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Estados Unidos

COP26, é preciso ir além do aquecimento global
Américas, Ásia, China, Estados Unidos

COP26, é preciso ir além do aquecimento global

Fonte Wikipedia, novembro de 2021 O mundo está com os olhos sobre a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, também conhecida como COP26. Ocorrendo em Glasgow, na Escócia, é uma tentativa de avançar de forma mais contundente no compromisso de preservação ambiental. Esse objetivo é particularmente importante se considerarmos que a última COP fracassou na construção de metas mais ambiciosas. O principal objetivo da COP26 é a apresentação de propostas e a determinação dos compromissos sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa, que levam ao aquecimento global. No longo prazo o que se pretende é não ultrapassar o 1,5° de aquecimento até 2100, conforme proposto no Acordo de Paris. Ao colocarmos o foco da análise sobre o impacto da atividade humana sobre o...
China e Estados Unidos: a “Guerra Fria” do século XXI ?
Américas, Ásia, China, Estados Unidos

China e Estados Unidos: a “Guerra Fria” do século XXI ?

O ex-primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, recentemente “cantou a pedra”, segundo o analista David E. Sanger, do “New York Times” : “ uma Guerra Fria entre Pequim e Washington não é apenas possível, mas provável...” Esta declaração aguçou ainda mais as suspicácias dos analistas ocidentais. Segundo ele, é verdade “que a China está emergindo como um adversário estratégico muito maior do que a União Soviética jamais foi - uma ameaça tecnológica, uma ameaça militar e um rival econômico”. Para Sanger, “ao tempo em que Pequim está expandindo seu programa espacial, lançando mais três astronautas para sua estação espacial e acelerando seus testes de mísseis hipersônicos destinados a derrotar as defesas antimísseis americanas, os EUA anunciaram que fornecerão tecnologia de submarino nuclea...
Exercícios militares no mar do Japão, dois pesos, duas medidas
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Europa, Japão, Rússia

Exercícios militares no mar do Japão, dois pesos, duas medidas

Formas militares da China e Rússia durante a cerimônia de abertura dos exercícios militares do mar do Japão. Foto: Xinhua No dia 14 de outubro (2021), China e Rússia realizaram exercícios navais no Mar do Japão. A ação faz parte de exercícios conjuntos que se estenderam pelos dias seguintes. Em que pese o exercício ter ocorrido em águas internacionais e ser algo recorrente desde 2012, é possível ver várias críticas por parte de políticos e da imprensa. Do lado nipo-estadunidense o que se vê é uma crítica em relação à ameaça que tais exercícios criam, já que é entendido como uma pressão militar e diplomática sobre o Japão, especialmente considerando a disputa pelo controle das ilhas Senkaku (nome japonês) ou Diaoyu (nome chinês). As ilhas são controladas pelo Japão desde a II Guerra M...
A nova aliança militar entre EUA, Reino Unido e Austrália
Américas, Ásia, Austrália, China, Estados Unidos, Europa, Oceania, Reino Unido

A nova aliança militar entre EUA, Reino Unido e Austrália

Primeiro Ministro Britânico Boris Johnson, Presidente dos EUA Joe Biden e Primeiro Ministro da Austrália Scott Morrison (Foto montagem) No dia 15 de setembro, um pronunciamento feito pelo presidente Joe Biden, com a participação virtual dos primeiros-ministros britânico, Boris Johnson, e australiano, Scott Morrison, causou protestos da China e indignação na França: EUA e Reino Unido acordavam em repassar para Austrália a tecnologia necessária para a produção local de submarinos de propulsão nuclear. Os protestos chineses são compreensíveis. Afinal, embora o nome da China não tenha sido citado em nenhum momento, é óbvio que a posse de submarinos nucleares pela Austrália tem a finalidade de conter a emergente potência asiática, detentora da maior Marinha do mundo em quantidade de meios...
Vinte anos dos ataques de Onze de Setembro de 2001 aos Estados Unidos da América
Américas, Estados Unidos

Vinte anos dos ataques de Onze de Setembro de 2001 aos Estados Unidos da América

Para quem tem mais de trinta anos, 11 de setembro de 2001 é um dia inesquecível. Poucos são os eventos não relacionados às nossas vidas pessoais que ficam gravados na nossa memória de tal forma que nos lembramos exatamente do que estávamos fazendo quando recebemos a notícia. No meu caso há pessoal, apenas dois eventos desse tipo: a morte de Ayrton Senna e os atentados que hoje completam vinte anos. O impacto foi tamanho em razão dos 2.977 mortos, de 77 nacionalidades diferentes (inclusive 5 brasileiros) e cerca de 6 mil feridos, dos gigantescos prejuízos financeiros, da surpresa, do ineditismo, e porque, mesmo intuitivamente, as pessoas sabiam que a partir daquele momento, o mundo seria outro. Afinal, os Estados Unidos da América eram, à época, a única superpotência do planeta. Vivia...
Cemitério de impérios
Afeganistão, Américas, Ásia, China, Estados Unidos

