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Brasil

A anti política externa de Bolsonaro
Américas, Brasil, Estados Unidos, Israel, Oriente Médio

A anti política externa de Bolsonaro

A política externa não é comumente chamada de Política de Estado à toa. Mais do que expressar os anseios mais imediatos do presidente, ela se foca nos interesses mais profundos do país. Trata-se de um complexo intrincado de ações e compromissos, delicadamente construídos ao longo do tempo. O governo Bolsonaro, pelo visto com o apoio explícito do chanceler Ernesto Araujo, está ignorando essa ideia e tratando a política externa como uma plataforma político-ideológica. Só que, neste caso, as consequências não esperam. No início do governo o presidente Bolsonaro declarou que mudaria a embaixada brasileira para Jerusalém. Essa foi uma forma de mostrar o alinhamento internacional com os Estados Unidos, mas apenas parece ter considerado essa agenda, ignorando as demais consequências. No fin...
O início do mundo incerto
Américas, Brasil, China, Estados Unidos, Índia, Japão, Rússia, Venezuela

O início do mundo incerto

Desde o final da II Guerra Mundial o mundo vem construindo um sistema com perfil multilateral. Iniciando com as instituições de Bretton Woods (Fundo Monetário Internacional - FMI; Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD; e Organização Internacional do Comércio - OIC, logo substituída pelo Acordo Geral de Tarifas e Comércio - GATT), o que vimos foi a criação de diversas organizações e tratados internacionais capazes de orientar o comportamento dos atores internacionais nas mais diversas áreas. O ápice deste movimento ocorreu na década de 1990, período no qual houve uma série de conferências e tratados internacionais. Inaugurado pela ECO-92, foram tratados casos como mulheres, moradia, direitos humanos. Essas conferências mostraram ao mundo que a cooperação podia ir...
Venezuela: o próximo Iraque da América Latina?
Américas, Brasil, Estados Unidos, Venezuela

Venezuela: o próximo Iraque da América Latina?

Analisar a crise venezuelana nos dias de hoje é algo difícil pois acabamos em discussões político-ideológicas. Mais do que entender o que se passa no país, fatalmente as discussões giram em torno do apoio ou da crítica ao presidente (?) Nicolás Maduro. Mas a questão é mais profunda e uma resposta definitiva não vem fácil. É certo que a mídia brasileira, bem como o próprio governo do Brasil, claramente defendem a saída imediata de Maduro para que assuma, em seu lugar, o opositor Juan Guaidó. Aparentemente a questão seria simples: Maduro sai, Guaidó assume o poder, restabelece a ordem na Venezuela e tudo volta ao normal. No entanto, quando olhamos outros exemplos próximos, vemos que é muito mais complicado do que isto. Pensemos no Iraque quando o presidente Bush resolveu invadir. O p...
Os chineses, o setor elétrico, a tecnologia… e o Brasil
Américas, Brasil, China

Os chineses, o setor elétrico, a tecnologia… e o Brasil

O apetite dos chineses pelo setor elétrico brasileiro, e pelo Brasil, já não é nenhuma novidade. Com os trilhões de dólares de que dispõem para investir no exterior, já há algum tempo nos tornamos um dos pontos focais do interesse deles. Haja vista a que no período de 2014 a 2017 o Brasil tornou-se o segundo maior destino dos investimentos sínicos (com s...) em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. (mais…)
Bolsonaro e o fim da política externa brasileira
Brasil

Bolsonaro e o fim da política externa brasileira

O Projeto Eleições Brasil 2018 vai apresentar uma reflexão sobre as propostas de política externa dos principais candidatos à presidência. As análises apresentadas se baseiam tanto nos programas de governo, quanto em declarações feitas pelos candidatos(as) na grande mídia. (mais…)
Os brasileiros e a Jihad
Américas, Brasil

Os brasileiros e a Jihad

A matéria "MPF acusa 11 brasileiros de promover Estado Islâmico" que o Jornal do Brasil replica do Estadão de hoje, de autoria de Tulio Kruse, levanta um tema sobre o qual nós pouco nos debruçamos até agora. (mais…)
A energia, o Brasil, a China… e o planeta
Américas, Brasil, China

A energia, o Brasil, a China… e o planeta

A notícia de que a empresa estatal chinesa "State Power Investment Corporation Overseas - Pacific Hydro" / Spíc venceu o leilão da usina hidrelétrica de São Simão, que fica na fronteira de Goiás e Minas Gerais, confirma o crescente interesse dos chineses pelo nosso setor de energia. Por esta transação ela pagou US$ 2,25 bilhões, e já anunciou que planeja continuar investindo igualmente nas áreas de energia eólica e solar. (mais…)
Antes tarde…
Ásia, Brasil

Antes tarde…

A notícia segundo a qual o Itamaraty parece estar finalmente olhando para a Ásia com maior interesse merece todo o apoio. Ainda que tardia, esta aproximação não é somente necessária, mas imprescindível.Já perdemos muito tempo assistindo passivamente - enclausurados e alienados - a transferência do eixo geoeconômico (e geopolítico ?) para a região do Pacífico. Com a aceleração deste processo e o paulatino distanciamento dos "grandes heróis do século XX" - leia-se EUA e Europa Central - da liderança mundial, temos de criar ímpeto - e coragem (?) - para enfrentarmos um universo que desconhecemos quase que inteiramente. Mas não podemos nos dar ao luxo de postergarmos mais este processo. (mais…)
Base de Alcântara e a autonomia tecnológica brasileira
Américas, Brasil, Estados Unidos, Ucrânia

Base de Alcântara e a autonomia tecnológica brasileira

Há quase 20 anos Brasil e Ucrânia iniciaram (com o Acordo-Quadro sobre a Cooperação de Usos Pacíficos do Espaço Exterior, 1999) uma aproximação para um projeto que parecia bom para ambos: o lançamento de um satélite ucraniano usando-se a base de Alcântara. A partir desta aproximação, criaram a empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS). Em 2003 finalmente a empresa foi criada diante de um aporte aproximado de R$ 480 milhões por parte do governo brasileiro. (mais…)