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Américas

Brasil fortalece cooperação militar com múltiplos parceiros para ampliar autonomia estratégica
Américas, Argentina, Brasil, Estados Unidos, Europa, Naníbia, Rússia, Suécia

Brasil fortalece cooperação militar com múltiplos parceiros para ampliar autonomia estratégica

A cooperação técnico-militar do Brasil tem se caracterizado por uma estratégia de diversificação de parcerias internacionais, abrangendo nações de diferentes continentes e fortalecendo a capacidade de defesa nacional. Atualmente, o país mantém colaborações significativas com países como Rússia, Namíbia, Suécia e Argentina, além de promover exercícios conjuntos que envolvem potências globais como Estados Unidos e China. A parceria com a Rússia destaca-se pela transferência de tecnologia e aquisição de sistemas de defesa aérea, como as baterias Pantsir. Essa colaboração visa aprimorar a capacidade de defesa antiaérea brasileira, proporcionando acesso a tecnologias avançadas e fortalecendo a indústria de defesa nacional. No continente africano, a cooperação com a Namíbia é exemplar. Des...
Políticas energéticas dos países desenvolvidos: impactos na segurança energética global e no desenvolvimento dos países menos desenvolvidos
Américas, Ásia, Brasil, China, ONU, Organizações Internacionais, União Europeia

Políticas energéticas dos países desenvolvidos: impactos na segurança energética global e no desenvolvimento dos países menos desenvolvidos

As políticas energéticas adotadas por nações desenvolvidas desempenham um papel crucial na configuração da segurança energética global e influenciam diretamente o potencial de desenvolvimento dos países menos desenvolvidos. Essas políticas, frequentemente focadas na transição para fontes renováveis e na redução de emissões de carbono, podem gerar efeitos positivos e negativos em escala mundial. Nos últimos anos, países desenvolvidos têm intensificado esforços para descarbonizar suas economias, implementando políticas que promovem o uso de energias renováveis e a eficiência energética. Iniciativas como o Pacto Verde Europeu visam alcançar a neutralidade climática até 2050, estabelecendo metas ambiciosas de redução de emissões e investimento em tecnologias limpas. Essas ações buscam não a...
O complexo industrial-militar e a importância estratégica dos minerais críticos para o Brasil
Américas, Brasil

O complexo industrial-militar e a importância estratégica dos minerais críticos para o Brasil

O complexo industrial-militar representa a interdependência entre as forças armadas e a indústria de defesa de um país, abrangendo desde a pesquisa e desenvolvimento até a produção de equipamentos militares avançados. Para nações que buscam autonomia tecnológica e segurança nacional, como o Brasil, investir nesse complexo é uma questão estratégica de grande relevância. O desenvolvimento e a manutenção de um complexo industrial-militar robusto dependem diretamente do acesso a minerais críticos e estratégicos. Esses recursos são essenciais para a fabricação de tecnologias avançadas, incluindo sistemas de comunicação, armamentos de precisão e veículos militares de última geração. No Brasil, minerais como nióbio, terras raras, grafite e lítio desempenham papel fundamental nesse contexto. ...
Síria entre minorias e potências: o mosaico religioso e a disputa global pelo futuro do país
Américas, Estados Unidos, Europa, Irã, Oriente Médio, Rússia, Síria, Turquia

Síria entre minorias e potências: o mosaico religioso e a disputa global pelo futuro do país

A Síria é um país moldado por sua diversidade. Lar de árabes sunitas, alauítas, xiitas, drusos, cristãos e curdos, entre outros grupos, sua identidade se construiu ao longo dos séculos em meio a tensões e períodos de convivência pacífica. No entanto, a complexidade dessa estrutura social se tornou um dos fatores centrais da guerra civil que devastou o país por mais de uma década. O conflito não apenas aprofundou divisões internas, mas também transformou a Síria em um campo de disputa entre grandes potências globais, cada uma buscando influenciar seu futuro. Este artigo percorre essa trajetória, explorando primeiro as minorias que compõem a sociedade síria, depois os desdobramentos da guerra e, por fim, o papel das potências mundiais na luta pelo controle da região.A Síria é um mosaico de g...
A influência dos EUA na América Latina e a importância do multilateralismo para o Brasil
Américas, Brasil, Estados Unidos

A influência dos EUA na América Latina e a importância do multilateralismo para o Brasil

Ao longo dos séculos XIX e XX, os Estados Unidos exerceram significativa influência na América Latina por meio de intervenções diretas e indiretas, sanções econômicas e ações unilaterais que frequentemente desconsideraram mecanismos multilaterais. Essa postura impactou profundamente a região, incluindo o Brasil, que vê no multilateralismo uma via mais estável e equilibrada para as relações internacionais. A Doutrina Monroe, proclamada em 1823, marcou o início da política dos EUA de afastar influências europeias do continente americano. No entanto, essa doutrina também serviu de base para intervenções norte-americanas em países latino-americanos, justificando ações destinadas a proteger interesses econômicos e políticos dos EUA na região. Durante o século XX, especialmente no contexto...
Neocolonialismo moderno: como UE e EUA controlam matérias-primas globais
África, Américas, Estados Unidos, Mali, Mercosul, Organizações Internacionais, República Democrática do Congo, União Europeia