Cemitério de impérios

Decolagem de avião da força aérea dos EUA no Aeroporto de Cabul A cena pareceu familiar aos norte-americanos. Um helicóptero de suas Forças Armadas sobrevoou a Embaixada dos EUA num país distante, recolheu passageiros para uma evacuação às pressas, enquanto o inimigo se aproximava por todos os lados. As tropas, depois de longa guerra, estão retornando para casa sem poder comemorar a vitória. As semelhanças entre a retirada de Saigon, ao fim da Guerra do Vietnã, e a retirada de Cabul no último domingo, 15 de agosto, marcando o fim da Guerra do Afeganistão, são óbvias e inescapáveis. Tudo aconteceu numa velocidade espantosa. Numa ofensiva de cerca de dez dias, o Taleban conquistou todas as capitais provinciais e chegou à capital do Afeganistão, Cabul. O presidente Ashraf Ghani fugiu pa...
Guerras cibernéticas: quem é o culpado?
Américas, Ásia, China, Estados Unidos, Europa, Rússia

Guerras cibernéticas: quem é o culpado?

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, declarou em 27/7/2021, durante uma visita ao diretor da Inteligência Nacional que “se acabarmos em uma guerra, uma verdadeira guerra de tiro com outra potência, será como consequência de uma violação cibernética”. Essa afirmação foi realizada após os Estados Unidos serem atacados ciberneticamente, que teve como uma de suas consequências a paralisação do oleoduto Colonial, o que resultou na interrupção de fornecimento de combustível em parte do país. Nesta ocasião a ameaça foi aberta, mas em outros momentos o governo Biden acusou diretamente dois países como os responsáveis por esse tipo de movimento: China e Rússia. Ainda que hoje os EUA sejam o país atacado, a verdade é que as ações cibernéticas são mais antigas e têm servido a diferentes propó...
O custo humanitário das sanções internacionais: o caso venezuelano
Américas, Estados Unidos, Venezuela

O custo humanitário das sanções internacionais: o caso venezuelano

Manifestantes venezuelanos contra o governo dos EUA. Foto REUTERS/Alexandre Meneghini As recentes manifestações em Cuba reabrem uma discussão importante nas relações internacionais: o uso de sanções comerciais como uma forma de política externa. O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou seu apoio ao povo cubano, mas não deu indicações de alteração da atual política de embargos. Em que pese a história e o simbolismo de Cuba no contexto da Guerra Fria, devemos nos lembrar que essa é uma política mais comum, como pode ser visto no caso da Venezuela. A duração das sanções e embargos aplicados sobre Cuba e Venezuela são mostras claras de seu fracasso como uma ação que busca alterar o comportamento de outro governo. Assim, além de não ter um resultado político efetivo, implica em um custo ...
Crônica da morte anunciada… ou a tragédia afegã
Afeganistão, Américas, Ásia, Estados Unidos

Crônica da morte anunciada… ou a tragédia afegã

Presidente do Afeganistão Ashraf Ghani em 2019 (REUTERS NO RESALES. NO ARCHIVE - RC142B0FF7F0) Ontem, 25/06, o Presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, acompanhado do seu Primeiro-Ministro e Presidente do Alto Conselho para a Reconciliação Nacional – e antagonista político – Abdullah Abdullah, encontraram-se na Casa Branca, com o Presidente Joe Biden para estabelecer um roteiro para o país após a partida das tropas americanas, fixadas para o dia 11 de setembro, data fatídica da tragédia do “World Trade Center”, aliás. Diante da convulsão político-social que se prenuncia com a partida do contingente americano, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, reafirmou o compromisso dos EUA com a governabilidade do país. Em comunicado, ela afirmou que “os Estados Unidos estão comprometidos em ap...
Os gastos mundiais com Defesa continuam crescendo, apesar da pandemia
Américas, Estados Unidos

Os gastos mundiais com Defesa continuam crescendo, apesar da pandemia

O Presidente Biden acaba de enviar ao Congresso norte-americano sua proposta de orçamento de Defesa para 2022[1]. O documento propõe um orçamento de US$ 752,9 bilhões, um aumento em cerca de 1,5% em relação aos gastos previstos para o corrente ano. Em perfeito alinhamento com o previsto na Estratégia de Defesa[2] do país, lançada em 2018, na qual a guerra ao terror perdeu importância e a competição entre Estados passou a ser a principal preocupação da segurança nacional norte-americana, a proposta orçamentária pretende dotar as forças armadas dos recursos necessários para se contrapor às ameaças representadas por China e Rússia. A contenção à China recebeu especial prioridade. A iniciativa chamada “Pacific Deterrence Initiative”, ou Inciativa de Dissuasão do Pacífico, recebe inv...