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Ásia

Ásia, Coréia do Sul, Europa, Indonésia, Irã, Malásia, Oriente Médio, Rússia, Ucrânia

Instrumentos financeiros como ferramentas de influência geopolítica

O sistema monetário e financeiro internacional sempre desempenhou um papel central na economia global, mas sua função vai muito além das transações comerciais e da estabilidade macroeconômica. Ao longo da história, esses mecanismos têm sido utilizados como ferramentas de influência política e geopolítica, servindo aos interesses de nações e blocos econômicos na busca por poder e controle. A aplicação de sanções econômicas, a manipulação de fluxos de capitais e a imposição de políticas financeiras restritivas são apenas alguns exemplos de como a estrutura financeira global pode ser instrumentalizada para atingir objetivos estratégicos. Em diferentes momentos, o uso dessas ferramentas não apenas impactou economias nacionais, mas também remodelou dinâmicas de poder em escala global. Três c...
Políticas energéticas dos países desenvolvidos: impactos na segurança energética global e no desenvolvimento dos países menos desenvolvidos
Américas, Ásia, Brasil, China, ONU, Organizações Internacionais, União Europeia

Políticas energéticas dos países desenvolvidos: impactos na segurança energética global e no desenvolvimento dos países menos desenvolvidos

As políticas energéticas adotadas por nações desenvolvidas desempenham um papel crucial na configuração da segurança energética global e influenciam diretamente o potencial de desenvolvimento dos países menos desenvolvidos. Essas políticas, frequentemente focadas na transição para fontes renováveis e na redução de emissões de carbono, podem gerar efeitos positivos e negativos em escala mundial. Nos últimos anos, países desenvolvidos têm intensificado esforços para descarbonizar suas economias, implementando políticas que promovem o uso de energias renováveis e a eficiência energética. Iniciativas como o Pacto Verde Europeu visam alcançar a neutralidade climática até 2050, estabelecendo metas ambiciosas de redução de emissões e investimento em tecnologias limpas. Essas ações buscam não a...
UEEA: uma alternativa estratégica para um mundo multipolar
Ásia, Cazaquistão, China, Europa, Rússia, UEEA - União Econômica Euroasiática

UEEA: uma alternativa estratégica para um mundo multipolar

A União Econômica Eurasiática (UEEA) é uma organização internacional que visa a integração econômica e comercial entre seus membros: Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Rússia. Criada oficialmente em 1º de janeiro de 2015, a UEEA tem como objetivo principal fortalecer a cooperação econômica regional, promovendo a livre circulação de bens, serviços, capitais e trabalhadores. Seu modelo de integração oferece uma alternativa às abordagens ocidentais, como a União Europeia (UE) e as parcerias comerciais lideradas pelos Estados Unidos, contribuindo para um equilíbrio maior na ordem internacional. A UEEA e sua relevância geopolítica A UEEA surge como um bloco essencial na geopolítica da Eurásia, promovendo uma estrutura que favorece a cooperação entre países que, historicamen...
Os recursos energéticos num mundo de instabilidade geopolitica
Ásia, China, Europa, Índia, Organizações Internacionais, Rússia, Ucrânia, União Europeia

Os recursos energéticos num mundo de instabilidade geopolitica

Os recursos energéticos desempenham um papel central na dinâmica geopolítica contemporânea, refletindo não apenas as necessidades de desenvolvimento econômico dos Estados, mas também suas ambições estratégicas. Em um contexto de crescente instabilidade global, caracterizado por conflitos regionais, rivalidades entre grandes potências e transformações na matriz energética mundial, a disputa por fontes de energia se intensifica, moldando alianças e desafiando o status quo internacional. O conceito de "segurança energética", amplamente discutido por autores como Daniel Yergin, assume dimensões renovadas diante das crises atuais, envolvendo não apenas a disponibilidade de recursos, mas também a acessibilidade, a sustentabilidade e a resiliência das cadeias de suprimento. As sanções impostas...
O neocolonislismo num mundo em mutação
África, Américas, Ásia, Banco Mundial, China, Estados Unidos, Europa, FMI, Nigéria, Organizações Internacionais, Oriente Médio, República Democrática do Congo, Rússia, Turquia, União Europeia

O neocolonislismo num mundo em mutação

O neocolonialismo, entendido como a perpetuação de influências políticas, econômicas e culturais das antigas potências coloniais sobre os países do Sul Global, mantém-se como uma realidade incontestável em um mundo marcado por transformações geopolíticas e tecnológicas. Embora a descolonização formal tenha ocorrido ao longo do século XX, a dependência estrutural de muitas ex-colônias persiste, evidenciando uma continuidade das dinâmicas de exploração sob novas formas. Grandes potências, como Estados Unidos, China e União Europeia, exercem influência por meio de investimentos diretos, acordos comerciais e estratégias de soft power, moldando as economias e as decisões políticas de nações emergentes. A teoria da dependência, formulada por autores como Raúl Prebisch e Theotonio dos Santos, ...
Impactos sobre os BRICS no contexto de expansão dos seus membros e o governo Trump
Américas, Ásia, Brasil, China, Estados Unidos, Europa, Índia, Rússia

