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Indonésia

Reconfiguração do poder global em tempos de multipolaridade
Arábia Saudita, Ásia, BRICS, China, Europa, G20, Índia, Indonésia, Irã, Organizações Internacionais, Oriente Médio, Rússia

Reconfiguração do poder global em tempos de multipolaridade

A ordem internacional está passando por uma transformação profunda, na qual a centralidade dos Estados Unidos e de seus aliados europeus vem sendo gradualmente substituída por uma lógica de equilíbrio entre múltiplos polos de poder. Esse processo, mais estrutural do que conjuntural, tem como protagonistas países como China, Índia, Rússia, Arábia Saudita, Irã e Indonésia, entre outros do chamado Sul Global. A disputa pelo novo desenho do poder global extrapola a geopolítica tradicional e se materializa em esferas como cadeias produtivas, moedas, tecnologia, sistemas de governança e até mesmo na formulação de valores e visões de mundo concorrentes. A ascensão da China é um dos pilares mais visíveis desse novo cenário. Pequim não apenas expandiu sua influência econômica e diplomática, como...
A transição climática como disputa de poder global
África, Américas, Ásia, Bolívia, Chile, China, Estados Unidos, Indonésia, Organizações Internacionais, República Democrática do Congo, Sul Global, União Europeia

A transição climática como disputa de poder global

A mudança climática já não é apenas uma emergência ambiental. Ela tornou-se um eixo estratégico que reorganiza as hierarquias de poder no sistema internacional. O que antes era tratado como tema técnico de conferências climáticas agora se impõe como campo de disputa entre Estados, empresas, blocos regionais e visões de mundo concorrentes. A transição energética e ecológica, longe de ser consenso, é palco de conflitos distributivos, negociações tensas e tentativas de reconfiguração da ordem global. No centro desse processo estão a corrida por minerais críticos, a reindustrialização verde, os impasses entre Norte e Sul sobre financiamento climático e perdas & danos, além da emergência de novas geografias políticas em torno da energia limpa. A corrida por minerais críticos — como lítio...
Ásia, Coréia do Sul, Europa, Indonésia, Irã, Malásia, Oriente Médio, Rússia, Ucrânia

Instrumentos financeiros como ferramentas de influência geopolítica

O sistema monetário e financeiro internacional sempre desempenhou um papel central na economia global, mas sua função vai muito além das transações comerciais e da estabilidade macroeconômica. Ao longo da história, esses mecanismos têm sido utilizados como ferramentas de influência política e geopolítica, servindo aos interesses de nações e blocos econômicos na busca por poder e controle. A aplicação de sanções econômicas, a manipulação de fluxos de capitais e a imposição de políticas financeiras restritivas são apenas alguns exemplos de como a estrutura financeira global pode ser instrumentalizada para atingir objetivos estratégicos. Em diferentes momentos, o uso dessas ferramentas não apenas impactou economias nacionais, mas também remodelou dinâmicas de poder em escala global. Três c...
E la nave va… retorno ao mundo bipolar?
Ásia, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Myanmar, Singapura, Tailândia, Vietnam

E la nave va… retorno ao mundo bipolar?

Após oito anos de negociações, e por vídeo-conferência em razão da pandemia da COVID-19, treze países da Ásia e dois da Oceania firmaram, no dia 15 deste mês de novembro, a “Parceria Regional Econômica Abrangente”/RCEP. Por ela se comprometeram a alavancar as relações de livre-comércio na região da Ásia-Pacífico. O documento, que uniu os dez países–membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático/ASEAN- Indonésia, Malásia, Filipinas, Brunei, Camboja, Singapura, Laos, Myanmar, Tailândia e Vietnã - e os cinco parceiros da Área de Livre Comércio (ALC) da associação – China, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Coreia do Sul – prevê a redução de tarifas e a abertura do comércio de serviços em todo o bloco. A Índia, que participou das negociações, decidiu não aderir nesta etapa pelas conseq...
Autoritarismo: a faca de dois gumes do Sudeste Asiático
Ásia, Bangladesh, Brunei, Camboja, China, Filipinas, Indonésia, Japão, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia, Vietnam

Autoritarismo: a faca de dois gumes do Sudeste Asiático

PAD Demonstration. Sukhumvit Road. Bangkok. 20th October 2008. A palavra diversidade pode definir o Sudeste Asiático. São tantos dialetos, etnias, povos e religiões em apenas 4.100.000 km², que se torna consenso a singularidade da região e de todo o subcontinente. A China de Mao Zedong, é um padrão que se repete atualmente no Sudeste Asiático, quando o governo autoritário deu os primeiros passos para erradicar a miséria e homogeneizar a população criando os esteios da China contemporânea. O processo foi impulsionado por Deng Xiaoping, em 1979, ao iniciar o a abertura do país para o mundo. Como um espelho, o sudeste asiático, marcado por países tão culturalmente diferentes vem convergindo em um padrão intrigante: democracias frágeis, governos autoritários e o desenvolvimento geral da ...