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Autor: Rodrigo Cintra

Pós-Doutor em Competitividade Territorial e Indústrias Criativas, pelo Dinâmia – Centro de Estudos da Mudança Socioeconómica, do Instituto Superior de Ciencias do Trabalho e da Empresa (ISCTE, Lisboa, Portugal). Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2007). É Diretor Executivo do Mapa Mundi. ORCID https://orcid.org/0000-0003-1484-395X
A transição energética no Brasil: oportunidades e riscos para o desenvolvimento sustentável
Américas, Brasil, Temas Globais

A transição energética no Brasil: oportunidades e riscos para o desenvolvimento sustentável

A transição energética representa um dos principais desafios globais no século XXI, especialmente no contexto das mudanças climáticas e da busca por um desenvolvimento sustentável. O Brasil, com sua vasta riqueza natural e um histórico relevante de investimentos em energias renováveis, desponta como um país estratégico nesse processo. Contudo, as oportunidades proporcionadas por essa transição são acompanhadas de riscos que precisam ser enfrentados para garantir uma economia equilibrada e resiliente. Uma das maiores oportunidades da transição energética no Brasil está na diversificação da matriz energética. O país, que historicamente depende da hidroeletricidade como principal fonte de energia, tem ampliado sua atuação em outras áreas, especialmente na geração de energia solar e eólica....
Disputa entre Venezuela e Guiana pelo Essequibo: contexto, tensões e cenários futuros
Américas, Guiana, Venezuela

Disputa entre Venezuela e Guiana pelo Essequibo: contexto, tensões e cenários futuros

A disputa territorial pelo Essequibo remonta a mais de um século, envolvendo Venezuela e Guiana em um conflito diplomático de alta complexidade. A região do Essequibo, rica em petróleo e minerais, representa cerca de 70% do território da Guiana e tem sido reivindicada pela Venezuela, que considera inválida a decisão de arbitragem de 1899, que deu o controle da área à Guiana Britânica (atual Guiana). Em 1899, um tribunal internacional estabeleceu as fronteiras entre Venezuela e a então Guiana Britânica, outorgando à Guiana o território do Essequibo. A Venezuela, no entanto, afirma que a decisão foi injusta e influenciada por interesses britânicos, e desde então tem mantido sua reivindicação territorial. Esse imbróglio voltou a ganhar destaque no século XXI, especialmente após a descobert...
Brasil e Argentina: desafios e oportunidades nas relações bilaterais
Américas, Argentina, Brasil

Brasil e Argentina: desafios e oportunidades nas relações bilaterais

O relacionamento entre Brasil e Argentina, historicamente caracterizado por uma complexa mistura de cooperação e rivalidade, vive um momento de redefinição. Recentemente, os dois países têm enfrentado desafios significativos, tanto no âmbito econômico quanto no político, que afetam diretamente a dinâmica bilateral. Essas relações são moldadas por mudanças políticas em ambos os países e por um cenário econômico regional que impõe pressões adicionais sobre as economias sul-americanas. A eleição de um novo presidente na Argentina trouxe expectativas de um ajuste nas relações bilaterais. Com a posse de Javier Milei, um economista com posições liberais e críticas ao intervencionismo estatal, surgiram incertezas sobre o futuro da parceria com o Brasil, especialmente considerando as declaraçõe...
Relações EUA-China: tensões e perspectivas após visita de Jake Sullivan a Pequim
Américas, Ásia, China, Estados Unidos

Relações EUA-China: tensões e perspectivas após visita de Jake Sullivan a Pequim

As relações entre Estados Unidos e China continuam complexas e voláteis, refletindo disputas geopolíticas, econômicas e tecnológicas entre as duas maiores economias do mundo. A recente visita de Jake Sullivan, Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, a Pequim trouxe novos elementos para essa dinâmica. Em encontros com autoridades chinesas de alto escalão, Sullivan abordou temas críticos, incluindo comércio, segurança cibernética, mudanças climáticas, e direitos humanos, além de questões sensíveis como Taiwan e o Mar do Sul da China. Esta visita ocorreu em um momento estratégico, visando estabilizar as relações, mas também evidenciou profundas desconfianças mútuas. A curto prazo, a visita de Sullivan ajudou a reabrir canais de comunicação que estavam enfraquecidos, oferecendo uma plata...
Venezuela: desafios e perspectivas após as eleições
Américas, Argentina, Ásia, Brasil, China, Colômbia, Estados Unidos, Europa, México, Organizações Internacionais, Rússia, União Europeia, Venezuela

Venezuela: desafios e perspectivas após as eleições

A Venezuela vive um momento delicado após as últimas eleições, marcadas por controvérsias e polarização política. No cenário doméstico, o ambiente continua tenso, com o governo e a oposição apresentando visões opostas sobre o futuro do país. As eleições, vistas por muitos como uma tentativa de renovação democrática, foram criticadas por setores da oposição e observadores internacionais devido a questões sobre transparência e equidade no processo eleitoral. No ambiente doméstico, o governo tem enfatizado a legitimidade do processo eleitoral, apontando as eleições como uma vitória da soberania nacional e uma demonstração de que o país está em um caminho de estabilidade e reconstrução. As manifestações do governo destacam o fortalecimento das instituições venezuelanas e a continuidade dos ...
Crimeia em foco: os objetivos e os obstáculos da Plataforma da Crimeia
Europa, Rússia, Ucrânia