Neocolonialismo moderno: como UE e EUA controlam matérias-primas globais

A União Europeia (UE) tem adotado uma postura cada vez mais assertiva na busca por garantir o acesso a matérias-primas essenciais para sua transição ecológica e digital. No entanto, as estratégias utilizadas por Bruxelas têm sido criticadas por refletirem um comportamento neocolonial, em que o controle econômico e político sobre nações ricas em recursos é exercido de forma desigual. Essa dinâmica é amplificada pelo alinhamento estratégico entre a UE e os Estados Unidos, o que reforça um modelo de exploração que favorece as potências ocidentais. A dependência crítica da UE e sua resposta estratégica A União Europeia é altamente dependente da importação de matérias-primas estratégicas, como lítio, cobalto, níquel e terras raras, fundamentais para a produção de baterias, semicondutores ...
História repetida? Como os EUA assumem o controle nas negociações de paz
Américas, Estados Unidos, Europa, Organizações Internacionais, OTAN, Rússia, Ucrânia, União Europeia

História repetida? Como os EUA assumem o controle nas negociações de paz

Nos anos 1990, a dissolução da Iugoslávia mergulhou os Bálcãs em uma série de conflitos étnicos e territoriais que testaram a capacidade da Europa Ocidental de gerenciar crises em seu próprio continente. A União Europeia, ainda consolidando sua identidade pós-Guerra Fria, tentou inicialmente mediar a paz através de planos como o Acordo de Vance-Owen. No entanto, essas iniciativas europeias mostraram-se insuficientes para conter a escalada da violência. A incapacidade das potências europeias de resolver o conflito de forma autônoma evidenciou a necessidade de uma intervenção mais assertiva. Foi nesse contexto que os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Bill Clinton, assumiram um papel decisivo. Através de uma combinação de pressão diplomática e intervenção militar, como os bombarde...
O neocolonislismo num mundo em mutação
África, Américas, Ásia, Banco Mundial, China, Estados Unidos, Europa, FMI, Nigéria, Organizações Internacionais, Oriente Médio, República Democrática do Congo, Rússia, Turquia, União Europeia

O neocolonislismo num mundo em mutação

O neocolonialismo, entendido como a perpetuação de influências políticas, econômicas e culturais das antigas potências coloniais sobre os países do Sul Global, mantém-se como uma realidade incontestável em um mundo marcado por transformações geopolíticas e tecnológicas. Embora a descolonização formal tenha ocorrido ao longo do século XX, a dependência estrutural de muitas ex-colônias persiste, evidenciando uma continuidade das dinâmicas de exploração sob novas formas. Grandes potências, como Estados Unidos, China e União Europeia, exercem influência por meio de investimentos diretos, acordos comerciais e estratégias de soft power, moldando as economias e as decisões políticas de nações emergentes. A teoria da dependência, formulada por autores como Raúl Prebisch e Theotonio dos Santos, ...
Impactos sobre os BRICS no contexto de expansão dos seus membros e o governo Trump
Américas, Ásia, Brasil, China, Estados Unidos, Europa, Índia, Rússia

Impactos sobre os BRICS no contexto de expansão dos seus membros e o governo Trump

Os BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, enfrentam desafios e oportunidades em um cenário global marcado pela recente expansão do grupo e pela possível volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. A ampliação do bloco, que incorporou novos membros como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Irã, reflete um movimento estratégico para aumentar sua representatividade global e reduzir a dependência das instituições ocidentais. No entanto, essa expansão também introduz complexidades, considerando as divergências geopolíticas entre os novos e antigos membros, além das diferenças em interesses econômicos e políticos. Uma eventual presidência de Trump pode gerar impactos significativos na coesão e nas estratégias dos BRICS, uma vez q...
Global South num mundo em mutação e fragmentação
Américas, Brasil, China, Estados Unidos

Global South num mundo em mutação e fragmentação

A crescente fragmentação da ordem internacional contemporânea tem imposto desafios e oportunidades ao Global South, termo utilizado para designar um conjunto heterogêneo de países em desenvolvimento situados majoritariamente na América Latina, África e Ásia. A ascensão de novas potências, o enfraquecimento das instituições multilaterais e a intensificação de disputas geopolíticas entre potências tradicionais e emergentes impactam diretamente esses países, que buscam reposicionar-se em um sistema internacional cada vez mais multipolar e complexo. As transformações em curso estão relacionadas à crise da globalização liberal, ao ressurgimento de políticas protecionistas e ao aumento da rivalidade entre Estados Unidos e China, fatores que geram novas dinâmicas de poder e obrigações estratég...