Impactos sobre os BRICS no contexto de expansão dos seus membros e o governo Trump

Os BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, enfrentam desafios e oportunidades em um cenário global marcado pela recente expansão do grupo e pela possível volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. A ampliação do bloco, que incorporou novos membros como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Irã, reflete um movimento estratégico para aumentar sua representatividade global e reduzir a dependência das instituições ocidentais. No entanto, essa expansão também introduz complexidades, considerando as divergências geopolíticas entre os novos e antigos membros, além das diferenças em interesses econômicos e políticos. Uma eventual presidência de Trump pode gerar impactos significativos na coesão e nas estratégias dos BRICS, uma vez q...
Global South num mundo em mutação e fragmentação
Américas, Brasil, China, Estados Unidos

Global South num mundo em mutação e fragmentação

A crescente fragmentação da ordem internacional contemporânea tem imposto desafios e oportunidades ao Global South, termo utilizado para designar um conjunto heterogêneo de países em desenvolvimento situados majoritariamente na América Latina, África e Ásia. A ascensão de novas potências, o enfraquecimento das instituições multilaterais e a intensificação de disputas geopolíticas entre potências tradicionais e emergentes impactam diretamente esses países, que buscam reposicionar-se em um sistema internacional cada vez mais multipolar e complexo. As transformações em curso estão relacionadas à crise da globalização liberal, ao ressurgimento de políticas protecionistas e ao aumento da rivalidade entre Estados Unidos e China, fatores que geram novas dinâmicas de poder e obrigações estratég...
Forças centrípetas e centrífugas da globalização: a prevalência do fechamento em tempos de desglobalização
Américas, Ásia, Brasil, China, Estados Unidos

Forças centrípetas e centrífugas da globalização: a prevalência do fechamento em tempos de desglobalização

A globalização, em sua essência, sempre esteve imersa em um jogo de forças contraditórias que moldam o destino das nações e das sociedades. Celso Lafer, em suas análises sobre a política internacional, destacou a coexistência de forças centrípetas, que promovem integração e interdependência, e forças centrífugas, que impulsionam fragmentação e fechamento. Este embate, que ao longo do século XX e início do século XXI oscilou entre momentos de colaboração e conflito, parece ter entrado em um ciclo particularmente inclinado à desglobalização. Ao analisarmos o ano que se encerra, o panorama internacional aponta para um mundo onde as forças centrífugas assumiram um protagonismo inquietante, redefinindo as bases da economia global e das relações entre os povos. As forças centrípetas da global...
Desenvolvimento sustentável no BRICS: um caminho independente para um futuro equilibrado
África, África do Sul, Américas, Ásia, Brasil, BRICS, China, Índia, Organizações Internacionais

Desenvolvimento sustentável no BRICS: um caminho independente para um futuro equilibrado

A Declaração de Kazan, resultante da XVI Cúpula do BRICS realizada em outubro de 2024, enfatiza a necessidade de fortalecer o multilateralismo para promover um desenvolvimento global justo e sustentável. Os países membros — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — reconhecem a importância de adotar um caminho independente que equilibre as demandas de desenvolvimento econômico com a urgência de enfrentar as mudanças climáticas. Historicamente, as nações desenvolvidas foram as principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa, contribuindo significativamente para o aquecimento global. No entanto, as nações em desenvolvimento, incluindo os países do BRICS, enfrentam o desafio de crescer economicamente enquanto implementam práticas sustentáveis. A Declaração de Kazan re...
Aquecimento global e desenvolvimento: a COP e o dilema dos países emergentes entre economia e sustentabilidade
África, África do Sul, Américas, Ásia, Brasil, BRICS, China, Índia, Organizações Internacionais

Aquecimento global e desenvolvimento: a COP e o dilema dos países emergentes entre economia e sustentabilidade

A Conferência das Partes (COP), principal fórum de negociação climática das Nações Unidas, promove discussões essenciais sobre as mudanças climáticas e o aquecimento global. Contudo, à medida que países de todo o mundo discutem metas de redução de emissões, surge um dilema significativo: como equilibrar as urgentes demandas ambientais com as necessidades econômicas e de desenvolvimento dos países, especialmente aqueles em desenvolvimento? Esse equilíbrio é particularmente relevante, pois essas nações enfrentam o desafio de crescer economicamente enquanto implementam práticas sustentáveis, numa época em que suas economias ainda dependem de setores intensivos em carbono. Historicamente, os países desenvolvidos são os maiores emissores de gases de efeito estufa. A industrialização da Europ...