ISSN 2674-8053

Reino Unido

Inteligência Artificial e a queda da popularidade da monarquia britânica
Europa, Reino Unido

Inteligência Artificial e a queda da popularidade da monarquia britânica

Artigo elaborado pelas pesquisadoras Luiza Preisner, Maria Clara Liguori Martins e Nicole Guazzelli Consentini A Revolução Gloriosa, a última fase da Revolução Inglesa no século XVII e a ascensão de Guilherme de Orange ao poder da Inglaterra, mudaram a política do Estado. Essa revolução resultou no fim do poder absolutista e implementou uma monarquia constitucional na qual o rei permanecia no trono inglês como chefe de Estado, mas com poderes reduzidos, enquanto um sistema parlamentarista entrou em vigor transformando a função da monarquia real em grande parte simbólica. No entanto, a família real britânica continuou sendo extremamente relevante devido à sua tradição, imagem carismática e caridosa, usufruto de suas estratégias de comunicação, para com seus súditos, influenciand...
Reforma do Conselho de Segurança da ONU: entre hegemonias e a busca por multipolaridade
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Europa, França, Reino Unido, Rússia

Reforma do Conselho de Segurança da ONU: entre hegemonias e a busca por multipolaridade

A reforma das Nações Unidas, especialmente do Conselho de Segurança, tem sido um tema recorrente nos debates internacionais, intensificado pelos recentes conflitos na Ucrânia e entre Israel e Palestina. A crítica à proposta de reforma defendida pelos Estados Unidos reflete preocupações sobre a manutenção de hegemonias e a falta de representatividade global na governança internacional. O sistema atual do Conselho de Segurança da ONU, criado após a Segunda Guerra Mundial, confere a cinco potências vitoriosas — Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China — o poder de veto, o que frequentemente impede a organização de agir eficazmente em situações de crise internacional. Este poder de veto tem sido criticado por permitir que essas nações bloqueiem ações internacionais, inclusiv...
Ampliação do conselho de segurança e a posição brasileira: um jogo de interesses globais
Américas, Ásia, Brasil, China, Estados Unidos, Europa, França, Reino Unido, Rússia, Temas Globais

Ampliação do conselho de segurança e a posição brasileira: um jogo de interesses globais

O Brasil, numa iniciativa diplomática ousada, propôs recentemente alterações significativas na estrutura do Conselho de Segurança da ONU, pleiteando o fim do poder de veto (pelo menos temporariamente) e a inclusão de onze novos membros permanentes. Este movimento reflete não apenas uma busca por um reconhecimento maior do Brasil no cenário internacional, mas também uma tentativa de reformar uma estrutura que muitos veem como obsoleta e não representativa da realidade geopolítica atual. A proposição brasileira, segundo fontes como o portal UOL, sugere que a suspensão do poder de veto, uma prerrogativa dos cinco membros permanentes atuais (Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia), seja por um período de 15 anos. O argumento é que isso permitiria uma tomada de decisões mai...
500 dias de guerra na Ucrânia
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Europa, Reino Unido, Rússia, Ucrânia

500 dias de guerra na Ucrânia

Hoje, se completam 500 dias desde que as tropas russas ultrapassaram as fronteiras ucranianas, em 24 de fevereiro do ano passado, no que previam ser uma ação militar fulminante, com a qual esperavam derrotar o exército ucraniano, retirando o presidente Zelensky do poder e substituindo-o por um governante “amigável” ao regime russo. A invasão russa é flagrantemente ilegal. Contraria, no mínimo, três instrumentos do Direito Internacional dos quais o país é signatário. O primeiro é a Carta da ONU, especificamente o previsto no nº 4 do artigo 2º, que prevê que “os Membros (da ONU) deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado”. O segundo é o Memorando de Budapeste, de 1994, no qual...
Amzônia é apenas mais um dos problemas mundiais: cada um tem o seu
Américas, Brasil, Europa, Reino Unido

Amzônia é apenas mais um dos problemas mundiais: cada um tem o seu

O Reino Unido tem expressado preocupações em relação à situação na Amazônia em vários aspectos, incluindo questões ambientais e de direitos humanos. Em relação às questões ambientais, o Reino Unido tem expressado preocupações sobre a degradação ambiental da região amazônica devido ao desmatamento e às mudanças climáticas. A Amazônia é considerada um dos principais pulmões do mundo, e sua destruição pode ter efeitos graves sobre o clima global. O Reino Unido tem pressionado o Brasil a tomar medidas para combater o desmatamento e as mudanças climáticas, e tem oferecido assistência técnica e financeira para ajudar o país nesses esforços. Além disso, o Reino Unido tem levantado preocupações sobre os direitos humanos na região amazônica, incluindo a violência contra os povos indígena...
O papel da energia renovável na crise energética
Europa, França, Organizações Internacionais, Reino Unido, Rússia, União Europeia