Crimeia em foco: os objetivos e os obstáculos da Plataforma da Crimeia

A Plataforma da Crimeia é uma iniciativa diplomática internacional liderada pela Ucrânia, com o objetivo de coordenar os esforços globais para reverter a anexação da península da Crimeia pela Rússia, ocorrida em 2014. Para entender a importância desta plataforma, é necessário contextualizar a anexação: em fevereiro de 2014, após protestos em massa na Ucrânia que levaram à queda do presidente ucraniano Viktor Yanukovych, forças militares russas entraram na Crimeia, uma região estratégica com uma população majoritariamente russa. A Rússia organizou um referendo, no qual a maioria dos votos apoiou a anexação à Federação Russa. A comunidade internacional, no entanto, considerou o referendo ilegítimo, citando a presença militar russa e a falta de transparência no processo. Desde então, a Ucr...
O futuro das relações EUA-América Latina: caminhos divergentes sob Trump ou Harris
Américas, Brasil, Estados Unidos

O futuro das relações EUA-América Latina: caminhos divergentes sob Trump ou Harris

As eleições dos Estados Unidos são sempre um evento de grande impacto global, e a vitória de Donald Trump ou Kamala Harris teria repercussões significativas nas relações dos EUA com a América Latina em geral e com o Brasil em particular. Se Donald Trump vencer as eleições, é provável que ele continue ou intensifique a sua abordagem nacionalista e de linha dura, características de seu primeiro mandato. Uma das principais tendências seria a continuidade de políticas rígidas de imigração. Trump tem historicamente defendido o endurecimento das fronteiras e a implementação de políticas restritivas contra imigrantes, muitas vezes direcionadas especificamente aos países latino-americanos. Isso poderia exacerbar tensões com várias nações da região, especialmente aquelas que dependem economicame...
O impasse na Cimeira de Paz na Suíça: divergências do Sul Global e o conflito na Ucrânia
Américas, Arábia Saudita, Ásia, Brasil, China, Europa, Índia, Oriente Médio, Rússia, Ucrânia

O impasse na Cimeira de Paz na Suíça: divergências do Sul Global e o conflito na Ucrânia

A recente cimeira de paz sobre a Ucrânia, realizada na Suíça, destacou as complexas dinâmicas geopolíticas e as divergências de interesses que marcam o cenário internacional, particularmente quando se considera o posicionamento dos países do Sul Global. O fracasso dessa cimeira em alcançar um consenso reflete não apenas as dificuldades em encontrar uma solução para o conflito, mas também a multiplicidade de interesses que esses países têm em jogo, o que vai além da simples cooperação com a Ucrânia e se estende a um ordenamento internacional mais amplo. A cimeira reuniu representantes de diversas nações, incluindo potências emergentes como China, Brasil, Índia e Arábia Saudita. Esses países, embora unidos sob a bandeira do Sul Global, não compartilham necessariamente a mesma visão sobre ...
Duplos padrões na política global: o dilema entre Irã e Israel
Américas, Ásia, Estados Unidos, Irã, Israel, Oriente Médio, Paquistão

Duplos padrões na política global: o dilema entre Irã e Israel

A declaração recente do ministro das Relações Exteriores do Irã, classificando como hipócrita a posição do chamado "Grupo dos 3" – composto pelos Estados Unidos, Reino Unido e França – em relação a um possível ataque iraniano a Israel, revela uma tensão profunda nas relações internacionais e a prática recorrente de padrões duplos na política global. O ministro criticou o fato de esses países pedirem ao Irã que se abstenha de atacar Israel, sem fazerem o mesmo pedido para que Israel interrompa seus ataques e políticas agressivas contra os palestinos. Esse tipo de crítica não é novo, mas ganha relevância em momentos de alta tensão no Oriente Médio. A posição do Irã se sustenta na percepção de que existe um tratamento desigual para situações que, do ponto de vista deles, são essencialmente...
Caminhos para a Venezuela: cenários e a posição dos países diante da crise eleitoral
Américas, Ásia, Brasil, Chile, China, Estados Unidos, Europa, Índia, México, Organizações Internacionais, Rússia, União Europeia, Venezuela

Caminhos para a Venezuela: cenários e a posição dos países diante da crise eleitoral

As eleições na Venezuela têm sido objeto de grande controvérsia internacional, com países adotando posições divergentes baseadas em seus interesses geopolíticos e visões ideológicas. Os Estados Unidos mantêm uma postura intransigente contra o governo de Nicolás Maduro, denunciando as eleições como fraudulentas e impondo sanções econômicas pesadas. Washington apoia Juan Guaidó como presidente interino, com o objetivo de pressionar por uma transição democrática. A Rússia, por outro lado, sustenta Maduro, argumentando que a interferência externa viola a soberania venezuelana e representa uma ameaça à estabilidade global. A China, interessada em proteger seus investimentos em infraestrutura e petróleo na Venezuela, apoia Maduro e se opõe a qualquer intervenção estrangeira, defendendo o prin...