar um documento cuja leitura considero muito importante, fundamental mesmo, para quem se dispõe a compreender o jogo que as grandes potências estão a disputar na arena internacional. Nele, são apresentadas as revisões das políticas integradas de defesa e segurança, relações internacionais e desenvolvimento da Grã-Bretanha [1]. O documento tem, na introdução, a visão do Primeiro-Ministro Boris Johnson para o Reino Unido no ano de 2030. Em resumo, trata-se de uma visão otimista sobre o papel de seu país no mundo, que enxerga o Reino Unido como uma das mais influentes nações do planeta, com uma economia forte e que, em razão da ênfase na adoção de inovações científicas e tecnológicas, estará mais bem equipada para enfrentar um mundo ainda mais competitivo....