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Estados Unidos

O Ártico para além da geopolítica
Canadá, Estados Unidos, Rússia

O Ártico para além da geopolítica

Pesquisas recentes indicam que o buraco da camada de ozônio diminuiu no Hemisfério Sul, porém se abriu no Hemisfério Norte. Para se ter uma ideia, o aquecimento global na região é duas vezes mais intenso do que a média global. Além dos possíveis impactos ambientais, essa é uma região que deverá chamar mais a atenção do mundo. A Região Ártica é reconhecida como a região do Hemisfério Norte no qual a temperatura média do mês mais quente do ano não ultrapassa os 10ºC. Projeções indicam que haja algo em torno de US$ 35 trilhões  em reservas de gás e petróleo na região, além de outros recursos minerais. Em função disto, há uma disputa entre os países da região em termos de domínio pelos recursos. Diversos países fazem “fronteira” com a região ártica. Os dois países com maior fronteir...
A importância das Ilhas Malvinas para o Brasil
Américas, Argentina, Brasil, Estados Unidos, Reino Unido

A importância das Ilhas Malvinas para o Brasil

Mapa dae posicionamento das Ilhas Malvinas/Falklands No final de 2019 começou a operação de uma rota aérea comercial entre São Paulo e as Ilhas Malvinas. Esse vôo não é simplesmente o lançamento de mais uma rota para exploração comercial, mas mais um passo – quase que simbólico – sobre uma mudança importante que vem ocorrendo entre a Argentina e as Ilhas Malvinas (ou Falklands, a depender do ponto de vista). Durante os 12 anos dos governos Néstor Kirchner e Cristina Fernández (2003 a 2015) a relação entre a Argentina e o Reino Unido, entorno das Malvinas/Flaklands era mais dependente da discussão da soberania e da militarização crescente do Atlântico Sul. Já sob o governo de Mauricio Macri houve uma tendência à mudança desta forma de relacionamento. Já em 2016 foi celebrado o acordo ...
A Pax Americana e os talebans
Afeganistão, Estados Unidos

A Pax Americana e os talebans

Após meses de intensas e por vezes dramáticas negociações em Doha, no Qatar, as autoridades americanas e os representantes dos Talebans assinaram no sábado passado, um acordo que visa acabar com a guerra mais longa da história militar dos Estados Unidos, viabilizando a retirada gradual, dentro de treze meses, de suas tropas e das dos demais países-membros da OTAN, do Afeganistão. Conforme se recorda, elas invadiram o país em 07 de outubro de 2001, na esteira dos ataques da Al Qaeda ao “World Trade Center”, em 11 de setembro daquele ano. Num primeiro estágio, o acordo viabilizará a libertação e a troca de seis mil prisioneiros, nos próximos 135 dias, no que é considerado como “a meaningful reduction of violence". A elas seguirão as negociações entre as próprias facções afegãs, que devem ...
UE x EUA x RPC = Hwawei/BR (?)
Américas, Brasil, China, Estados Unidos

UE x EUA x RPC = Hwawei/BR (?)

Da solução desta (im)possível equação depende o futuro da tecnologia e, por extensão, da geoeconomia neste século. Trocando em miúdos, ela demonstra (c.q.d.) a disputa entre a União Europeia, os Estados Unidos e a República Popular da China pela tecnologia 5G, que definirá o futuro do planeta, segundo os analista O mega-magnata húngaro-americano George Soros, conhecido por seu apoio às causas políticas progressistas e liberais, para as quais distribui doações por meio de sua fundação – a “Open Society Foundation” - e que teve um papel influente no colapso do comunismo na Europa Oriental, já se manifestou. Referindo-se à reunião de Cúpula entre o presidente chinês, Xi Jinping com vinte e sete chefes de Estado e de governo europeus prevista para setembro deste ano, em Leipzig, alerta: “Ne...
Conflito EUA-Irã: bravatas de Trump e riscos para Otan e Brasil
Américas, Brasil, Estados Unidos, Irã, Iraque, Oriente Médio, Rússia

Conflito EUA-Irã: bravatas de Trump e riscos para Otan e Brasil

O ano de 2020 apenas começou e o presidente estadunidense Donald Trump já fez o mundo tremer. Em 03 de janeiro último as forças armadas dos Estados Unidos executaram uma ousada e espetacular operação militar no entorno do aeroporto internacional de Bagdá no Iraque. Os mísseis lançados por uma aeronave não tripulada e operada de solo americano – o MQ-9 Reaper, ou ceifador – culminaram na morte de seis pessoas, entre elas o todo-poderoso Major General iraniano Qassim Soleimani e o Primeiro-tenente iraquiano e paramilitar foragido Abu Mahdi al Muhandis. O assassinato de Soleimani coloca fim a um breve hiato de paz no Iraque e descortina uma nova etapa do conflito no Oriente Médio. Chefes de estado e governo, oficiais militares e legações diplomatas ao redor do mundo se mostraram estarrecidos ...
Donald Trump e a questão iraniana: beco sem saída?
Afeganistão, África, Arábia Saudita, Estados Unidos, Irã, Iraque, Oriente Médio

Donald Trump e a questão iraniana: beco sem saída?