O papel da energia renovável na crise energética

Por Ana Luisa Munhoz Mastromauro e Maíra Figueredo Gomes “A crise energética pode ser um ponto de virada para acelerar as fontes limpas e para formar um sistema de energia sustentável e seguro”, afirmou Faith Birol, diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), em setembro de 2022. Faith também declarou que a capacidade e a instalação de energia renovável estão sendo aceleradas em muitos países da Europa, com a finalidade de diminuir o valor e cortar o licenciamento do gás russo, sendo essas consequências da guerra com a Ucrânia. Primeiramente, vale ressaltar que esse confronto fez com que a segurança energética fosse uma pauta cada vez mais frequente, afinal, a Rússia, sendo a segunda maior exportadora mundial de gás natural, era responsável por metade das import...
O que acontecerá caso a venda de energia nuclear francesa para a Europa seja interrompida?
Europa, França, Itália, Reino Unido

O que acontecerá caso a venda de energia nuclear francesa para a Europa seja interrompida?

Electricite de France - Usina Dampierre-en-Burly, França. Foto Reuters Por Bárbara Daguer e Gabriela Delgado A França é responsável pela segunda maior produção de energia nuclear do mundo, ficando apenas atrás dos Estados Unidos (FIEP, 2011). Explicando de maneira simples, energia é originada do núcleo dos átomos, sendo as menores partículas de qualquer matéria. Dependendo do elemento utilizado, a formação ou destruição de uma partícula libera enormes quantidades de energia. Aproximadamente 70% da base energética deste país localizado na Europa Ocidental é originada pela energia atômica (DW, 2022). Apesar de ser considerada uma energia extremamente limpa, por não liberar CO2 e nenhum lixo tóxico, alguns países europeus estão optando por abandonar a energia nuclear, devido às prob...
A posse do rei Charles III na monarquia britânica e seus impactos
Europa, Reino Unido

A posse do rei Charles III na monarquia britânica e seus impactos

Julian Simmonds/AFP  Por Lais Pieruccetti  e Vitória Dotto No dia 10 de setembro de 2022, Charles III, aos 73 anos, foi oficialmente proclamado o novo monarca do Reino Unido, abrindo uma nova era na história de um país que se despede da rainha Elizabeth II, sua mãe, guia e símbolo de estabilidade por sete décadas. A rainha se consolidou como uma chefe de Estado bastante ativa e participativa nos assuntos públicos, e o atual monarca declarou estar profundamente consciente da grande herança, dos deveres e pesadas responsabilidades da soberania, que agora o são transmitidos. Fundamentalmente, é necessário ressaltar os desafios dessa transição na monarquia britânica. Nenhum soberano inglês demorou tanto tempo para assumir o trono, e o rei Charles III, ainda precisa enfrenta...
Desabastecimento no Reino Unido pós Brexit
Europa, Organizações Internacionais, Reino Unido, União Europeia

Desabastecimento no Reino Unido pós Brexit

Por Pedro Gerhardt Corrêa e Priscila Cesarino Taddone Desde a saída do Reino Unido da União Europeia em 2018, diversas mudanças tomaram conta da configuração da ilha, agora sem o apoio do bloco. Ainda assim, o Reino Unido não se aliou a outros países em acordos econômicos de forma a conquistar regalias alfandegárias semelhantes às que possuíam quando faziam parte do bloco europeu. A presente conjuntura culminou no desabastecimento alimentício e de matéria prima, que afetou toda a ilha, tendo como principais representados o gás, as commodities e as bebidas. Embora o problema não possa ter suas causas atribuídas apenas ao Brexit, vale ressaltar que este aumentou exponencialmente as tarifas dos produtos que entram no Reino Unido e que são advindos de países membros da UE. A pandemi...
A nova aliança militar entre EUA, Reino Unido e Austrália
Américas, Ásia, Austrália, China, Estados Unidos, Europa, Oceania, Reino Unido

A nova aliança militar entre EUA, Reino Unido e Austrália

Primeiro Ministro Britânico Boris Johnson, Presidente dos EUA Joe Biden e Primeiro Ministro da Austrália Scott Morrison (Foto montagem) No dia 15 de setembro, um pronunciamento feito pelo presidente Joe Biden, com a participação virtual dos primeiros-ministros britânico, Boris Johnson, e australiano, Scott Morrison, causou protestos da China e indignação na França: EUA e Reino Unido acordavam em repassar para Austrália a tecnologia necessária para a produção local de submarinos de propulsão nuclear. Os protestos chineses são compreensíveis. Afinal, embora o nome da China não tenha sido citado em nenhum momento, é óbvio que a posse de submarinos nucleares pela Austrália tem a finalidade de conter a emergente potência asiática, detentora da maior Marinha do mundo em quantidade de meio...