A mais recente façanha no longo “imbroglio” dos Estados Unidos com o Oriente Médio islâmico acaba de acontecer através de um “drone”- o "MQ-9 Reaper -, lançado, por ordem direta de Donald Trump (D.T.), do solo americano, em resposta à quase invasão da Embaixada americana em Bagdá, motivo imediato alegado. Com isto, os EUA alcançaram a “proeza” de matar o general iraniano Qassem Suleimani, quando ele desembarcava no aeroporto de Bagdá. E com ele outras importantes personalidades do estamento militar iraniano e iraquiano. Como todos nós estamos informados, Suleimani não era um general qualquer, mas o líder da “misteriosa” Força Quds, falange de elite da Guarda Revolucionária do Irã, criada ainda em 1980 – portanto, apenas um ano após a chegada do clero xiita ao poder em Teerã – e vinculad...
A parálise da OMC ou o fim da ordem econômica mundial que conhecemos
Américas, Arábia Saudita, Banco Mundial, Brasil, China, Estados Unidos, Estudos, Europa, FMI, França, GATT, OIC, OMC, Organizações Internacionais, Rússia

A parálise da OMC ou o fim da ordem econômica mundial que conhecemos

Prédio da OMC, em Genebra A recente e profunda crise da Organização Mundial do Comércio (OMC) é apenas o mais recente sinal do definhamento da ordem econômica mundial. Em artigo de opinião recentemente publicado pelo Washington Post, o professor em política internacional Daniel Drezner antevê o fim da ordem econômica liberal como a conhecemos.[i] De fato há indícios que a economia mundial entra em uma a nova (des)ordem econômica baseada no protecionismo. Não se trata somente do fim do liberalismo como arrazoado pelo Prof. Drezner, corremos também o risco de chegar ao fim do princípio da cooperação econômica. A ordem econômica mundial que conhecemos foi forjada a ferro e fogo ao término da segunda Guerra Mundial e expandida desde o fim da guerra fria. Colocada em marcha no ocidente a par...
O “affair” Xi Jinping @ Vladimir Putin
China, Estados Unidos, Rússia

O “affair” Xi Jinping @ Vladimir Putin

Oleodutos russos, destaque para "Power of Siberia" Por anos – e haja anos... – a China e a Rússia/URSS foram os “melhores inimigos”. Irmãos de fé ideológica, separava-os o que embasa muitos relacionamentos entre as nações: a disputa pelo poder. Ou seja, o credo comunista não foi suficiente para matizar tal realidade geopolítica. As raízes deste conflito remontam à época em que Mao Zedong e suas tropas entraram na Cidade Proibida, em outubro de 1949. Cabe recordar, aliás, que naquele momento Moscou apoiava o governo nacionalista de Chiang Kai-shek, que os maoístas “expulsaram” para Taiwan. Além do mais, Mao tinha marcado distância à ortodoxia ideológica soviética e desenvolvido a sua própria, baseada mais nas condições do campesinato chinês do que no operariado urbano da URSS. A vi...
A saga – ou quebra-cabeças – da Síria…
Estados Unidos, Irã, Oriente Médio, Rússia, Síria, Turquia

A saga – ou quebra-cabeças – da Síria…

Donald Trump decidiu, em sua "grande e inigualável sabedoria" (sic), ordenar a retirada das tropas americanas do norte da Síria e encerrar o que qualificou de “uma guerra sem fim”. Com isto entregou a aliada “Forças Democráticas da Síria” (FDS), milícia curda que controla parte da fronteira entre a Síria e a Turquia e detém em cativeiro milhares de membros do Estado Islâmico junto com suas famílias, à sua própria sorte. Lembremo-nos de que os EUA e as FDS têm sido parceiros na luta contra o grupo extremista que hoje se encontra quase derrotado. A decisão de D.T. desencadeou, internamente, uma série de reações do parlamento norte-americano. O seu confronto com os membros do Partido Democrata alcançou grande contundência quando num “briefing” para os membros da Câmara dos Representantes, ...
Lições da história: o dilema afegão
Afeganistão, Estados Unidos

Lições da história: o dilema afegão

O “The Economist” publicou uma matéria que o Estadão replicou, ontem, sobre o dilema com que se confrontam os americanos sobre se devem, ou não, permanecer por mais tempo no Afeganistão. É importante recordar que uma das promessas de campanha de Donald Trump à presidência dos EUA, em 2016, foi a retirada total das tropas americanas. Ele afirmava, então, que os Estados Unidos haviam cometido "um terrível erro ao se envolverem no Afeganistão". Uma vez no poder, porém, D.T. autorizou a permanência e o incremento do efetivo das tropas. Como resultado, os Estados Unidos ainda sediam um contingente de cerca de 14.000 militares no solo afegão. Vale recordar que a presença desse contingente, e dos de outros países ocidentais que ainda estão estacionados no Afeganistão, já data de dezembro de...